Degradabilidade ruminal da silagem de grão úmido de triticale (X. Triticosecale Wittmack) com aditivos químico e biológico

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p2391

Palavras-chave:

Degradabilidade efetiva, Matéria seca, Proteína bruta, Ruminante, Ureia.

Resumo

O objetivo do trabalho foi avaliar a degradabilidade ruminal da matéria seca e da proteína bruta de silagens de grãos úmidos de triticale ensilados com diferentes aditivos químicos e biológico. Ureia, benzoato de sódio e um inoculante enzimo-bacteriano foram utilizados como tratamentos. Quatro amostras de cada tratamento foram incubadas in situ no rúmen de quatro ovinos. A degradabilidade efetiva foi estimada para taxa de passagem ruminal de 2%, 5% e 8% hora-1. Foi utilizado procedimento Bayesiano para estimar parâmetros de degradação potencial in situ. A silagem de grãos úmidos de triticale com ureia apresentou o maior valor para a fração solúvel (70,46%) e melhor degradabilidade efetiva da matéria seca, em taxa de passagem de 2% h-1 (90,63%), não diferindo da silagem controle nas demais taxas de passagens. Em relação a silagem controle, a adição de benzoato de sódio e de inoculante enzimo-bacteriano diminuíram a degradabilidade efetiva da matéria seca, independente da taxa de passagem avaliada. Devido à alta solubilidade da ureia, a silagem acrescentada com esse aditivo, apresentou a maior fração solúvel da proteína bruta (76,42%). A adição de inoculante enzimo-bacteriano acelerou a taxa de passagem ruminal da matéria seca e da proteína para 0,26 e 0,20% h-1, respectivamente, proporcionando menor degradabilidade potencial de ambos em relação às demais silagens. Como a inoculação enzimo-bacteriana reduz a degradabilidade ruminal da proteína bruta, tende-se a aumentar a disponibilidade de aminoácidos para absorção intestinal. A adição de ureia em silagens de grãos úmidos de triticale pode ser recomendada para alimentação de ovinos em baixo nível de consumo, por melhorar a degradabilidade efetiva da matéria seca.

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Biografia do Autor

Valter Harry Bumbieris Junior, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Robson Marcelo Rossi, Universidade Estadual de Maringá

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Bioestatística, Departamento de Estatística, Universidade Estadual de Maringá, UEM, Londrina, PR, Brasil.

Egon Henrique Horst, Universidade Estadual do Centro-Oeste

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Murilo Dolfini Paranzini, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Graduação do Curso de Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Vinicius André de Pietro Guimarães, Universidade Estadual de Londrina

Discente de Graduação do Curso de Zootecnia, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Odimári Pricila Prado-Calixto, Universidade Estadual de Londrina

Profa Dra, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Leandro das Dores Ferreira da Silva, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Edson Luis de Azambuja Ribeiro, Universidade Estadual de Londrina

Prof. Dr., Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Ivone Yurika Mizubuti, Universidade Estadual de Londrina

Profa Dra, Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, Departamento de Zootecnia, Universidade Estadual de Londrina, UEL, Londrina, PR, Brasil.

Fernando Luiz Massaro Junior, Universidade Estadual de Londrina

Dr., Pesquisador, UEL, Londrina, PR, Brasil.

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Publicado

2020-08-07

Como Citar

Bumbieris Junior, V. H., Rossi, R. M., Horst, E. H., Paranzini, M. D., Guimarães, V. A. de P., Prado-Calixto, O. P., … Massaro Junior, F. L. (2020). Degradabilidade ruminal da silagem de grão úmido de triticale (X. Triticosecale Wittmack) com aditivos químico e biológico. Semina: Ciências Agrárias, 41(5supl1), 2391–2400. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2020v41n5supl1p2391

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