Alzar a los santos de las mazmorras: un museo para la libertad

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2020v25n3p583

Palabras clave:

Colecciones afrobrasileñas, Represión policial, Museo, Reparar, Patrimonio

Resumen

Dos colecciones de objetos religiosos afrobrasileños que fueron confiscados por la policía entre 1891 y las primeras décadas del siglo XX son el tema de reflexión en este artículo. Al estudiar los caminos de estas colecciones, se mapearon los diversos valores de significado que se les atribuyen, que lejos de ser permanentes, tampoco se excluyen mutuamente. Propongo discutir los procesos simbólicos y arreglos institucionales que se han activado a lo largo de sus trayectorias. En este empeño, estas colecciones pueden analizarse en dos dimensiones: por un lado, como realidad subjetiva, afectiva y cosmológica; y por otro lado, como objetos de lucha política en la esfera pública de un colectivo socialmente organizado. Ambas colecciones tienen orígenes similares y su denominador común es la exigencia de las personas involucradas de que el museo sea la institución encargada de albergarlas. El museo está indicado como el lugar para reparar el dolor y el sufrimiento causado por la violencia y la intolerancia religiosa, el racismo y los prejuicios. En ambos casos se aborda el poder de agencia de estos conjuntos de objetos, que ha materializado acciones y provocado movilizaciones en torno a ellos.

Biografía del autor/a

Luz Stella Rodríguez Cáceres, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ

Doctorado en Geografía por la Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ. Profesor de Antropología Espacial de la Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Citas

APPADURAI, Arjun. Mercadorias e a política de valor. In: APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Editora da UFF, 2010. p. 15-89.

ARANTES, Antônio. Patrimônio imaterial e referências culturais. Tempo Brasileiro, Patrimônio Imaterial, Rio de Janeiro, n. 147, p. 129-140, out./dez. 2001.

BIRMAN, Patrícia. O que é umbanda. São Paulo: Brasiliense, 1983.

BRASIL. Decreto nº 847, de 11 de Outubro de 1890. Promulga o Codigo Penal. Rio de Janeiro: Governo Provisório, 1890. (Coleção das leis do Brasil). Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1851-1899/d847.htm. Acesso em: 23 nov. 2018.

CIPÓ, Roger. Campanha reivindica patrimônio sagrado aprisionado no Museu da Polícia Civil. Olhar de um Cipó, Diadema, 1 ago. 2017. Disponível em: http://olhardeumcipo.blogspot.com/2017/08/campanha-reivindica-patrimonio-sagrado.html.Acesso em: 23 nov. 2018.

CONDURU, Roberto. A coleção de cultos afro-brasileiros do Museu da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Centro Cultural Municipal José Bonifácio: Museu da Polícia Civil do Rio de Janeiro: Instituto de Artes da UERJ, 2008. Relicário Multicolor.

CORRÊA, Alexandre Fernandes. A coleção Museu de Magia Negra do Rio de Janeiro: o primeiro patrimônio etnográfico do Brasil. MNEME, Penedo, v. 7, n. 18, out./nov. 2005.

CORRÊA, Alexandre Fernandes. O museu mefistofélico e a distabuzação da magia: análise do tombamento do primeiro patrimônio etnográfico do Brasil. São Luís: EDUFMA, 2009.

GAMA, Elizabeth Castelano. Lugares de memória do povo de santo: patrimônio cultural entre museus e terreiros. 2018. Tese (Doutorado História Social) - UFF, Niterói, 2018.

GELL, Alfred. Art and agency: an anthropological theory. Oxford: Oxford University Press, 1998.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Patrimônio, espaço público e cultura subjetiva. In: TAMASO, Izabela et al. (org.). A antropologia na esfera pública: patrimônios culturais e museus. Goiânia: Editora Imprensa Universitária, 2019. p. 29 -47.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Ressonância, materialidade e subjetividade: as culturas como patrimônio. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 11, n. 23, p. 15-36, jan./jun. 2005.

GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Teorias antropológicas e objetos materiais. In: GONÇALVES, José Reginaldo Santos. Antropologia dos objetos: coleções, museus e patrimônio. Rio de Janeiro: Departamento de Museus e Centro Culturais, 2007. p. 13-42. (Coleção Museu, Memória e Cidadania).

KOPITOFF, Igor. A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo. In: APPADURAI, Arjun. A vida social das coisas: as mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: Editora UFF, 2010. p. 89 -123.

LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: Edufba; Bauru: Edusc, 2012.

LUCENA, Felipe. Polícia Civil do Rio é a primeira do Brasil a devolver acervo de religiões de matriz africana. Diario do Rio.com, Rio de Janeiro, 8 ago. 2020. Disponível em: https://diariodorio.com/policia-civil-do-rio-e-a-primeira-do-brasil-a-devolver-acervo-de-religioes-de-matriz-africana/. Acesso em: 8 ago. 2020.

MAGGIE, Yvonne. Objetos da feitiçaria. G1, Rio de Janeiro, 12 ago. 2011. Disponível em: http://g1.globo.com/platb/yvonnemaggie/2011/08/12/objetos-da-feiticaria/.Acesso em: 1 dez. 2018.

MAGGIE, Yvonne; RAFAEL, Ulisses. Sorcery objects under institutional tutelage: magic and power in ethnographic collections. Vibrant, Brasília, v. 10, n. 1, p. 305-306, 2003.

MAGNANI, José Guilherme C. Umbanda. 2. ed. São Paulo: Ática, 1991.
MAUSS, Marcel. Sociologia e antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003.

OLIVEIRA, Nathália Fernandes. A repressão policial às religiões de matriz afro-brasileira no período do Estado Novo (1937-1945). 2015. Dissertação (Mestrado em História Social) - UFF, Niterói, 2015.

PRANDI, Reginaldo. Mitologia dos Orixas. São Paulo: Cia. das Letras, 2001.

RIO DE JANEIRO (Município). Secretaria Municipal de Cultura. [Ofício]. Rio de Janeiro: Prefeitura Municipal, 25 mar. 2010. [Exposição permanente das peças resgatadas de afro-brasilidade].

SANSI, Roger. A vida oculta das pedras: historicidade e materialidade dos objetos no candomblé. In: GONÇALVES, José Reginaldo S.; SAMPAIO, Roberta; BITAR, Nina Pinheiro (ed.). A alma das coisas: patrimônios, materialidades e ressonância. Rio de Janeiro: Mauad, FAPERJ, 2013. p. 105.

VELASCO, Valquíria Cristina Rodrigues. Geografias da repressão: experiências, processos e religiosidades no Rio de Janeiro (1890-1929). 2019. Dissertação (Mestrado em História Comparada) - UFRJ, Rio de Janeiro, 2019.

Publicado

2020-12-29

Cómo citar

RODRÍGUEZ CÁCERES, Luz Stella. Alzar a los santos de las mazmorras: un museo para la libertad. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 25, n. 3, p. 583–601, 2020. DOI: 10.5433/2176-6665.2020v25n3p583. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/41286. Acesso em: 27 jul. 2024.

Número

Sección

Dossier

Datos de los fondos