Respostas termorregulatórias e parâmetros sanguíneos de ovelhas nativas brasileiras criadas na região semiárida brasileira

Autores

  • Wirton Peixoto Costa Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Débora Andréa Evangelista Façanha Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Jacinara Hody Gurgel Morais Leite Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Regina Cely Benício da Silva Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Carlos Henrique de Souza Universidade Federal Rural do Sem-Árido
  • Dowglish Ferreira Chaves Universidade Estadual do Ceará
  • Angela Maria de Vasconcelos Universidade Estadual Vale do Acaraú
  • Benito Soto-Blanco Universidade Federal de Minas Gerais
  • André Menezes do Vale Universidade Federal Rural do Semi-Árido
  • Edgard Cavalcanti Pimenta-Filho Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4589

Palavras-chave:

Adaptabilidade, Hormônios tireoidianos, Metabólitos sanguíneos, Ovinos, Respostas fisiológicas.

Resumo

Neste estudo foram avaliados os efeitos da época do ano nas características fisiológicas de freqüência respiratória e temperatura retal e nos parâmetros hematológicos glicose, colesterol total, triglicerídeos, proteínas totais, albumina, globulina, contagem total de hemácias, hematócrito, volume corpuscular médio, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4) em ovelhas da raça Morada Nova das variedades vermelha (RMN) e branca (WMN), de diferentes classes de escore corporal (CBCS), durante os períodos seco (de julho a dezembro) e chuvoso (de janeiro a junho), assim caracterizados por exibirem diferenças estatísticas (P<0,05) na temperatura do ar, umidade relativa e carga térmica radiante. Na análise estatística foi usado o teste de Tukey a 5% de probabilidade (P<0,05). Diferenças significativas foram encontradas na frequência respiratória durante os períodos seco e chuvoso, sendo maior na variedade vermelha do que na branca. Não foram verificadas diferença na temperatura retal dos animais entre os períodos seco e chuvoso, mas a variedade vermelha apresentou maiores médias desta variável. A glicose e o colesterol total sérico foram maiores no período chuvoso, não apresentando diferença significativa entre as variedades nem entre animais de diferentes condições corporais. A dosagem sanguínea de triglicerídeos não foi diferente para nenhuma das fontes de variação. A albumina foi estatisticamente semelhante entre as variedades da raça e durante os períodos seco e chuvoso do ano, apresentando diferença somente em relação à condição corporal dos animais CBCS. A dosagem sérica de proteína total e globulina foram maiores durante o inverno, mas a proteína total foi maior e a globulina foi menor em animais com melhor CBCS. Os níveis séricos de T3 e T4 foram maiores no período chuvoso do que no seco e a concentração de T3 nas ovelhas de pelagem vermelha, enquanto T4 não diferiu entre as variedades. A contagem total de hemácias foi semelhante, mas o microhematócrito foi maior nos animais da variedade vermelha e em animais de melhor CBCS, e o volume corpuscular médio foi maior no período seco. Concluiu-se que as ovelhas Morada Nova apresentaram respostas fisiológicas positivas ao estresse calórico, notadamente no aumento da frequência respiratória e redução dos níveis séricos de T3 e T4. Todos os outros parâmetros sanguíneos analisados estavam dentro dos parâmetros normais para a espécie, indicando uma excelente capacidade adaptativa das ovelhas Morada Nova à região semiárida brasileira, sendo ambas tolerantes ao estresse calórico, mas a variedade vermelha necessitou realizar maiores ajustes para manter a homeotermia.

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Biografia do Autor

Wirton Peixoto Costa, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Prof., Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Campus Mossoró, RN, Brasil. 

Débora Andréa Evangelista Façanha, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Profa, Universidade Federal Rural do Semi-Árido, UFERSA, Campus Mossoró, RN, Brasil. 

Jacinara Hody Gurgel Morais Leite, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UFERSA, Campus Mossoró, RN, Brasil.

Regina Cely Benício da Silva, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Discente de Pós-Doutorado em Zootecnia no Programa Nacional de Pós-Doutorado da Universidade Federal Rural do Pernambuco, UFERSA, campus Recife, PE, Brasil.

Carlos Henrique de Souza, Universidade Federal Rural do Sem-Árido

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UFERSA, Campus Mossoró, RN, Brasil.

Dowglish Ferreira Chaves, Universidade Estadual do Ceará

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, Universidade Estadual do Ceará, UECE, Campus Fortaleza, CE, Brasil. 

Angela Maria de Vasconcelos, Universidade Estadual Vale do Acaraú

Profª, Universidade Estadual Vale do Acaraú, UVA, Campus Sobral, CE, Brasil. 

Benito Soto-Blanco, Universidade Federal de Minas Gerais

Prof., Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, Campus Belo Horizonte, MG, Brasil.

 

André Menezes do Vale, Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Discente do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal, UFERSA, Campus Mossoró, RN, Brasil.

Edgard Cavalcanti Pimenta-Filho, Universidade Federal da Paraíba

Prof., Universidade Federal da Paraíba, UFPB, Campus Areia, PB, Brasil. 

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Publicado

2015-12-16

Como Citar

Costa, W. P., Façanha, D. A. E., Leite, J. H. G. M., Silva, R. C. B. da, Souza, C. H. de, Chaves, D. F., … Pimenta-Filho, E. C. (2015). Respostas termorregulatórias e parâmetros sanguíneos de ovelhas nativas brasileiras criadas na região semiárida brasileira. Semina: Ciências Agrárias, 36(6Supl2), 4589–4600. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2015v36n6Supl2p4589

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