Deliberando sobre a interseccionalidade: as conferências das mulheres de Recife
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n2p208Palavras-chave:
Deliberação, Mulheres, Interseccionalidade, BrasilResumo
Em que condições a deliberação assegura a inclusão de grupos sociais marginalizados? Segundo a crítica feminista das teorias deliberativas, essas podem reproduzir as desigualdades políticas quando não levam em consideração as assimetrias de poder entre grupos sociais. Por esta razão, algumas autoras defendem o reconhecimento explícito das minorias nos dispositivos deliberativos. Este artigo tem por objetivo analisar a dinâmica da deliberação quando reúne um grupo tradicionalmente sub representado e caracterizado pela sua diversidade, ou seja as mulheres. Baseado no estudo das conferências das mulheres de Recife, mostra que a combinação entre a política do reconhecimento e a deliberação leva tanto à integração quanto à marginalização de algumas mulheres, dependendo dos recursos que elas têm para defender suas “perspectivas”.Downloads
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