Los Ritos Mortuorios en el Candomblé y la (Re)Construcción de la Ascendencia Negra en el Contexto Necropolítico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n3e46969

Palabras clave:

ritos mortuorios, muerte, necropolítica, violencia

Resumen

Este texto propone una reflexión sobre los ritos mortuorios en el Candomblé y el intento de reconstruir una ancestralidad en un contexto de violencia epistémica y necropolítica. La interrupción de estos procesos litúrgicos niega a estas poblaciones la posibilidad de construir una ancestralidad donde se transmitan valores sociales, políticos y filosóficos. Al relacionar estos procesos con el epistemicidio y la necropolítica, el texto aporta aproximaciones a la violencia como mecanismo de borramiento en el que la muerte transita de un estatus de longevidad y ancestralidad al estatus de una tecnología de biopoder en la que el Estado aplica una política de exterminio sobre la población negra, controlando las posibilidades materiales de estos grupos y negando también la posibilidad de ascenso social. Desde una perspectiva racial, este ensayo trae reflexiones sobre la necropolítica y el despojo de la población negra de su ascendencia rota por el proceso colonial.

Métricas

Cargando métricas ...

Biografía del autor/a

Yasmin Estrela Sampaio, Universidad de São Paulo (USP)

Máster en Ciencias Religiosas por la Universidad Estatal de Pará (2020). Estudiante de doctorado en Antropología Social en el Programa de Postgrado en Antropología Social de la Universidad de São Paulo.

Citas

A CADA 23 minutos morre um jovem negro no Brasil. Curitiba: SISMMAC, 2020. Disponível em: https://sismmac.org.br/a-cada-23-minutos-morre-um-jovem-negro-no-brasil/. Acesso em: 02 fev. 2023.

ALENCAR, Ana Verônica de; SILVA, Edil Ferreira da. Revisão sistemática sobre trabalho, racismo e sofrimento psíquico no contexto brasileiro. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 41, p. 1-20, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-3703003191716

BARBARA, Rosamaria. A dança das Aiabás: dança, corpo e cotidiano das mulheres de candomblé. 2002. 201 f. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2002.

BARBOSA, Muryatan Santana. Razão africana: breve história do pensamento africano contemporâneo. São Paulo: Todavia, 2020.

CAPUTO, Stela Guedes. Conhecimento e memória no culto de Egum: a confecção da casacorpo da morte. Mneme - Revista de Humanidades, Caicó, v. 12, n. 29, p. 665-679, 2011.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. 339 f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.

CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro Edições, 2011.

CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre o colonialismo. São Paulo: Editora Veneta, 2020.

DE LA CADENA, Marisol. Natureza incomum: histórias do antropo-cego. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, São Paulo, n. 69, p. 95-117, 2018. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i69p95-117

EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Rio de Janeiro: Malê, 2017.

FERRETTI, Sérgio. Repensando o sincretismo. São Paulo: EDUSP, 1995.

FLAKSMAN, Clara Mariani. Narrativas, relações e emaranhados: os enredos do Candomblé no Terreiro do Gantois, Salvador, Bahia. 2014. 278 f. Tese (Doutorado em Antropologia Social) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.

FLAKSMAN, Clara. “De sangue” e “de santo”: o parentesco no candomblé. Mana, Rio de Janeiro, v. 24, n. 3, p. 124-150, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-49442018v24n3p124

GILROY, Paul. O Atlântico Negro: modernidade e dupla consciência. 2. ed. São Paulo: Editora 34, 2012.

GOLDMAN, Marcio. A construção ritual da pessoa: a possessão no Candomblé. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 22-54, 1985.

GONZALEZ, Lélia. Por um feminismo afro-latino-americano: ensaios, intervenções e diálogos. São Paulo: Zahar, 2020.

GUIMARÃES, Saulo Pereira. Após 75 anos, polícia libera bens que contam origem do candomblé no Rio. Uol Notícias, Rio de Janeiro, 20 ago. 2020. Cotidiano. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2020/08/20/apos-100-anos-policiadevolvera-bens-que-contam-origem-do-candomble-no-rio.htm. Acesso em: 07 set. 2022.

HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, p. 7-41, 1995.

HOOKS, bell. Anseios: raça, gênero e políticas culturais. São Paulo: Elefante, 2019.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. [Rio de Janeiro]: IBGE, 2019. (Estudos e Pesquisas Informação Demográfica e Socioeconômica. v. 41). Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf. Acesso em: 01 jan. 2023.

LIMA, Vivaldo da Costa. O conceito de “nação” nos candomblés da Bahia. Afro-Ásia, Salvador, n. 12, p. 65-90, 1976. DOI: https://doi.org/10.9771/aa.v0i12.20774

MATEUS, Felipe. Racismo no mundo acadêmico: um tema para se discutir na universidade. Jornal da UNICAMP, Campinas, 19 nov. 2019. Notícias Atualidades. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2019/11/19/racismo-no-mundo-academico-umtema-para-se-discutir-na-universidade. Acesso em: 05 set. 2022.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: n-1 edições, 2018.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, Estado de Exceção, Política da morte. Arte e Ensaios, Rio de Janeiro, n. 32, p. 122-151, 2016.

MUNANGA, Kebengele. Negritude: usos e sentidos. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

NASCIMENTO, Abdias do. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2016.

OPIPARI, Carmen. O Candomblé: imagens em movimento São Paulo. São Paulo: Edusp, 2009.

OYĚWÙMÍ, Oyèrónkẹ. A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.

PEREIRA, Júlia. Segundo pesquisa, 78% dos mortos pela polícia são negros. RBA - Rede Brasil Atual, São Paulo, 23 abr. 2021. Cidadania Violência. Disponível em: https://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2021/04/segundo-pesquisa-78-dos-mortos-pelapolicia-sao-negros/. Acesso em: 06 set. 2022.

PEREIRA, Luena Nascimento Nunes. Alteridade e raça entre África e Brasil. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 63, n. 2, p. e170727, 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/2179-0892.ra.2020.170727

PORTO, Douglas. Negros representam 78% das pessoas mortas por armas de fogo no Brasil. CNN, São Paulo, 19 set. 2021. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/negrosrepresentam-78-das-pessoas-mortas-por-armas-de-fogo-no-brasil/. Acesso em: 02 fev. 2023.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixás. São Paulo: Companhia das Letras, 2001.

SANTOS, Juana Elbein dos. Os Nàgô e a morte: Pàde, Àsèsè e o culto Égun na Bahia. 14. ed. Petrópolis: Vozes, 2012.

SILVA, Vagner Gonçalves da. Candomblé e Umbanda: caminhos da devoção brasileira. 5. ed. São Paulo: Selo Negro Edições, 2005.

SILVA. Vagner Gonçalves da. Exu: o guardião da casa do futuro. Rio de Janeiro: Pallas, 2015.

SODRÉ, Muniz. Pensar Nagô. Petrópolis: Vozes, 2018.

SOMÉ, Sobonfu. O espírito da intimidade: ensinamentos ancestrais africanos sobre relacionamentos. São Paulo: Odysseus Editora, 2003.

SOUZA, Neuza Santos. Tornar-se negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

STRATHERN, Marilyn. Parentesco, direito e o inesperado: parentes são sempre uma surpresa. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

VIZINHO de Bolsonaro, PM que matou Marielle é chefe da milícia em área onde Queiroz se escondeu. Fórum, [s. l.], 16 set. 2019. Disponível em: https://revistaforum.com.br/brasil/vizinho-de-bolsonaro-pm-que-matou-marielle-e-chefe-damilicia-em-area-onde-queiroz-se-escondeu/. Acesso em: 07 set. 2022.

Publicado

2023-07-30

Cómo citar

SAMPAIO, Y. E. Los Ritos Mortuorios en el Candomblé y la (Re)Construcción de la Ascendencia Negra en el Contexto Necropolítico. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 28, n. 2, p. 1–17, 2023. DOI: 10.5433/2176-6665.2023v28n3e46969. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/46969. Acesso em: 13 may. 2024.

Número

Sección

Artículos

Artículos similares

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.