Oxidação de metano em solo a longo prazo sob plantio direto no Sul do Brasil

Authors

  • Cimélio Bayer Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Juliana Gomes Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Frederico Costa Beber Vieira Universidade Federal do Pampa
  • Josiléia Accordi Zanatta Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Marisa de Cássia Piccolo Universidade de São Paulo
  • Jeferson Dieckow Universidade Federal do Parana

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n4p1695

Keywords:

Aquecimento global, Preparos de solo, Solos tropicais, Sistemas de cultura.

Abstract

Sistemas conservacionistas de manejo de solo são considerados usualmente uma alternativa para restaurar a capacidade de solos agrícolas degradados em oxidar metano (CH4), mas escassa informação é disponível para solos tropicais e subtropicais. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito de longo prazo (19 anos) do plantio direto (PD) nos fluxos de CH4 em um Argissolo Vermelho (Classificação Brasileira) degradado da região Sul do Brasil, em comparação ao preparo convencional (PC). Fluxos anuais de CH4 do solo foram avaliados nos sistemas PD e PC sob dois sistemas de cultura (aveia/ milho- A/M e ervilhaca/milho-E/M). Amostragem do ar foi conduzida utilizando o método da câmara estática fechada e as análises de CH4 foram realizadas por cromatografia gasosa. Dados históricos do experimento evidenciaram melhoria expressiva da qualidade do solo em PD, especialmente quando associado ao sistema de cultura com leguminosas de cobertura de solo (E/M) que apresentou a mais elevada adição anual de biomassa ao solo. Os fluxos de CH4 variaram de ?42±2 a 38±16 ?g C m-2 h-1 e as emissões anuais de CH4 variaram de ?825±117 (PC E/M) a 453±185 g C ha-1 (PD A/M). Portanto, a capacidade de oxidação de CH4 não teve relação com a qualidade do solo nos distintos sistemas de manejo. Baseado nos resultados do presente estudo e da literatura, nos hipotetizamos que as zonas de oxidação de CH4 e de melhoria da qualidade do solo ocorrem em posições distintas no perfil do solo sob sistemas conservacionistas de manejo, determinando que a recuperação da capacidade do solo em oxidar CH4 seja bastante lenta.

Author Biographies

Cimélio Bayer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Prof. Associado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UGRGS, Deptº de Solos, 91540-000, Porto Alegre, RS. Brazil.

Juliana Gomes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Profª Associado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UGRGS, Deptº de Solos, 91540-000, Porto Alegre, RS. Brazil.

Frederico Costa Beber Vieira, Universidade Federal do Pampa

Prof. Adjunto, Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA, Av. Antonio Trilha, 1847, 97300-000, São Gabriel, RS, Brazil.

Josiléia Accordi Zanatta, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Pesquisadora, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Florestas, 83411-000, Colombo, PR, Brazil.

Marisa de Cássia Piccolo, Universidade de São Paulo

Profª Livre-Docente, Universidade de São Paulo, USP, Centro de Energia Nuclear na Agricultura, 13416-000, Piracicaba, SP, Brazil.

Jeferson Dieckow, Universidade Federal do Parana

Prof. Adjunto, Universidade Federal do Paraná, UFPR, Deptº de Solos e Engenharia Agrícola, 80035-050, Curitiba, PR, Brazil.

Published

2013-08-30

How to Cite

Bayer, C., Gomes, J., Vieira, F. C. B., Zanatta, J. A., Piccolo, M. de C., & Dieckow, J. (2013). Oxidação de metano em solo a longo prazo sob plantio direto no Sul do Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 34(4), 1695–1706. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n4p1695

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