Solteira, sem filhos: menos que meia pessoa?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2017v22n2p479

Palavras-chave:

Gênero, Maternidade, Teoria social, Família, Feminismo

Resumo

O não-casamento tem marcado a existência de mulheres em diferentes épocas e lugares. Exceto em contextos específicos de estímulo ao celibato, esta “condição” tem sido recorrentemente representada como falta essencial, anomalia social, jamais um caminho escolhido ou projeto de vida que pode ser vivido positivamente. Sob a lógica do familismo, que pressupõe o casamento e maternidade como lugares privilegiados de saúde e felicidade, a mulher não casada e não mãe é percebida como egoísta, solitária, infeliz, frustrada e insatisfeita, beirando à aberração. Neste artigo reflito sobre a relação entre maternidade como escolha e as convenções sociais ou normas de gênero que reputam as solteiras como menos que meia pessoa na escala de status social. O artigo é baseado em pesquisa realizada em uma metrópole brasileira nos anos 2000.

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Biografia do Autor

Eliane Gonçalves, Universidade Federal de Goiás - UFG

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP. Professora da Universidade Federal de Goiás - UFG.

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Publicado

2017-12-31

Como Citar

GONÇALVES, Eliane. Solteira, sem filhos: menos que meia pessoa?. Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 22, n. 2, p. 479–509, 2017. DOI: 10.5433/2176-6665.2017v22n2p479. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/32264. Acesso em: 21 nov. 2024.

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