Insultos y relaciones de género racializadas: un síntoma cultural de la sociedad brasileña
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2025v30e51627Palabras clave:
interseccionalidad, racismo, sexismo, discriminación social, injusticia racialResumen
Investigaciones anteriores han identificado las palabrotas como prácticas cargadas de valores sexistas y homófobos. El objetivo de este estudio fue identificar el marcador social raza, con la intersección de género, para entender cómo el racismo se expresa en este fenómeno del lenguaje, utilizando como referencia el paradigma de la interseccionalidad. A través de un cuestionario online, se encuestaron los insultos considerados peores contra mujeres y hombres; mujeres y hombres negros. Se analizaron un total de 1.782 cuestionarios. Tras analizar el contenido, la semántica y la pragmática, separamos los insultos en categorías y comparamos su incidencia en los distintos grupos. Identificamos la presencia evidente de valores racistas cuando el destinatario está racializado. Sin embargo, el género fue un factor diferenciador: contra las mujeres negras, las ofensas estaban dirigidas a la estética y contra los hombres negros, había una asociación con la criminalidad. Los datos sugieren la existencia de racismo de género en el país.
Descargas
Citas
AUSTIN, John Langshaw. Quando dizer é fazer: palavras e ação. Porto Alegre: Artes Médicas,1990.BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 1977.
BAÉRE, Felipe; ZANELLO, Valeska; ROMERO, Ana Carolina. Xingamentos entre homossexuais: transgressão da heteronormatividade ou replicação dos valores de gênero? Revista Bioética, v. 23, n. 3, p. 623-633, 2015. DOI: https://doi.org/10.1590/1983-80422015233099
BECKER, Rolf. Gender and Survey Participation: An Event History Analysis of the Gender Effects of Survey Participation in a Probability-based Multi-wave Panel Study with a Sequential Mixed-mode Design. Methods, Data, Analyses, v. 16, n. 1, p. 3-32, 2022.
BERNARDINO-COSTA, Joaze et al. Decolonialidade e pensamento afrodiaspórico. Belo Horizonte: Autêntica, 2018.BERSANI, Leo. Es el recto una tumba? In: LLAMAS, R. (org.). Construyendo identidades. Madrid: SigloVeintiuno, 1995.
BIROLI, Flávia; CAMINOTTI, Mariana. A reação conservadora contra o gênero na América Latina. Política e Gênero, v. 16,n. 1,p. 1-38, 2020.
BORGES, Juliana. Encarceramento em massa. São Paulo: Pólen Produção Editorial, 2019.
CARLOMAGNO, Márcio. Conduzindo pesquisas com questionários online: uma introdução às questões metodológicas. In: SILVA, Tarcízio; BUCKSTEGGE, Jaqueline; ROGEDO, Pedro (orgs.). Estudando cultura e comunicação com mídias sociais. Brasília: IBPAD, 2018. p.31-55.
CARNEIRO, Sueli. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
COLLINS, Patricia Hill.Bem mais que ideias: a interseccionalidade como teoria social crítica. São Paulo: Boitempo Editorial, 2022.
COLLINS, Patricia Hill; BILGE, Sirma. Interseccionalidade. São Paulo: Boitempo Editorial, 2021.
CRENSHAW, Kimberlé. Documento para o encontro de especialistas em aspectos de discriminação racial relativos a gênero. Revista Estudos Feministas, v. 10 n. 1, p. 171-188, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2002000100011
DAFLON, Verônica. Tão longe, tão perto: identidades, discriminação e estereótipos de pretos e pardos no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad Editora, 2018.
DUSSEL, Enrique.1492-O encobrimento do outro: a origem do mito da modernidade. Petrópolis:Vozes, 1993.
FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas. Salvador: EDUFBA, 1952/2008.
FEDERICI, Silvia. Calibã e a Bruxa: mulheres, corpos e acumulação primitiva. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
FERNANDES, Florestan. A integração do negro na sociedade de classes. São Paulo: Editora Nacional, 1965.
GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. 2. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
GOMES, Nilma Lino; LABORNE, Ana. Pedagogia da crueldade: racismo e extermínio da juventude negra. Educação em Revista, v. 34, p. 1-26, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-4698197406
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de Amefricanidade. Tempo Brasileiro, v. 92 n.93, p. 69-82, 1988.
GONZALEZ, Lélia. Racismo e sexismo na cultura brasileira. Ciências Sociais Hoje, ANPOCS, 1984, p. 223-244.
GOUVEIA, Marizete; ZANELLO, Valeska. Saúde mental e racismo contra negros: produção bibliográfica brasileira dos últimos quinze anos. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 38, n. 3, p. 450-464, 2018. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-37030003262017
GROSFOGUEL, Ramón. A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, v. 31, n. 1, p. 25-49, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003
GUIMARÃES, Antônio Sérgio A. Como trabalhar com "raça" em sociologia. Educação e Pesquisa, v. 29, n. 1, p. 93-107, jun. 2003. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022003000100008
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2023. Rio de Janeiro: IBGE, 2023.
INDURSKY, Alexei. Psicanálise, fascismo e populismo: notas sobre a emergência do bolsonarismo no Brasil. Teoría y Crítica de la Psicología, v. 14, p. 150-162, 2020.
IPEA - Instituto De Pesquisa Econômica Aplicada. Tolerância social à violência contra as mulheres: uma análise das percepções sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher. Brasília: IPEA, 2014.
KILOMBA, Grada. Memórias de plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
LAKOFF, George & JOHNSON, Mark. Metáforas de la vida cotidiana. Madrid: Cátedra, 1986.
LAQUEUR, Thomas. Inventando o sexo: corpo e gênero dos gregos a Freud. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
LARAIA, Roque de Barros. Da Ciência Biológica à Social: a trajetória da Antropologia no século XX. Habitus, v. 3, n. 2, pp. 321-345, 2007. DOI: https://doi.org/10.18224/hab.v3.2.2005.321-345
MAIA, Cláudia. Corpos que escapam: as celibatárias. In: STEVENS, C.; SWAIN, T.A construção dos corpos. Florianópolis: Editora Mulheres, 2008.p. 51-83.
MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra. São Paulo: N-1 edições, 2018a.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Tradução de Renata Santini. São Paulo: N-1 edições, 2018b.
MISSE, Michel. O estigma do passivo sexual: um símbolo de estigma no discurso cotidiano. Rio de Janeiro: Achiamé-Socii, 1979.
MONTEGUTTI-CORNELIO, Fabiola et al. As contribuições dos movimentos feministas no Brasil para assegurar direitos humanos das mulheres. Santiago, v. 155, p. 17-32, 2021.
MYERS, David. Psicologia Social. Porto Alegre: AMGH Editora, 2014.
NASCIMENTO, Gabriel. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. São Paulo: Letramento, 2020.
NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, v. 19,n. 1, p. 287-308, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-20702007000100015
OLIVEIRA, Dennis. Racismo estrutural: uma perspectiva histórico-crítica. Dandara Editora, 2021.
OSÓRIO, Rafael Guerreiro. A desigualdade racial da pobreza no Brasil. Texto para Discussão, No. 2487, Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 2019.
OYÄšWÙMÍ, Oyèrónké. Ainvenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2021.
PEREIRA, Bruna Jaquetto. Dengos e zangas das mulheres-moringa: vivências afetivo-sexuais de mulheres negras. Pittsburgh: Latin America Research Commons, 2020. DOI: https://doi.org/10.25154/book6
QUIJANO, Aníbal. "Colonialidad y Modernidad-racionalidad". In: BONILLO, Heraclio (org.). Los Conquistados. Bogotá: Tercer Mundo Ediciones/FLACSO, 1992. p. 437-449.
RIBEIRO, Djamila. Lugar de fala. São Paulo: Pólen Produção Editorial, 2019.
RICOEUR, Paul. A metáfora viva. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
SÁEZ, Javier; CARRASCOSA, Sejo. Pelo cu: políticas anais. São Paulo: Letramento, 2016.
SANTOS, Alessandro et al. Breve histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-raciais. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 32, p. 166-175, 2012. DOI: https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500012
SARDENBERG, Cecília et al. Confronting backlash against women's rights and gender equalityin Brazil: A literature review and proposal. Revista Feminismos, v. 8 n. 2, p.57-97, 2020.
SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o encardido, o branco e o branquíssimo: raça, hierarquia e poder na construção da branquitude paulistana. Tese-Doutorado em Psicologia Social, Universidade de São Paulo, 2012.
SCHWARCZ, Lilia. O espetáculo das raças: cientistas, instituições e questão racial no Brasil. SãoPaulo: Companhia das Letras, 1993.
SIQUEIRA, João Paulo; RAMOS, Rodrigo Maciel. As (re)configurações subjetivas e identitárias de negros na Universidade: fricções epistêmicas e aquilombamento acadêmico. Quaderns de Psicologia, v. 23, n. 3, p. 1-23, 2021. DOI: https://doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1766
TAVARES, Breitner et al. Educação superior e transformação social: decolonialidade e igualdade racial. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/as (ABPN), [S.l.], v. 13,n. 37, p. 4-17, 2021.
WALLERSTEIN, Immanuel. O universalismo europeu: a retórica do poder. São Paulo: Boitempo, 2007.
WELZER-LANG, Daniel. A construção do masculino: dominação das mulheres e homofobia. Revista de Estudos Feministas, v. 9, n. 2, p. 460-482, 2001. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200008
WITTGENSTEIN, Ludwig. Investigações Filosóficas. Os Pensadores. Sorocaba: Nova Cultural, 1991.
ZANELLO, Valeska. A metáfora no trabalho clínico: ensaios teórico-clínicos acerca das funções da metáfora na clínica cotidiana. Tese-Doutorado, Curso de Pós-Graduação em Psicologia Clínica, Universidade de Brasília, Brasília-DF, 2005.
ZANELLO, Valeska. A prateleira do amor: sobre mulheres, homens e relações. Curitiba: Appris, 2022.
ZANELLO, Valeska. Masculinidade, cumplicidade e misoginia na "Casa dos Homens": Um estudo sobre os grupos de whatsapp masculinos no Brasil. In: FERREIRA, L. (org.). Gênero em perspectiva. Editora CRV, 2020. p. 79-102.
ZANELLO, Valeska. Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação. Curitiba: Appris, 2018.
ZANELLO, Valeska. Xingamentos: entre a ofensa e a erótica. In: Fazendo Gênero 8: Corpo, Violência e Poder, Universidade Federal de Santa Catarina, UFSC, 2008. Anais eletrônicos. Florianópolis: UFSC, 2008. p.1-6. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/221706218_Xingamentos_entre_a_ofensa_e_a_erotica. Acesso em 18 jun. 2025.
ZANELLO, Valeska; BUKOWITZ, Bruna; COELHO, Elisa. Xingamentos entre adolescentes em Brasília: linguagem, gênero e poder. Revista Interacções, v. 7, n. 17, p. 151-169, 2011.
ZANELLO, Valeska; GOMES, Tatiana. Xingamentos: sintoma e reprodução da sociedade patriarcal. In: MAGALHÃES, M. (org.). Quem tem medo dos feminismos? Actas do Congresso Feminista 2008, vol. 2. Lisboa: Nova Delphi, 2010. p. 333-338.
ZANELLO, Valeska; ROMERO, Carolina. "Vagabundo" ou "vagabunda"? Xingamento e relações de gênero. Labrys: Estudos Feministas, v. 22, n. 2, p. 1-28, 2012.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 João Paulo Siqueira, Valeska Zanello

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los derechos de autor de los artículos publicados en Mediations son del autor; En caso de republicación parcial o total de la primera publicación, se solicita a los autores que indiquen la publicación original en la revista.
Mediações utiliza la licencia Creative Commons Attribution 4.0 International, que proporciona acceso abierto, permitiendo a cualquier usuario leer, descargar, copiar y difundir su contenido, siempre que esté debidamente referenciado.
Las opiniones emitidas por los autores de los artículos son de su exclusiva responsabilidad.

























