Raza, género y sexualidad en el caldero de la emergencia climática: cuando el arte y el activismo involucran futuros

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2022v27n1e44953

Palabras clave:

Raza, género y sexualidad, emergencia climática, movilidad, Arte.

Resumen

La raza, el género y la sexualidad son marcadores importantes para las ciencias humanas. Si bien la cuestión ecológica ha permanecido alejada de la arena interseccional, a partir de la década de 1970 el ecofeminismo comenzó a crear puntos de acercamiento entre los agentes de la devastación ambiental y los perseguidores de géneros y sexos disidentes. Este artículo pretende demostrar que no podemos hablar de la crisis climática sin observar tales categorías, ya sea para recuperar los hechos que nos llevaron a la crisis, o para imaginar un mundo fuera del patriarcado. En las primeras secciones del texto se profundiza en la relación entre emergencia climática e interseccionalidad. Entonces, la movilidad se presenta como el ámbito social en el que los conflictos y los ensamblajes interfieren en la vida colectiva, siendo el automóvil el símbolo de cierta masculinidad. En la parte final, los nuevos activismos de movilidad, especialmente los que utilizan las artes, son retratados como estrategias políticas que cuestionan los modos de vida contemporáneos, cuestionando la certeza que teníamos sobre el futuro y señalando caminos para construir el futuro ordinario.

Biografía del autor/a

Marcelo de Trói, Instituto de Pesquisa Multiplicidade Mobilidade

Doctora en Cultura y Sociedad por la Universidade Federal da Bahía (2021).

Citas

ANSHELM, Jonas; HUTLMAN, Martin. A green fatwa? Climate change as a threat to the masculinit of industrial modernity. Norma: international journal for masculinity studies, Suécia, v. 9, n. 2, p. 84-86, 2014.

BILLARD, Sébastien. La voiture au coeur des ouvelles inégalités - entretien avec Yoan Demoli. Revista L´OBS, Paris, p. 88-89, fev. 2019.

BÜSCHER, Monika; URRY, John; WITCHGER, Katian. Introduction: mobile methods. In: BÜSCHER, Monika et al. (org.). Mobile methods. London: Routledge Taylor and Francis Group, 2011.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CARLA AKOTIRENE. Há quem fique assustado após me ler como empoderada [...]. [S. l.], 27 maio 2019. Instagram: @carlaakotirene. Disponível em: https://www.instagram.com/p/Bx9_Ilbluco/?igshid=oyex1y0wz2y6. Acesso em: 5 mar. 2022.

CEFORCED – CENTRE FOR STUDIES OF CLIMATE CHANGE DENIALISM. Chalmers. Disponível em: https://www.chalmers.se/en/departments/tme/centres/ceforced/Pages/default.aspx. Acesso em: 10 nov. 2021.

CHAKRABARTY, Dipesh. “O clima da história: quatro teses”. Revista Sopro, n.91, [S.l.], p. 2-22, julho 2013.

COLLING, Leandro. A emergência e algumas características da cena artivista das dissidências sexuais e de gênero no Brasil da atualidade. In: COLLING, Leandro (org.). Artivismos das dissidências sexuais e de gênero. Salvador: EDUFBA, 2019. p. 11-40.

CRENSHAW, Kimberlé W. Demarginalizing the intersection of race and sex: a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. Legal Forum, Chicago, v. 1989, n. 1, p. 139-167, 1989.

CRUTZEN, Paul. Geology of mankind. Nature, London, v. 415, p. 23, 2002.

DEMOLI, Yoann. Young people and cars: “a case of frustrated desire?”, Metropolitics, 30 nov. 2018. Disponível em: www.metropolitiques.eu/Young-People-and-Cars-A-Case-of-Frustrated-Desire.html. Acesso em: 10 nov. 2021.

DEMOLI, Yoann; LANNOY, Pierre. Sociologie de l´automobile. Paris: La Découverte, 2019.

DENNIS, Kingsley; URRY, John. After the car. Cambridge, UK: Polity Press, 2009.

DIGILABOUR. Documentário señoritas courier. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2021. Disponível em: https://rosalux.org.br/documentario-senoritas-courier/. Acesso em: 9 nov. 2021.

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2018.

GAARD, Greta Claire. Rumo ao ecofeminismo queer. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v.19, n. 1, p. 197-223, jan./abr. 2011.

GASTALDI, Alexandre Bogas Fraga; MOTT, Luiz; OLIVEIRA, José Marcelo Domingos; AYRES, Carla Simara Luciana da Silva; SOUZA, Wilians Ventura Ferreira; SILVA, Kayque Virgens Cordeiro (org.). Observatório de mortes violentas de LGBTI+ no Brasil - 2020: relatório da Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay da Bahia. Florianópolis: Editora Acontece Arte e Política LGBTI+, 2021.

GELIN, Martin. The misogyny of climate deniers. The New Republic, New York, 28 ago. 2019. Disponível em: https://newrepublic.com/article/154879/misogyny-climate-deniers. Acesso em: 10 nov. 2021.

GORZ, André. A ideologia social do automóvel. In: LUDD, Ned. (org.). Apocalipse motorizado: a tirania do automóvel em um planeta poluído. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2005.

HARAWAY, Donna. Antropoceno, capitaloceno, plantationoceno, chthuluceno: fazendo parentes. Revista ClimaCom Cultura Científica: pesquisa, jornalismo e arte, Campinas, ano 3, n. 5, p. 139-146, 2016.

HARAWAY, Donna. Evoluímos quando levamos nossa relação com cães a sério, diz Donna Haraway. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 ago. 2021. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2021/08/evoluimos-quando-levamos-nossa-relacao-com-caes-a-serio-diz-donna-haraway.shtml. Acesso em: 10 nov. 2021.

HARKOT, Marina Kohler. A bicicleta e as mulheres: mobilidade ativa, gênero e desigualdades socioterritoriais em São Paulo. 2018. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.

IPCC - INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. About the IPCC. Disponível em: www.ipcc.ch. Acesso em: 9 nov. 2021.
KLEIN, Naomi. A doutrina do choque: a ascensão do capitalismo de desastre. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.

KEMMER, Laura. Bonding - Infrastructure, affect, and the emergence of urban collectivity. 2020. 241 f. Doutorado (Filosofia), Universität Hamburg, Hamburgo, Alemanha, 2020.

LATOUR, Bruno. Down to earth: politics in the new climatic regime. Cambridge: Polity Press: 2018.

LATOUR, Bruno. Para distinguir amigos e inimigos no tempo do antropoceno. Proferido em Paris em novembro de 2013. Revista de Antropologia, São Paulo, v. 57, n. 1, p. 11-31, 2014.

MARTINE, George; SCHENSUL, Daniel (org.). The demography of adaptation to climate change. New York: United Nations Population Fund, 2013.

MIGNOLO, Walter. Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 32, n. 94, p. 1-18, 2017.

MORTIMER-SANDILANDS, Catriona. Paixões desnaturadas? Notas para uma ecologia queer. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 19, p. 175-195, 2011.

NASCIMENTO, Jefferson Ferreira do. A redefinição do conceito de classe e suas implicações políticas: uma análise sobre Ellen Meiksins Wood. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Toledo, 2018.

NEGRI, Antônio. Para uma definição ontológica da Multidão. Lugar Comum, n. 19-20, p. 15-26, jan./jun. 2004.

POR UMA mobilidade urbana inclusiva, segura e sustentável. Salvador: Observatório da Mobilidade, 2020. Disponível em: https://observatoriomobssa.files.wordpress.com/2020/10/manifesto-mobilidade-urbana.pdf. Acesso em: 21 set. 2021.

RANCIÈRE, Jacques. Política da arte. Urdimento: revista de estudos em artes cênicas, Florianópolis, v. 2, n. 15, P. 45-59, 2010.

RUBIN, Gayle. The traffic in women: notes on the political economy of sex. In: REITER, Rayna (org.). Toward an anthropology of women. New York: Monthly View Press, 1975.

SANTOS, Daniel. Como fabricar um Gangsta: masculinidades negras nos videoclipes dos rappers Jay-Z e 50 Cent. 2017. Dissertação (Mestrado Multidisciplinar em Cultura e Sociedade) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2017.

SHELLER, Mimi; URRY, John. The new mobilities paradigm. Evironment and Planning A, Thousand Oaks, v. 38, p. 207-226, 2006.

SILVA, Marta Regina Paulo. Meninas não desenham carros… mas tem meninas que desenham: culturas infantis, relações de gênero e histórias em quadrinhos. Revista Perspectiva, Florianópolis, v. 33, n. 3, p. 983-1009, 2015.

TROI, Marcelo de. Carrocracia: fluxo, desejo e diferenciação na cidade. Revista Periódicus, Salvador, v. 1, n. 8, p. 270-298, 2017.
TROI, Marcelo de. Corpo dissidente e desaprendizagem: do teat(r)o oficina aos a(r)tivismos queer. 2018. Dissertação (Mestrado Multidisciplinar em Cultura e Sociedade) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2018.

TROI, Marcelo de. Salvador, cidade movente: corpos dissidentes, mobilidades e direito à cidade. 2021. Tese (Doutorado Multidisciplinar em Cultura e Sociedade) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2021.

TROI, Marcelo; BATEL, Susana. Cidade straight versus cidade dissidente: a street art como demarcação do lugar em Lisboa. Ponto de Interrogação, Salvador, v. 10, n. 2, p. 247-270, 2020.
URRY, John. The ‘system’ of automobility. Theory, Culture & Society, London, v. 21, n. 4/5, p. 25-39, 2004.

VASCONCELOS, Fernando Thiago Rocha, A "guerra cultural” neofascista no Brasil: entre o neoliberalismo e o nacional-bolchevismo. Revista de História da UEG, Goiânia, v. 10, n. 2, p. e022101, 2021.

VERGUEIRO, Viviane. Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. 2015. Dissertação (Mestrado Multidisciplinar em Cultura e Sociedade) - Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015.

VIRILIO, Paul. Speed and politics. Los Angeles: Semiotext(e), 2006.

Publicado

2022-04-29

Cómo citar

TRÓI, Marcelo de. Raza, género y sexualidad en el caldero de la emergencia climática: cuando el arte y el activismo involucran futuros. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 27, n. 1, 2022. DOI: 10.5433/2176-6665.2022v27n1e44953. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/44953. Acesso em: 24 ago. 2024.

Número

Sección

Dossier

Datos de los fondos