Ácido acetilsalicílico no aumento da longevidade pós colheita de inflorescências de girassol ornamental
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2021v42n3Supl1p1411Palavras-chave:
Conservação, Etileno, Flor de corte, Helianthus annus.Resumo
A utilização do girassol em arranjos florais e ornamentação exige um material de qualidade, livre de danos e com alta durabilidade. O objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da solução conservante de ácido acetilsalicílico na longevidade pós colheita de girassol ornamental. Hastes florais da cultivar Vicent’s Choice - Sakata Seed foram padronizadas e alocadas em frascos contendo 350 mL de solução composta por 0, 200, 400, 600, 800, e 1000 mg de ácido acetilsalicílico (AAS) por litro de água destilada. Utilizaram-se comprimidos do medicamento Aspirina® (Ácido acetilsalicílico) como fonte de ácido salicílico. Diariamente houve a atribuição de notas de zero a cinco de acordo com tabela pré-estabelecida para avaliação da longevidade e qualidade das inflorescências de girassol. Os dados foram submetidos a análise de variância, teste de Tukey (t= 0.05%), e análise de regressão com o auxílio do programa Sisvar. Foi possível observar diferenças significativas no critério notas a partir do sexto até o décimo dia de teste. Não houve diferenças significativas para a variável longevidade total, entretanto, quanto à longevidade comercial, o tratamento com 400 mg L-1 se diferenciou dos demais com média de 9 dias, cerca de 4 dias a mais que a testemunha (0 mg L-1). A utilização de solução conservante de ácido acetilsalicílico (400 mg L-1) prolonga a longevidade comercial e a manutenção da qualidade pós-colheita de hastes florais de girassol ornamental quando comparado ao tratamento controle. A utilização da dosagem máximo (1000 mg L-1) não promoveu aumento significativo em comparação com a testemunha para este parâmetro avaliado.Downloads
Referências
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