Situação epidemiológica da brucelose bovina após a implementação do programa de vacinação no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil

Autores

  • Nairléia dos Santos Silva Universidade de São Paulo
  • Ana Cláudia Mello Groff Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul
  • Ana Carla Martins Vidor Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul
  • José Henrique Hildebrand Grisi-Filho Universidade de São Paulo
  • Marcos Bryan Heinemann Universidade de São Paulo
  • Ricardo Augusto Dias Universidade de São Paulo
  • Evelise Oliveira Telles Universidade de São Paulo
  • Vitor Salvador Picão Gonçalves Universidade de Brasília
  • Marcos Amaku Universidade de São Paulo
  • Fernando Ferreira Universidade de São Paulo
  • José Soares Ferreira Neto Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3519

Palavras-chave:

Brucella abortus, Prevalência, Fatores de risco, Vacinação, Rio Grande do Sul, Brasil.

Resumo

O estudo objetivou avaliar a eficácia do programa de vacinação contra brucelose bovina no estado do Rio Grande do Sul tendo como indicador a prevalência e individualizar os fatores de risco para a doença. O Estado foi dividido em sete regiões. Para cada região foram amostradas aleatoriamente um número preestabelecido de propriedades nas quais foi testado um número também preestabelecido de fêmeas com idade igual ou superior a 24 meses, aleatoriamente selecionadas. O protocolo do sorodiagnóstico foi composto de triagem com o teste do antígeno acidificado tamponado, seguido de teste confirmatório dos positivos com o teste 2-Mercaptoetanol. Nas propriedades foi aplicado um questionário epidemiológico sobre possíveis fatores de riscos associados à brucelose bovina. No estado do Rio Grande do Sul, a prevalência de focos foi de 3.54% [2.49 – 4.88] e a de animais 0.98% [0.57 – 1.57]. Nas regiões, as prevalências de focos variaram de 0.66% a 9.03% e a de animais de 0.06% a 2.03%. Rebanhos com 15 ou mais vacas, tipologia corte e compartilhamento de pastagens emergiram como fatores de risco para brucelose bovina no estado. A situação epidemiológica da brucelose bovina no Rio Grande do Sul manteve-se estável desde 2004, a despeito de boas coberturas vacinais terem sido registradas a partir de 2009. Assim, o estado deve continuar seu programa de vacinação, dando ênfase para a qualidade do processo e estimulando a utilização da vacina não indutora de anticorpos. Adicionalmente, o estado deve realizar um grande esforço de educação para que os produtores testem os animais de reprodução para brucelose antes de introduzi-los em suas propriedades e evitem o compartilhamento de pastagens entre rebanhos de condição sanitária desconhecida.

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Biografia do Autor

Nairléia dos Santos Silva, Universidade de São Paulo

Discente, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ana Cláudia Mello Groff, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul

Médica Veterinária, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul, SEAPI-RS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Ana Carla Martins Vidor, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul

Médica Veterinária, Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado do Rio Grande do Sul, SEAPI-RS, Porto Alegre, RS, Brasil.

José Henrique Hildebrand Grisi-Filho, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Marcos Bryan Heinemann, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Ricardo Augusto Dias, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Evelise Oliveira Telles, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Vitor Salvador Picão Gonçalves, Universidade de Brasília

Professor, Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, UNB, Brasília, DF, Brasil.

Marcos Amaku, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

Fernando Ferreira, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

José Soares Ferreira Neto, Universidade de São Paulo

Prof., Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, USP, São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2016-11-09

Como Citar

Silva, N. dos S., Groff, A. C. M., Vidor, A. C. M., Grisi-Filho, J. H. H., Heinemann, M. B., Dias, R. A., … Ferreira Neto, J. S. (2016). Situação epidemiológica da brucelose bovina após a implementação do programa de vacinação no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Semina: Ciências Agrárias, 37(5Supl2), 3519–3530. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3519

Edição

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