O gênero da ciência. reflexões sobre a teoria ator-rede e a perspectiva feminista
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2015v20n1p69Palavras-chave:
Teoria do ator-rede, Teoria feminista, Ciência, Gênero, AntropologiaResumo
O presente artigo problematiza alguns dos princípios que orientam as formas descritivas da Teoria Ator-Rede (ANT), de Bruno Latour, e da teoria feminista, sobre o "ponto de vista" formulada por Sandra Harding e Evelyn Fox Keller, por meio de minha pesquisa sobre o "Caso Marie Curie". Como um caso singular entre gênero e ciência, o objetivo desse artigo é jogar as certezas da ANT contra as incertezas da perspectiva feminista, e as certezas da perspectiva feminista contra as incertezas da ANT. Isto é, reagir - no sentido químico do verbo - às formas descritivas da Teoria Ator-Rede e da perspectiva feminista "desobviando" alguns de seus pressupostos. Trata-se de explorar as decorrências dessas reações e seus efeitos para a descrição que fazemos da ciência.Downloads
Referências
CORRÊA, Mariza. Antropólogas e Antropologia. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2003.
CURIE, Marie. Pierre Curie. With the autobiographical notes of Marie Curie. Nova York: Dover, 1963.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1995. v. 1.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1996. v. 3.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Felix. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. São Paulo: Ed. 34, 1997. v. 4.
DELEUZE, Gilles; PARNET, Claire. Diálogos. Lisboa: Relógio D'Água, 2004.
GOLDSMITH, Bárbara. Gênio obsessivo: o mundo interior de Marie Curie. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
HARAWAY, Donna. Simians, Cyborgs, and Women: The Reinvention of Nature. Nova York: Routledge, 1991.
HARAWAY, Donna. Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, Campinas, n. 5, 1995.
HARAWAY, Donna. Manifesto ciborgue: ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Antropologia do ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2000, p. 37-130.
HARAWAY, Donna. Gênero para um dicionário marxista. Cadernos Pagu, Campinas, n. 22, p. 201-246, 2004.
HARDING, Sandra. The Science Question in Feminism. Londres: Cornell University Press, 1986.
KELLER, Evelyn Fox. Felling for the Organism: The Life and Work of Barbara MacClintock. Nova York: W. H. Freeman, 1983.
KELLER, Evelyn Fox. Reflections on gender and science. New Heaven: Yale University Press, 1985.
KELLER, Evelyn Fox; LONGINO, Helen (Org.). Feminism and Science. Oxford University Press, 1996.
LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. São Paulo: Ed. 34, 1994.
LATOUR, Bruno. Ciência em ação. São Paulo: Ed. Unesp, 2000.
LATOUR, Bruno. A esperança de Pandora: ensaios sobre a realidade dos estudos científicos, Bauru: Edusc, 2001.
LATOUR, Bruno. Reflexão sobre o culto moderno dos deuses fe(i)tiches. Bauru: Edusc, 2002.
LATOUR, Bruno. Reagregando o social: uma introdução à Teoria Ator-Rede. Salvador-Bauru: Edufba-Edusc, 2012.
PUGLIESE, Gabriel. Um Sobrevôo no Caso Marie Curie. Um experimento de antropologia gênero e ciência. Revista de Antropologia, v. 50, p. 347-385, 2009.
PUGLIESE, Gabriel. Sobre o Caso Marie Curie. A radioatividade e a subversão do gênero. São Paulo: Alameda/Fapesp, 2012a.
PUGLIESE, Gabriel. Entre o divisível e o indivisível. O Caso Marie Curie, a composição da matéria e a política sexual. Teoria & Sociedade (UFMG), v. 18, p. 92-115, 2012b.
STENGERS, Isabelle. Para além da grande separação, tornamo-nos civilizados?. In: SANTOS, Boaventura Sousa (Org.). Conhecimento prudente para uma vida decente. Lisboa: Cortez, 2006.
STENGERS, Isabelle. Entre Deleuze e Whitehead. In: ALIEZ, Eric (Org.). Gilles Deuleuze: uma vida filosófica. São Paulo: Ed. 34, 2000.
STENGERS, Isabelle. A invenção das ciências modernas. São Paulo: Ed. 34, 2002.
STENGERS, Isabelle; BENSAUDE-VINCENT, Bernadette. História da química. Portugal: Instituto Piaget, 1996.
STRATHERN, Marilyn. Cutting the Network. The Journal of the Royal Anthropological Institute, v. 2, n. 3, 1996.
STRATHERN, Marilyn. No limite de uma certa linguagem (entrevista com a autora). Mana, UFRJ, v. 5, n. 2, 1999.
STRATHERN, Marilyn. O Gênero da dádiva. Campinas: Ed. Unicamp, 2006.
WHITEHEAD, Alfred North. O conceito de natureza. São Paulo: Martins Fontes, 1994.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Gabriel Pugliese Cardoso

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























