Respostas termorregulatórias e parâmetros sanguíneos de ovelhas nativas brasileiras criadas na região semiárida brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4589Palavras-chave:
Adaptabilidade, Hormônios tireoidianos, Metabólitos sanguíneos, Ovinos, Respostas fisiológicas.Resumo
Neste estudo foram avaliados os efeitos da época do ano nas características fisiológicas de freqüência respiratória e temperatura retal e nos parâmetros hematológicos glicose, colesterol total, triglicerídeos, proteínas totais, albumina, globulina, contagem total de hemácias, hematócrito, volume corpuscular médio, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) em ovelhas da raça Morada Nova das variedades vermelha (RMN) e branca (WMN), de diferentes classes de escore corporal (CBCS), durante os períodos seco (de julho a dezembro) e chuvoso (de janeiro a junho), assim caracterizados por exibirem diferenças estatísticas (P<0,05) na temperatura do ar, umidade relativa e carga térmica radiante. Na análise estatística foi usado o teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). Diferenças significativas foram encontradas na frequência respiratória durante os períodos seco e chuvoso, sendo maior na variedade vermelha do que na branca. Não foram verificadas diferença na temperatura retal dos animais entre os períodos seco e chuvoso, mas a variedade vermelha apresentou maiores médias desta variável. A glicose e o colesterol total sérico foram maiores no período chuvoso, não apresentando diferença significativa entre as variedades nem entre animais de diferentes condições corporais. A dosagem sanguínea de triglicerídeos não foi diferente para nenhuma das fontes de variação. A albumina foi estatisticamente semelhante entre as variedades da raça e durante os períodos seco e chuvoso do ano, apresentando diferença somente em relação à condição corporal dos animais CBCS. A dosagem sérica de proteína total e globulina foram maiores durante o inverno, mas a proteína total foi maior e a globulina foi menor em animais com melhor CBCS. Os níveis séricos de T3 e T4 foram maiores no período chuvoso do que no seco e a concentração de T3 nas ovelhas de pelagem vermelha, enquanto T4 não diferiu entre as variedades. A contagem total de hemácias foi semelhante, mas o microhematócrito foi maior nos animais da variedade vermelha e em animais de melhor CBCS, e o volume corpuscular médio foi maior no período seco. Concluiu-se que as ovelhas Morada Nova apresentaram respostas fisiológicas positivas ao estresse calórico, notadamente no aumento da frequência respiratória e redução dos níveis séricos de T3 e T4. Todos os outros parâmetros sanguíneos analisados estavam dentro dos parâmetros normais para a espécie, indicando uma excelente capacidade adaptativa das ovelhas Morada Nova à região semiárida brasileira, sendo ambas tolerantes ao estresse calórico, mas a variedade vermelha necessitou realizar maiores ajustes para manter a homeotermia.
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