El homo virtualis en la confluencia entre biopolítica virtual y capitalismo de vigilancia: un ensayo bibliográfico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2025v30e52501

Palabras clave:

biopolítica, capitalismo de vigilancia, realidades virtualizadas, homo virtualis, homo digitalis

Resumen

El artículo explora la transformación de la biopolítica en la contemporaneidad, analizando cómo las tecnologías digitales del capitalismo de vigilancia (Zuboff, 2020) reconfiguran la noción de vida y poder. Partiendo de la biopolítica (Foucault, 1999a y 1999b) y de la tanatopolítica (Agamben, 2002), el texto propone el concepto de homo virtualis, un sujeto cuya existencia estaría mediada por la virtualidad. La investigación, de carácter bibliográfico, recurre a un conjunto de procedimientos y conceptos ofrecidos por un enfoque foucaultiano para investigar cómo la biopolítica se adapta a las nuevas tecnologías, gestionando la población mediante algoritmos y datos. El artículo discute la emergencia de la “datopolítica”, una extensión de la biopolítica que recurre a tecnologías de vigilancia para incidir sobre comportamientos y controlar la vida y la muerte. Se concluye que el homo virtualis emerge de una condición específica, caracterizada por la disolución de la posibilidad de distinguir entre lo real y lo virtual. De este modo, se observan dos efectos: por un lado, la exclusión de la virtualidad profundiza las desigualdades sociales; por otro, la inclusión amplifica los medios para gobernar las conductas de los sujetos.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Felipe Casteletti Ramiro, UNESP-Marília

Mestrando em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (2025). Coordenador do Laboratório de Análise de Realidades Virtualizadas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Marília. Pesquisa financiada pela CAPES DS. E-mail: felipe.ramiro@unesp.br.

Luís Antônio Francisco de Souza, Universidad Estatal de São Paulo

Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo (1998). Docente junto ao Departamento de Sociologia e Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus Marília. E-mail: luis.af.souza@unesp.br.

Citas

ABDULAYEVA, Elita Sultanovna; AKAEV, Vakhit Humidovich; SHTUMPF, Svetlana Petrovna. Phenomenon of virtual reality in the structure of everyday life. SHS Web of Conferences, Les Ulis, v. 164, p. 00001, 2023.

AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: o poder soberano e a vida nua. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2002.

AKHMADULLIN, Ildar; FATKHULLINA, Lilia. Virtual and immortal human or sunset of the Homo sapiens civilization. In: TOROPOVA, E. V. et al. (eds.), Man, Society, Communication, vol 108. European Proceedings of Social and Behavioural Sciences, London: European Publisher, 2021. v. 108, p. 556-561. DOI: https://doi.org/10.15405/epsbs.2021.05.02.67

ALVES, Lynn. Anfitriões: delineando o conceito de pós-humano na série televisiva Westworld. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 58, n. 2, p. 719-742, 2019.

ASTURIANO, Gisele. Responsabilidade civil pela violação ao direito à imagem como forma de (re)significação do homo virtualis. 2014. Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídicas) – Universidade Cesumar, Maringá, 2014. Disponível em: https://sucupira-legado.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1314123 . Acesso em: 01 ago. 2025.

BELYAEV, D. A. Perspektivnyye antropologicheskiye modeli postcheloveka: transformatsiya chelovecheskoy prirody i sverkhchelovecheskaya atributika [Perspective anthropological models of posthuman: transformation of human nature and superhuman attributes]. In: DUBROVSKIY, D. I.; KLIMOVA, S. M. (ed.). Global’noye budushcheye 2045: antropologicheskiy krizis, konvergentnyye tekhnologii, transgumanisticheskiye proyekty. [Global Future 2045: Anthropological Crisis, Convergent Technologies, Transhumanist Projects]. Proceedings of the First All-Russian Conference, Belgorod, 2013, p. 43-52. Kanon+.

BYLIEVA, Daria; LOBATYUK, Victoria; RUBTSOVA, Anna. Homo virtualis: existence in Internet space. SHS Web of Conferences, Les Ulis, v. 44, 2018.

CASSANDRA. Série. Direção de Benjamin Gutsche. Colônia: Netflix, 2025.

CASTRO JÚNIOR, Marco Aurélio de. Personalidade jurídica do robô e sua efetividade no direito. 2009. Dissertação (Mestrado em Direito) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009.

CUARTAS-ARIAS, Jorge Mauricio. Homo digitalis and contemporary psychology. International Journal of Psychological Research, Medellín, v. 12, n. 2, p. 6-7, 2019.

CUERVO, Luciane; WELCH, Graham Frederick; MAFFIOLETTI, Leda de Albuquerque; REATEGU, Eliseo. Musicalidade humana sob o prisma cognitivo-evolucionista: do Homo sapiens ao Homo digitalis. Opus: Revista Eletrônica da ANPPPOM, v. 23, n. 2, p. 216-242, 2017.

DELEUZE, Gilles. Foucault. Lisboa: Edições 70, 2005.

DELL’ORTO, Cláudio Luís Braga. Personalidade jurídica e domicílio: categorias jurídicas em mutação. Revista da EMERJ, Rio de Janeiro, v. 26, p. 1-12, 2024.

DENCHEV, Stoyan; TRENCHEVA, Tereza; MOMCHILOVA, Sonya. New paradigmatic relations between face to face and virtual education: from ‘homo ludens’ to ‘homo virtualis’ in the academic process of education. ICERI2020 Proceedings, p. 2786-2790, Nov. 2020.

DREYER, Wim. Being church in the era of “homo digitalis”. Verbum et Ecclesia, Pretoria, v. 40, n. 1, p. 1-7, 2019.

DUQUE, João Manuel. Utopias neognósticas do pós-humano na cibercultura: para uma leitura filosófico-teológica. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 48, n. 1, p. 163-182, 2016.

EVANGELISTA, Vítor de Morais Alves; LEPRE, Rita Melissa. Do homo ludens ao homo virtualis: os jogos eletrônicos na contemporaneidade. Revista de Psicologia da Criança e do Adolescente, Lisboa, v. 9, n. 2, p. 133-152, 2018.

FARIA, Ernesto. Vocabulário latino-português: significação e história das palavras, agrupadas por famílias, segundo os programas atuais. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1943.

FOUCAULT, Michel. Michel Foucault explica seu último livro. In: MOTTA, Manoel Barros da. Ditos & escritos II: arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008. p. 145-152.

FOUCAULT, Michel. A sociedade punitiva: curso no Collège de France (1972-1973). São Paulo: Martins Fontes, 2015.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes, 1999a.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade 1: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1999b.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 2014.

GAMA, Vítor Castelões; BORGES, Igor Graciano. Desafios do corpo pós-humano: Ângela e as mulheres em Jorge Luiz Calife. Cadernos Zygmunt Bauman, São Luis, v. 9, n. 20, p. 78-94, 2019.

GIACOIA JUNIOR, Oswaldo. Bio-poder e pós-humanismo. Argumentos: Revista de Filosofia, Fortaleza, ano 11, n. 21, p. 7-25, jan./jun. 2019.

GUIMARÃES, Paula Alexandra. Problematizando o humano e antecipando o pós-humano: de Blake e os Shelleys a Dickens e a Wells – da poesia à ficção. Revista 2i: Estudos de Identidade e Intermedialidade, Braga, v. 2, n. 2, p. 125-139, 2020.

HAMMES, Erico João. Transumanismo e pós-humanismo: uma aproximação ético-teológica. Perspectiva Teológica, Belo Horizonte, v. 50, n. 3, p. 431, 2018. DOI: 10.20911/21768757v50n3p431/2018.

HAN, Byung-Chul. Sociedade do cansaço. Tradução de Enio Paulo Giachini. Petrópolis: Vozes, 2015.

HARAWAY, Donna. Manifesto Ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz (org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Tradução de Tomaz Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016. p. 33-119.

HAYLES, Nancy. Katherine. How we became posthuman: virtual bodies in cybernetics, literature, and informatics. Chicago: University of Chicago Press, 1999.

HISSA, Débora. Homo digitalis e as práticas de linguagem: do negacionismo ao “novo normal” na sociedade pandêmica. Delta, São Paulo, v. 37, n. 4, p. 1-24, 2021.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2008.

JARMON, Leslie. Homo virtualis: virtual worlds, learning, and an ecology of embodied interaction. In: THOMAS, Michael. Design, implementation, and evaluation of virtual learning environments. Pennsylvania: IGI Global, 2012. p. 58-76.

KAWANISHI, Paulo Noboru de Paula; LOURENÇÃO, Gil Vicente Nagai. Humanos que queremos ser: humanismo, ciborguismo e pós-humanismo como tecnologias de si. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, SP, v. 58, n. 2, p. 658-678, 2019.

LÉVY, Pierre. Ciberespaço. São Paulo: Editora 34, 1999.

LÉVY, Pierre. O ciberespaço e a economia da atenção. In: PARENTE, André. Tramas da rede. Porto Alegre: Sulina, 2004. p. 174-188.

LEWIS, Charlton T.; SHORT, Charles. A Latin dictionary. Oxford: Clarendon Press, 1958. (Reimpressão da edição original de 1879).

LUCIANO, Giuseppe. Vocabolario italiano-latino. 3. ed. Roma: Società Editrice Dante Alighieri, 1962.

MACHADO, Roberto. Foucault, a ciência e o saber. 3. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2006.

MAIA, João Jerónimo Machadinha. Humano, pós-humano e transumano: fronteiras dúbias e indefinidas num mundo desigual. Revista de História das Ideias, Coimbra, n. 35, p. 47-70, 2017.

MARTINS, Helena. Para a crítica do conceito de capitalismo de vigilância. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 44., 2021, Recife. Anais [...]. Recife: Intercom, 2021.

MEIRELES, Adriana Veloso. Algoritmos e autonomia: relações de poder e resistência no capitalismo de vigilância. Opinião Pública, v. 27, n. 1, p. 28-50, 2021.

MHADHBI, Amira. As novas armas israelenses de última geração que usam inteligência artificial. BBC News Brasil, São Paulo, 10 jan. 2024. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/cyx411k47lno

. Acesso em: 14 mar 2025.

MISSONNIER, Sylvain; VLACHOPOULOU, Xanthie. Digital limbo on the internet: a contemporary example of a virtual object relationship?. Cliniques méditerranéennes, v. 98, n. 2, p. 67-83, 2018.

OLIVEIRA, Luiz Cláudio Batista de. O homo digitalis nos labirintos da sociedade neoliberal. Comunicologia, Brasília, v. 14, n. 1, p. 19-41, 2021.

PESSOA, Sônia Caldas; MANTOVANI, Camila Maciel C. Alves; COSTA, Verônica Soares da. Corpos pós-humanos e com deficiência em ambientes digitais: abordagens transversais a partir da hashtag #somostodosparalímpicos. E-Compós, Brasília, v. 23, p. 1-23, 2020.

QUICHERAT, Louis.; CHATELAIN, Emile. Dictionnaire français-latin. Paris, Hachette, 1955.

RAMIRO, Felipe Casteletti; SOUZA, Luís Antônio Francisco de; TORRES, Maria Eduarda de Moraes (org.). Realidades virtualizadas e o contexto brasileiro: problematizações e resistências. São Carlos: Pedro & João Editores, 2024.

ROSA, André Luiz Schuh Teixeira da; SPRITZER, Daniel Tornaim; MARCHI, Nino Cesar; RUWEL, Andressa Goldman; ZORTEA, Lara Helena; KESSLER, Félix Henrique Paim. Homo digitalis: realidade virtual na saúde e educação. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, Sorocaba, v. 23, n. 3, p. 110-114, ago. 2023a.

ROSA, Pablo Ornelas; AMARAL, Augusto Jobim; NEMER, David. Datapolítica, governamentalidade algorítmica e a virada digital: uma genealogia da modulação comportamental através das plataformas digitais. Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM, Santa Maria, v. 18, n. 3, e85510, 2023b. DOI: https://doi.org/10.5902/1981369485510

RÖßLER, Konstantin. Homo virtualis: body, mind, and soul in a virtual world. Psychological Perspectives, London, v. 59, n. 1, p. 6-22, 2016. DOI: https://doi.org/10.1080/00332925.2016.1134014

ROUVROY, Antoinette; BERNS, Thomas. Governamentalidade algorítmica e perspectivas de emancipação: o díspar como condição de individuação pela relação? Tradução de Pedro Henrique Andrade. Revista ECO-Pós, Rio de Janeiro, v. 18, n. 3, p. 1-21, 2015.

RYABININA, Olena; TRYNYAK, Maya; KOVALENKO, Inna; KALNYTSYI, Eduard; KHARLAMOV, Mykhailo. Post-digital practice and spatial specificity of music. Revista Inclusiones, Temuco, v. 8, n. 1, p. 229-240, enero/marzo 2021.

SAVEGNAGO, Cristiane Comparin. Avaliação do homem virtual em hanseníase na aprendizagem baseada em equipes (team-based learning) na graduação médica. 2015. 91 f. Dissertação (Mestrado em Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste) – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, 2015.

SCRIMIM, Nayara Dias; GALLO, Sílvio. As redes sociais e a constituição dos sujeitos contemporâneos: um instrumento biopolítico? Horizontes, Bragança Paulista, v. 39, e019020, 2019. DOI: https://doi.org/10.24933/horizontes.v37i0.779.

SÉMELIN, Jacques. Purificar e destruir: usos políticos dos massacres e dos genocídios. Rio de Janeiro: Difel, 2009.

SILVA, Bento Duarte. O poder transformador das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). Jornal Redes Educativas e Currículos Locais, ano 5, edição 24, 2016, p. 1-5.

SILVA, Patrícia; LOPES JÚNIOR, Orivaldo Pimentel. Meme: análise dos rastros de uma micro-ação discursiva. Comunicação Mídia e Consumo, São Paulo, v. 20, n. 58, p. 342-361, 2023.

SILVEIRA, Alessandra; FROUFE, Pedro. From the internal market to the citizenship of rights: the protection of personal data as the jus-fundamental identity question of our times. UNIO – EU Law Journal, Minho, v. 4, n. 2, p. 3-17, 2018.

SRNICEK, Nick. Platform capitalism. Cambridge: Polity Press, 2017.

UNGERER, André. Homo disrupts and the future church. HTS Theological Studies, Pretoria, v. 75, n. 4, p. 1-8, 2019.

VASQUE-NETO, Alfredo. Foucault e a educação. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

ZUBOFF, Shoshana. A era do capitalismo de vigilância: a luta por um futuro humano na nova fronteira do poder. Tradução George Schlesinger. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2020.

Publicado

2025-08-30 — Actualizado el 2025-09-10

Cómo citar

CASTELETTI RAMIRO, Felipe; FRANCISCO DE SOUZA, Luís Antônio. El homo virtualis en la confluencia entre biopolítica virtual y capitalismo de vigilancia: un ensayo bibliográfico. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 30, p. e52501, 2025. DOI: 10.5433/2176-6665.2025v30e52501. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/e52501. Acesso em: 18 dic. 2025.

Número

Sección

Dossier - (De)regulaciones de la tecnología digital en la democracia constitucional (2025-2)

Datos de los fondos