Os movimentos anti-sistêmicos: conjuntura de lutas ou impasses políticos ideológicos?
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2008v13n1/2p214Palavras-chave:
Movimentos anti-sistêmicos, Movimentos sociais, GlobalizaçãoResumo
Os chamados movimentos anti-sistêmicos vêm, segundo Wallerstein, se intensificando cada vez mais nos tempos atuais. As contradições, conflitos e tensões, frutos da hegemonia do capital, permitiram uma ressignificação dos movimentos sociais, visando articular novas lutas numa perspectiva mundial, ou seja, a globalização do capital possibilitou a globalização dos movimentos antisistêmicos. No momento em que os movimentos anti-sistêmicos são vistos como principal referência para a incessante luta contra o capital, questiona-se aqui, afinal, o que vem a ser um movimento anti-sistêmico. Apesar das evidências de seu surgimento, em que sentido é possível afirmar sua legitimidade? Nesta luta, quem é o verdadeiro inimigo? Desta forma, tem-se como objetivo discutir, sob uma abordagem crítica e reflexiva, uma breve evolução histórica dos movimentos antisistêmicos, as linhas conceituais, os rumos e impasses políticos ideológicos dos chamados movimentos anti-sistêmicos.Downloads
Referências
CASANOVA, Pablo González. O Imperialismo Hoje. Tempo, Niterói, v. 9, n. 18, jun. 2005.
CASTELLS, Manuel. O poder da identidade In: CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2002. p. 21-28. v. 2
FRASER, Nancy. Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça na era pós-socialista. In: SOUZA, Jessé (org.). Democracia hoje: novos desafios para teoria democrática contemporânea. Brasília: Ed. UNB, 2001.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural na esfera pública. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984.
HABERMAS, Jürgen. A nova intransparência. Dossiê Habermas. Novos Estudos Cebrap, São Paulo, n. 18, p. 103-114, set. 1997.
LUIGI, Ricardo; PENNAFORTE, Charles. Movimentos Anti-Sistêmicos na América Latina: Venezuela e sua "função piemontesa". Boletín de Relaciones Internacionales, n. 8, abr./mayo, Buenos Aires, 2005.
MARX, Karl. O dezoito de Brumário de Luiz Bonaparte. In: MARX, Karl. Obras escolhidas. Rio de Janeiro: Vitória, 1956.
MARX, Karl. Manuscritos Econômicos Filosóficos. São Paulo: Martin Claret, 2004.
MELUCCI, Alberto. Acción coletctiva, vida cotidiana y democracia. México: El Colegio del México, CES, 1999.
NEGRI, Antonio; HARDT, Michael. Império. Rio de Janeiro: Record, 2000.
NEGRI, Antonio. O poder constituinte: ensaio sobre as alternativas da modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
SADER, Emir. Hegemonias y emancipaciones en el siglo XXI. Ana Esther Ceceña (comp.). Buenos Aires: CLACSO, 2004.
SIMMEL, Georg. Sociologia: estudios sobre las formas de socialización. Madrid: Alianza, 1986.
TOURAINE, Alain. Um novo paradigma: para compreender o mundo de hoje. Petrópolis: Vozes, 2006. pt. II, cap. 2.
WALLERSTEIN, Immanuel. Capitalismo histórico e civilização capitalista. Rio de Janeiro: Contraponto, 2001.
WALLERSTEIN, Immanuel. A difícil transição ou o inferno na terra? In: WALLERSTEIN, Immanuel. Utopística: ou as decisões históricas do século XXI. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.
WALLERSTEIN, Immanuel. El Moderno Sistema Mundial. 4. ed. México: Siglo XXI, 1988. v.1.
WALLERSTEIN, Immanuel. Análise dos sistemas mundiais. In: GIDDENS, Anthony. Teoria Social Hoje. São Paulo: UNESP, 1996. p. 447-470.
WALLERSTEIN, Immanuel. O que significa hoje ser um movimento anti-sistêmico. In: LEHER, Roberto; SETÚBAL, Mariana (org.). Pensamento crítico e movimentos sociais. São Paulo: Cortez, 2005.
WIEVIORKA, Michel. Em que mundo viveremos? São Paulo: Perspectiva, 2006.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2008 Giane Alves de Carvalho

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























