“As leis são uma invenção”: por uma racionalidade epistêmica protagonizada pelos Akrãtikatêjê (Gavião da Montanha)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/2176-6665.2017v22n2p204

Palavras-chave:

Akrãtikatêjê, Estado, Território

Resumo

Este trabalho opera com algumas categorias para problematização do Estado a partir de dados etnográficos sobre os Akrãtikatêjê, trazendo à tona as contribuições de uma antropologia que dialoga com a possibilidade de um rompimento epistêmico. Para tanto, são necessárias algumas reflexões que nos apontem para esse caminho,entendendo a efetiva participação dos sujeitos que estão acumulando experiências em suas trajetórias de luta, dando sentido ao lugar de pertencimento e expressando as implicações que o Estado traz através de sua forma de atuação desencadeada pelos processos de colonização.

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Biografia do Autor

Ribamar Ribeiro Junior, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA

Doutor em Antropologia pela Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará - IFPA.

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Publicado

2017-12-31

Como Citar

RIBEIRO JUNIOR, R. “As leis são uma invenção”: por uma racionalidade epistêmica protagonizada pelos Akrãtikatêjê (Gavião da Montanha). Mediações - Revista de Ciências Sociais, Londrina, v. 22, n. 2, p. 204–222, 2017. DOI: 10.5433/2176-6665.2017v22n2p204. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/mediacoes/article/view/32258. Acesso em: 27 abr. 2024.

Edição

Seção

Dossiê