Na contramão do neoliberalismo: sem-terra e piqueteiros
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2005v10n2p75Palavras-chave:
Neoliberalismo, Movimentos sociaisResumo
Este artigo aborda, fundamentalmente, os limites e potencialidades político-ideológicas de dois importantes movimentos sociais latino-americanos:os sem-terra (Brasil) e os piqueteiros (Argentina). A apropriação da política emancipadora pelos movimentos sociais possibilita que as relações sociais e de produção nos assentamentos do MST ou nos bairros populares dos piqueteiros ganhem novas dimensões políticas e ideológicas. Discutimos em cada um dos movimentos as "invenções democráticas" (democracia direta, horizontalidade, igualdade de gênero etc.) de que são protagonistas, bem como os seus limites dado o caráter de classe de suas bases sociais, ou seja, constituem-se de semi-assalariados (sem-terra) e de desempregados (sem-terra e piqueteiros).Downloads
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