Soroprevalência e fatores de risco para brucelose bovina no Estado de Minas Gerais, Brasil

Autores

  • Luciana Faria de Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Elaine Maria Seles Dorneles Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota Universidade de Brasília
  • Vitor Salvador Picão Gonçalves Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • José Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Marcos Bryan Heinemann Universidade de São Paulo
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Andrey Pereira Lage Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3449

Palavras-chave:

Bovino, Brucella abortus, Prevalência, Fatores de risco, Minas Gerais, Brasil.

Resumo

Um estudo transversal foi realizado no estado de Minas Gerais, Brasil, em 2011, para estimar a soroprevalência da brucelose bovina (Brucella abortus) em propriedades e bovinos e identificar possíveis fatores de risco para a infecção nos rebanhos com fêmeas em idade reprodutiva. O estado foi regionalizado em sete estratos: 1. Regiões Noroeste, Norte e Nordeste; 2. Região Leste; 3. Região Central; 4. Região da Zona da Mata; 5. Regiões Sul e Sudoeste; 6. Região do Alto Paranaíba; 7. Região do Triângulo Mineiro, e a amostragem foi aleatória em dois estágios: de propriedades e, posteriormente, de bovinos em cada uma das mesmas. Foram coletadas amostras de sangue de 18.990 fêmeas em idade reprodutiva em 2.185 propriedades. Os testes sorológicos utilizados na detecção de anticorpos contra B. abortus foram o teste do antígeno acidificado tamponado e, como confirmatório, o teste de redução do 2-Mercaptoetanol, rotina preconizada pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). O resultado da soroprevalência da brucelose bovina em propriedades e animais foi de 3.59% (IC 95%: 2,76–4,42%) e 0,81% (IC 95%: 0,05–1,10%), respectivamente. A análise de regressão logística multipla revelou como fatores de risco para a presença da infecção o número de fêmeas na propriedade com Odds Ratio (OR) de 1,93 (IC 95%: 1,12-3,34) para os rebanhos de 30 a 210 fêmeas e de 7,81 (IC 95%: 3,72-16,38) para aqueles com mais de 210 fêmeas, sempre em comparação ao risco dos rebanhos com menos de 30 fêmeas. Os resultados indicam que, apesar da redução na prevalência de focos na última década, a brucelose bovina ainda se encontra presente em Minas Gerais, havendo um maior risco de infecção em propriedades com maior número de animais.

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Biografia do Autor

Luciana Faria de Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Coordenadora Estadual, Programa Nacional de Controle e Erradicação de Brucelose e Tuberculose Animal, Instituto Mineiro de Agropecuária, IMA, Belo Horizonte, MG, Brasil. Pesquisadora, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Elaine Maria Seles Dorneles, Universidade Federal de Minas Gerais

Profª, Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal de Lavras, UFLA, Lavras, MG, Brasil. Pesquisadora, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Ana Lourdes Arrais de Alencar Mota, Universidade de Brasília

Médica Veterinária, Pesquisadora, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UnB, Brasília, DF, Brasil.

Vitor Salvador Picão Gonçalves, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

Prof., Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, UNB, Brasília, DF, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Andrey Pereira Lage, Universidade Federal de Minas Gerais

Prof., Departamento de Medicina Veterinária Preventiva, Escola de Veterinária, Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Belo Horizonte, MG, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Oliveira, L. F. de, Dorneles, E. M. S., Mota, A. L. A. de A., Gonçalves, V. S. P., Ferreira Neto, J. S., Ferreira, F., … Lage, A. P. (2016). Soroprevalência e fatores de risco para brucelose bovina no Estado de Minas Gerais, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3449–3466. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3449

Edição

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