Close na web: incorporando femininos desejáveis
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n1p194Palabras clave:
Corpo, Pessoa, Gênero, Strippers virtuaisResumen
Este artigo visa problematizar como um grupo de mulheres que se dedica ao comércio de strip-tease on-line se constitui enquanto strippers a partir de seu corpo para a atuação nesse mercado. Para tanto, as encenações que elas constroem em fotos e vídeos, bem como ante a webcam a partir do uso criativo e tecnológico do corpo, engendram femininos performáticos que exigem provisoriamente a destituição de si mesmas e a constituição de uma outra mulher (ou mesmo, outras mulheres) para os shows. Partindo das noções de incorporação e de performance de gênero, buscamos a reflexão sobre como elas ressignificam o corpo, incorporam discursos, gestos e atos, como estilizam o corpo em acordo com a mulher a ser performatizada para atrair e agradar aos clientes e, assim, alcançar maiores ganhos financeiros.Descargas
Citas
ARENT, Marion. Gênero, Desejo e Erotismo: Um Caso de Comparação entre "Clubes de Mulheres" em Buenos Aires e no Rio de Janeiro. Cuadernos de Antropología Social, Buenos Aires, n. 34, p. 69-92, 2011.
BOURDIEU, Pierre. O camponês e seu corpo. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n. 26, Curitiba, p. 83-92, jun. 2006.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. RJ: Ed. Civilização Brasileira, 2003.
BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos del "sexo". Buenos Aires: Paidós 2005.
BUTLER, Judith. Deshacer el gênero. Buenos Aires: Paidós, 2006.
CECCARELLI, Paulo Roberto. Prostituição: corpo como mercadoria. Mente & Cérebro - Sexo, v. 4, dez. 2008. Edição Especial
CSORDAS, Thomas. A corporeidade como um Paradigma para a Antropologia. In: CSORDAS, Thomas. Corpo/significado/cura. Porto Alegre: Editora UFRGS, 2008.
DE LAURETIS, Teresa. A tecnologia de gênero. In: HOLANDA, Heloisa Buarque de (Org.). Tendências e impasses: o feminismo como crítica cultural. Rio de Janeiro, Rocco, 1994.
DÍAZ-BENÍTEZ, Maria Elvira. Dark Room aqui: um ritual de escuridão e silêncio. Cadernos de Campo, São Paulo, n. 16, 2007.
GOLDENBERG, Mirian; RAMOS, Marcelo. A civilização das formas: o corpo como valor. In: GOLDENBERG, Mirian. Nu & Vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. RJ: Record: 2002.
GREGORI, Maria Filomena. Prazer e perigo: notas sobre feminismo, sex-shops e S/M. In: PICITELLI, Adriana, GREGORI, Maria Filomena e CARRARA, Sérgio. Sexualidades e saberes: convenções e fronteiras. Rio de Janeiro: Garamond, 2004.
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomás Tadeu da. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
JAMESON, Fredric. Pós-modernismo: a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 2007.
JAYME, Juliana Gonzaga. Travestis, Transformistas, drag-queens, transexuais: personagens e máscaras no cotidiano de Belo Horizonte e Lisboa. 2001. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Universidade de Campinas, Campinas, 2001.
KUNZRU, Hari. Você é um ciborgue: um encontro com Donna Haraway. In: SILVA, Tomás Tadeu da. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000.
LE BRETON, David. As Paixões Ordinárias: Antropologia das Emoções. Petrópolis, Vozes, 2009.
LEWGOY, Bernardo. A invenção da (ciber)cultura: virtualização, aura e práticas etnográficas pós-tradicionais no ciberespaço. Civitas, v. 9, n. 2, p. 185-196, maio- ago. 2009.
MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
NUNES, Claudio Ricardo Freitas. Trazendo a noite para o dia: apontamentos sobre erotismo, striptease masculino, pedagogias de gênero e sexualidade. 2012. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul,Porto Alegre, 2012.
PISCITELLI, Adriana. Viagens e sexo on-line: a Internet na geografia do turismo sexual. In: Cadernos Pagu, Campinas, n. 25, jul.- dez. 2005. Disponível em: Acesso em: 18. dez. 2010.
RAGO, Margareth. Os prazeres da noite: prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930. São Paulo: Paz e Terra: 2008.
SALDARRIAGA, Diana Ujueta & BARRERA, Martín Emilio Gáfaro. Amor a primer "clic". El ciberespacio: un lugar donde todo se vuelve líquido. Informes Psicológicos, Medellín, v. 10, n. 11, p. 121-141, jul.- dez. 2008.
SILVA, Carlos Alberto da; SEBASTIÃO, Pedro Miguel. Interacção & Cibersexo no IRC. In: SILVA, Carlos; SEBASTIÃO, Pedro. Sociologia em Diálogo. Évora: Universidade de Évora, 2002. Disponível em: Acesso em 27 dez. 2010.
SILVA, Carolina Parreiras. Sexualidades no ponto.com: espaços e homossexualidades a partir de uma comunidade on-line. 2008. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.
SILVA, Weslei Lopes. O sexo incorporado na web: cenas e práticas de mulheres strippers. 2014. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.
VALE DE ALMEIDA, Miguel. Corpo presente: antropologia do corpo e da incorporação. In: VALE DE ALMEIDA, Miguel. Corpo presente: treze reflexões antropológicas sobre o corpo. Portugal: Celta, 1996.
VILLAGRÁN, Gilberto López. La emergencia del table dance en el contexto del Tratado de Libre Comercio en México - Impacto simbólico y descomposición de su oferta erótica. CS, n. 10, p. 131-166, jul.-dic. 2012. Disponível em: Acesso em: 11. 03.2013.
VIRILIO, Paul. El Cibermundo, la política de lo peor: Entrevista con Philippe Petit. Madri: Ediciones Cátedra, 1997.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2015 Weslei Lopes Silva, Juliana Gonzaga Jayme

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.

























