Cultura e subjetividade – campos de continuidade e ruptura: a história de Mukhtar Mai
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2009v14n1p200Palavras-chave:
Cultura, Violência de gênero, Dominação masculinaResumo
No ano de 2002 a paquistanesa Mukhtar Mai foi condenada a um estupro coletivo pelo crime de seu irmão. Infelizmente situações como essa não podem ser consideradas raras no Paquistão, onde o estupro como forma de resolver conflitos entre famílias é uma prática comum. Assim, o mais impressionante nessa história talvez tenha sido justamente a reação dessa mulher que ao invés de se resignar ao silêncio ou cometer o suicídio, comum nesses casos, iniciou um processo de superação, denúncia, e luta pelos direitos das mulheres em seu país. Através dessa história podemos perceber como tradição e cultura permeiam as ações e representações de um povo onde o corpo feminino ainda representa um objeto que pode ser usado para a honra ou vergonha do clã. Mas esse mesmo sistema de valores também possibilita o surgimento de indivíduos que conseguem romper com um determinado padrão de subordinação.Downloads
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