Soroconversão atribuível à vacinação de bezerras com a cepa B-19 de Brucella abortus
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2019v40n3p1145Palavras-chave:
Brucelose, Diagnóstico, Monitoramento, PNCEBT, Vacinação.Resumo
A brucelose bovina é causada por Brucella abortus gerando perdas econômicas para a cadeia do agronegócio. Objetivando determinar o coeficiente de soroconversão atribuível à vacinação de bezerras com a cepa B-19 de B. abortus, foram analisadas 330 amostras de soro sanguíneo de 110 bezerras com três a oito meses de idade, provenientes de cinco propriedades do município de Araguaína/TO. O dia zero (D-0) foi marcado pela coleta de sangue dos animais do experimento seguida da vacinação das 55 bezerras do grupo intervenção. As outras coletas de sangue foram realizadas nos dias 7 (D-7), 14 (D-14) e 21 (D-21). As amostras de soro foram submetidas ao teste do antígeno acidificado tamponado (AAT). O coeficiente de soroconversão atribuível à vacinação foi calculado subtraindo-se da incidência de soroconversão no grupo intervenção àquela do grupo controle. No D-0, 100% (110/110) das bezerras amostradas não apresentaram reação ao teste do AAT (IC 95% [96,70% a 100%]; p < 0,05). No D-7 a soroconversão no grupo intervenção foi de 94,55% (52/55) (IC 95% [84,88% a 98,84%]; p < 0,05) e no grupo controle foi nula (0/55) (IC 95% [0,00% a 6,49%]; p < 0,05). No D-14 a soroconversão no grupo controle continuou sendo nula e a do grupo intervenção foi de 98,18% (54/55) (IC 95% [90,28% a 99,95%]; p0,05) comparada à resposta no D-7 do grupo intervenção. Os resultados deste estudo permitem recomendar ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) que institua auditoria da vacinação, com coleta aleatória de amostras de sangue a partir do sétimo dia em bezerras declaradas como vacinadas com a cepa B-19 de B. abortus, utilizando a prova do AAT como teste de diagnóstico e considerando soroconversão mínima de 75%, visando monitorar a vacinação contra brucelose.Downloads
Referências
BAPTISTA, F.; LEITE, R. C.; HADDAD, J. P. A.; ALMEIDA, K. S.; NARDI, C. P. P. Prevalence and risk factors for brucellosis in Tocantins and brazilian national programs to fight this disease. Revista Patologia Tropical, Goiânia, v. 41, n. 3, p. 285-294, 2012. DOI: 10.5216/rpt.v41i3.20755
BRASIL. Instrução Normativa nº 10, de 03 de março de 2017. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária. Poder Executivo. Diário Oficial [da] União, Brasília, 2017. Edição 116, Seção 1, p. 4-8.
BRASIL. Manual de legislação: programas nacionais de saúde animal do Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília: Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Saúde Animal, 2009. 440 p.
BRASIL. Manual técnico: Programa nacional de controle e erradicação da brucelose e tuberculose. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Brasília: Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Saúde Animal, 2006. 188 p.
FOOD AND AGRICULTURE ORGANIZATION OF THE UNITED NATIONS - FAO. Guidelines for coordinated human and animal brucellosis surveillance. Rome: Animal Production and Health Division, FAO Agriculture Department, 2003. n. 156, 46 p.
PAULIN, L. M.; FERREIRA NETO, J. S. O combate à brucelose bovina: situação brasileira. Jaboticabal: Fundação de Estudos e Pesquisas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia, 2003. 154 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Semina: Ciências Agrárias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Semina: Ciências Agrárias adota para suas publicações a licença CC-BY-NC, sendo os direitos autorais do autor, em casos de republicação recomendamos aos autores a indicação de primeira publicação nesta revista.
Esta licença permite copiar e redistribuir o material em qualquer meio ou formato, remixar, transformar e desenvolver o material, desde que não seja para fins comerciais. E deve-se atribuir o devido crédito ao criador.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.
A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores. Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário.