Soroprevalência e fatores de risco para brucelose bovina no Estado de Minas Gerais, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n5Supl2p3449Palavras-chave:
Bovino, Brucella abortus, Prevalência, Fatores de risco, Minas Gerais, Brasil.Resumo
Um estudo transversal foi realizado no estado de Minas Gerais, Brasil, em 2011, para estimar a soroprevalência da brucelose bovina (Brucella abortus) em propriedades e bovinos e identificar possíveis fatores de risco para a infecção nos rebanhos com fêmeas em idade reprodutiva. O estado foi regionalizado em sete estratos: 1. Regiões Noroeste, Norte e Nordeste; 2. Região Leste; 3. Região Central; 4. Região da Zona da Mata; 5. Regiões Sul e Sudoeste; 6. Região do Alto Paranaíba; 7. Região do Triângulo Mineiro, e a amostragem foi aleatória em dois estágios: de propriedades e, posteriormente, de bovinos em cada uma das mesmas. Foram coletadas amostras de sangue de 18.990 fêmeas em idade reprodutiva em 2.185 propriedades. Os testes sorológicos utilizados na detecção de anticorpos contra B. abortus foram o teste do antígeno acidificado tamponado e, como confirmatório, o teste de redução do 2-Mercaptoetanol, rotina preconizada pelo Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). O resultado da soroprevalência da brucelose bovina em propriedades e animais foi de 3.59% (IC 95%: 2,76–4,42%) e 0,81% (IC 95%: 0,05–1,10%), respectivamente. A análise de regressão logística multipla revelou como fatores de risco para a presença da infecção o número de fêmeas na propriedade com Odds Ratio (OR) de 1,93 (IC 95%: 1,12-3,34) para os rebanhos de 30 a 210 fêmeas e de 7,81 (IC 95%: 3,72-16,38) para aqueles com mais de 210 fêmeas, sempre em comparação ao risco dos rebanhos com menos de 30 fêmeas. Os resultados indicam que, apesar da redução na prevalência de focos na última década, a brucelose bovina ainda se encontra presente em Minas Gerais, havendo um maior risco de infecção em propriedades com maior número de animais.Downloads
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