O Giro Relacional da Ação Coletiva: Contribuições do Pragmatismo Clássico aos Estudos sobre as Relações Estado-Sociedade no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2023v28n2e47024

Palavras-chave:

ação coletiva, Estado, relação, encaixes institucionais, repertórios de ação

Resumo

Os estudos sobre movimentos sociais e Estado no Brasil têm assumido cada vez mais uma perspectiva relacional, ao questionarem a separação analítica de dinâmicas próprias dos movimentos, de um lado, daquelas do Estado, de outro. Têm, assim, mobilizado conceitos como encaixes institucionais (LAVALLE et al., 2019) e repertórios de interação (ABERS; SERAFIM; TATAGIBA, 2014), na tentativa de evidenciar a interatividade entre Estado e sociedade no Brasil. Este artigo pretende estabelecer uma leitura crítica e panorâmica dos elementos centrais que compõem as principais análises contemporâneas no Brasil, para assim sugerir que uma retomada teórica do pragmatismo norte-americano pode oferecer ferramentas teóricas e conceituais ao giro relacional da literatura brasileira. O conceito de ação recíproca será evidenciado, na medida em que permite: 1) aos encaixes institucionais tornarem-se mais dinâmicos e 2) aos repertórios de interação aprofundarem o caráter relacional da própria ação coletiva. Trata-se de sugerir que o pragmatismo norte-americano oferece ao giro relacional brasileiro um aporte teórico de fôlego nas análises da ação coletiva em suas relações com o Estado.

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Biografia do Autor

Marina Ferreira de Araújo Fernandes, Universidade de Montréal (UdeM); Universidade de Brasília (UnB)

Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (2018). Doutoranda em Ciência Política junto ao Programme de Cycles Supérieurs da Faculdade de Artes e Ciências da Universidade de Montreal, em regime de cotutela com a Universidade de Brasília.

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Publicado

2023-06-15

Como Citar

FERNANDES, Marina Ferreira de Araújo. O Giro Relacional da Ação Coletiva: Contribuições do Pragmatismo Clássico aos Estudos sobre as Relações Estado-Sociedade no Brasil. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 28, n. 2, p. 1–18, 2023. DOI: 10.5433/2176-6665.2023v28n2e47024. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/47024. Acesso em: 30 dez. 2024.

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