México e Brasil: dois extremos de uma idéia
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2005v10n2p25Palavras-chave:
América Latina, Políticas externasResumo
O artigo questiona o real peso que a idéia de América Latina teve e tem para os Estados que a compõe, mostrando que o sentido de unidade provém mais da relação de dependência do que de um projeto próprio. Para isso, escolheu-se analisar, além das tentativas regionais de integração, a evolução das políticas externas de México e Brasil, tentando identificar possíveis tendências (e dificuldades) de formulação de um projeto conjunto. A escolha desses países deve-se ao fato de representarem extremos dessa parte do continente americano. O estudo revela que a América Latina, como projeto político, sempre esteve mais distante da realidade do que os discursos possam aparentar. E a partir da década de 1990 a expressão ainda se tornou mais abstrata e fraca.Downloads
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