Políticas públicas de salud menstrual en Brasil: la mirada de los movimientos sociales menstruales

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2024v29n1e49150

Palabras clave:

menstruación, feminismo, salud de la mujer, políticas públicas, activismo

Resumen

El objetivo de este artículo es demostrar cómo el tema de la menstruación ha estado fuera de la agenda pública durante décadas. A pesar de la reciente creación del Programa de Protección y Promoción de la Salud y Dignidad Menstrual, los temas más amplios sobre la menstruación, propuestos por las activistas y defensoras de la dignidad menstrual, permanecen fuera del debate y de las políticas públicas, que centran sus acciones en la distribución de toallas higiénicas. Utilizando metodologías de revisión narrativa y análisis de documentos, se realizó un estudio de las políticas públicas para la salud de la mujer, los proyectos de ley sobre dignidad menstrual y el trabajo de los movimientos sociales menstruales en Brasil. Como resultado, se observó que las políticas públicas sobre menstruación pueden beneficiarse de su incorporación a las reivindicaciones de los movimientos sociales analizados, con vistas a la igualdad de género, la emancipación de niñas, mujeres y otras personas que menstrúan, y la superación del tabú menstrual.

Biografía del autor/a

Isabel Cristina de Almeida Prado, Fundación Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Máster en Salud Colectiva por la Universidad Estatal de Río de Janeiro (2017). Doctoranda en Salud de la Mujer, Infancia y Adolescencia en el Instituto Fernandes Figueira (FIOCRUZ/RJ).

Citas

BAHIA, Letícia. Livre para menstruar: pobreza menstrual e a educação de meninas. São Paulo: Girls Up, 2021.

BIROLI, Flávia. Gênero e desigualdades: limites da democracia no Brasil. São Paulo: Boitempo, 2018.

BOBEL, Chris. New blood: third-wave feminism and the politics of menstruation. London: Rutgers University Press, 2010.

BOLSONARO veta distribuição de absorventes a estudantes e pessoas pobres. Senado Notícias, Brasília, 7 out. 2021. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2021/10/07/bolsonaro-veta-distribuicao-de-absorventes-a-estudantes-e-mulheres-pobres#:~:text=O%20chefe%20do%20Executivo%2C%20no,do%20Di%C3%A1rio%20Oficial%20da%20Uni%C3%A3o. Acesso em: 25 dez. 2023.

BRASIL. Decreto n. 11.432, de 8 de março de 2023. Regulamenta a lei n. 14.214, de 6 de outubro de 2021, que institui o programa de proteção e promoção da saúde menstrual. Brasília, DF: Presidência da República, 2023a. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2023-2026/2023/decreto/D11432.htm#:~:text=Art.%201%C2%BA%20Este%20Decreto%20regulamenta,%C3%A0%20promo%C3%A7%C3%A3o%20da%20dignidade%20menstrual. Acesso em: 24 dez. 2023.

BRASIL. Lei n. 14.214, de 06 de outubro de 2021. Institui o programa de proteção e promoção da saúde menstrual [...]. Brasília, DF: Presidência da República, 2021. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14214.htm. Acesso em: 3 fev. 2024.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Interministerial MS/MM/MJSP/MDS/MEC/MDHC n. 729, de 13 de junho de 2023b. Dispõe sobre a implementação do Programa de Proteção e Promoção da Saúde e Dignidade Menstrual. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, ed. 114, p. 109, 19 jun. 2023b. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-interministerial-ms/mm/mjsp/mds/mec/mdhc-n-729-de-13-de-junho-de-2023-490443201. Acesso em: 25 ago. 2023.

BRASIL. Projeto de lei 4.968/2019. Institui o programa de fornecimento de absorventes higiênicos nas escolas públicas que ofertam anos finais de ensino fundamental e ensino médio. nova ementa institui o programa de proteção e promoção da saúde menstrual; e altera a lei n. 11.346, de 15 de setembro de 2006. Brasília, DF: Câmara dos Deputados, 2019. Disponível em: https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=2219676. Acesso em: 24 dez. 2023.

BRASIL. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Direitos das mulheres e legado de trabalhadores do SUS na pandemia foram temas prioritários da SAPS nos últimos dias. Brasília, DF: Secretaria de Atenção Primária à Saúde, 2023c. Disponível em: https://aps.saude.gov.br/noticia/20816. Acesso em 03 mar. 2024.

BRASIL. Secretaria de Políticas para as Mulheres. Monitoramento e acompanhamento da política nacional de atenção integral à saúde da mulher - PNAISM e do plano nacional de políticas para as mulheres 2013-2015 - PNPM. Brasília, DF: Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2015.

CÂNDIDO, Ana Carolina Davanso de Oliveira; SALIBA, Maurício Gonçalves. Interseccionalidade e a dignidade menstrual: um diálogo fundamental no combate às desigualdades. Direitos Sociais e Políticas Públicas, Bebedouro, v. 10, n. 3, p. 1-26, set./dez. 2022. DOI: https://doi.org/10.25245/rdspp.v10i3.1288. DOI: https://doi.org/10.25245/rdspp.v10i3.1288

COLETIVO FEMINISTA SEXUALIDADE E SAÚDE. Home. São Paulo, [2023]. Disponível em: https://www.mulheres.org.br/. Acesso em: 15 out. 2023.

COSTA, Ana Maria; BAHIA, Ligia; CONTE, Danielle. A saúde da mulher e o SUS: laços e diversidades no processo de formulação, implementação e avaliação das políticas de saúde para mulheres no Brasil. Saúde em Debate, Rio de Janeiro, v. 31, n. 75/77, p. 13-24, jan./dez. 2007. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/4063/406345310003.pdf. Acesso em: 15 out. 2023.

ESCUELA DE EDUCACIÓN MENSTRUAL. [Publicações]. [S. l., 2023]. Instagram: @emancipadas.educacionmenstrual. Disponível em: https://www.instagram.com/emancipadas.educacionmenstrual?igsh=c29mZXZwZHZ3OGVs. Acesso em: 24 dez. 2023.

GIRL UP BRASIL. O problema. In: Livre para menstruar, [s. l., 2023]. Disponível em: https://livreparamenstruar.org/#meninasnofront. Acesso em: 26 ago. 2023.

GRONDIN, Marcelo; VIEZZER, Moema. Abya Yala! Genocídio, resistência e sobrevivência dos povos originários das américas. Rio de Janeiro: Bambual Editora, 2021.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, [s. l.], n. 80, p. 115-147, 2008. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.697. DOI: https://doi.org/10.4000/rccs.697

GUILLO ARAKISTAIN, Miren. La in-corporación de la investigación: políticas de la menstruación y cuerpos (re)productivos. Nuevos Nómadas, Bogotá, n. 39, p. 233-245, out. 2013. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=470218. Acesso em: 2 jan. 2024.

LUGONES, María. Colonialidade e gênero. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (org.). Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2020. p. 52-83.

MANICA, Daniela Tonelli. A desnaturalização da menstruação: hormônios contraceptivos e tecnociência. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 17, n. 35, p. 197-226, jan./jun. 2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832011000100007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-71832011000100007

MANICA, Daniela Tonelli. Supressão da menstruação: ginecologistas e laboratórios farmacêuticos re-apresentando natureza e cultura. 2003. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. DOI: https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2003.279076. DOI: https://doi.org/10.47749/T/UNICAMP.2003.279076

MEDEIROS, Monique Ximenes Lopes de. Conflitos de estado nas comissões parlamentares de inquérito sobre planejamento familiar: esterilização, soberania nacional, nordeste e corpos femininos. Antropolítica, Niterói, v. 55, n. 2, p. 1-26, maio/ago. 2023. DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a56440. DOI: https://doi.org/10.22409/antropolitica.i.a56440

MENSTRUAL Hygiene Day: making menstruation a normal fact of life by 2030. Menstrualhygieneday, Berlin, 2023. Disponível em: https://menstrualhygieneday.org/. acesso em: 24 dez. 2023.

MENSTRUA. Conheça o menstRUA. [S. l., 2024]. Disponível em: https://menstrua.netlify.app. Acesso em: 11 jan. 2024.

NICOLAU, Emma Gómez; AROCAS, Elisabet Marco. Desafiando las reglas: articulaciones políticas del activismo menstrual. Revista Española de Sociología, Madrid, n. 29, n. 3, p. 155-170, nov. 2020. DOI: https://doi.org/10.22325/fes/res.2020.62. DOI: https://doi.org/10.22325/fes/res.2020.62

OASISBR – PORTAL BRASILEIRO DE PUBLICAÇÕES E DADOS CIENTÍFICOS EM ACESSO ABERTO. [Resultados da busca dignidade menstrual]. Brasília: IBICT, [2023]. Disponível em: https://oasisbr.ibict.br/vufind/Search/Results?lookfor=dignidade+menstrual&type=AllFields. Acesso em: 25 dez. 2023.

PATTA, Laura. Lista: conheça 10 ONGs que combatem a pobreza menstrual. Observatório do Terceiro Setor, São Paulo, 28 mar. 2022. Disponível em: https://observatorio3setor.org.br/noticias/lista-conheca-10-ongs-que-combatem-a-pobreza-menstrual/. Acesso em: 11 jan. 2024.

PIOVESAN, Eduardo. Congresso derruba veto à distribuição gratuita de absorventes. Câmara dos Deputados Comunicação, Brasília, 10 mar. 2022. Disponível em: https://www.camara.leg.br/noticias/857388-congresso-derruba-veto-a-distribuicao-gratuita-de-absorventes/. Acesso em: 26 ago. 2023.

QUIJANO, Aníbal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e a América Latina. In: LANDER, Edgardo (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 107-129.

RED DE EDUCACIÓN MENSTRUAL. [Publicações]. [S. l., 2023]. Facebook: RedMenstrual. Disponível em: https://www.facebook.com/RedMenstrual?mibextid=hIlR13. Acesso em: 24 dez. 2023.

REDE FEMINISTA DE SAÚDE. [Home]. [S. l., 2023]. Disponível em: https://www.redesaude.org.br/home-2/. Acesso em: 24 dez. 2023.

ROTHER, Edna Terezinha. Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta Paulista de Enfermagem, São Paulo, v. 20, n. 2, p. 1-2, jun. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-21002007000200001

SALA, Núria Calafell. La ginecología natural en América Latina: un movimiento sociocultural del presente. Sexualidad, Salud y Sociedad, Rio de Janeiro, n. 33, p. 59-78, set./dez. 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2019.33.04.a. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2019.33.04.a

TARZIBACHI, Eugenia. Cosa de mujeres: menstruación, género y poder. Buenos Aires: Sudamericana, 2017.

UNFPA – FUNDO DE POPULAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Estado da arte para promoção da dignidade menstrual: avanços, desafios e potencialidades. Brasília, DF: UNFPA, 2022.

UNICEF – FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. Pobreza menstrual no Brasil: desigualdades e violações de direitos. Brasília, DF: UNICEF, 2021. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/relatorios/pobreza-menstrual-no-brasil-desigualdade-e-violacoes-de-direitos. Acesso em: 15 out. 2023.

VÁSQUEZ, Carolina Ramírez. Educación menstrual emancipadora: una vía para interpelar la misoginia expresada en el tabú menstrual. Medellín: Ensayo, 2022.

VENCATO, Anna Paula; PELÚCIO, Larissa (coord.). GT 08: antropologia da menstruação: feminismos, corporalidades e tecnologias. In: REUNIÃO DE ANTROPOLOGIA DO MERCOSUL, 14., 2023, Niterói. Anais [...]. Niterói: Universidade Federal Fluminense, 2023. Disponível em: https://www.ram2023.sinteseeventos.com.br/atividade/view?q=YToyOntzOjY6InBhcmFtcyI7czozNjoiYToxOntzOjEyOiJJRF9BVElWSURBREUiO3M6MzoiMTM3Ijt9IjtzOjE6ImgiO3M6MzI6ImRkZjE2NTFkOWNkNWU5OWUzZjQ1YzE1MTBiM2E4ZDE4Ijt9&ID_ATIVIDADE=137. Acesso em: 11 jan. 2024.

WORLD BANK. Menstrual hygiene management enables women and girls to reach their full potential. Washington: World Bank, 25 May 2018. Disponível em: https://www.worldbank.org/en/news/feature/2018/05/25/menstrual-hygiene-management. Acesso em: 24 dez. 2023.

Publicado

2024-03-22

Cómo citar

PRADO, Isabel Cristina de Almeida. Políticas públicas de salud menstrual en Brasil: la mirada de los movimientos sociales menstruales. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 29, n. 1, p. 1–17, 2024. DOI: 10.5433/2176-6665.2024v29n1e49150. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/49150. Acesso em: 3 jul. 2024.

Número

Sección

Dossier