Em nome da ordem: a cultura política anticomunista nas forças armadas brasileiras (1935-1985)
DOI:
https://doi.org/10.5433/2176-6665.2014v19n1p151Palavras-chave:
Anticomunismo, Militares, Cultura política, Brasil republicanoResumo
Este artigo analisa as formulações de caráter anticomunista presentes nas "ordens do dia" através das quais os comandantes militares brasileiros comemoravam, a cada ano, as vitórias das Forças Armadas em 1935, contra a chamada "Intentona Comunista", em 1964, no golpe que derrubou o governo constitucional de João Goulart. Buscamos, nestes discursos, elementos que permitem caracterizar o anticomunismo militar como uma cultura política que orientou o comportamento das instituições castrenses do Brasil ao longo do século XX.Downloads
Referências
BONET, Luciano. Anticomunismo. In: BOBBIO, Norberto (Org.). Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. v. 2, p. 34-35.
CARVALHO, Ferdinando (Org.). Lembrai-vos de 35! Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1981.
CASTRO, Celso. A invenção do exército brasileiro. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
CASTRO, Celso. Comemorando a revolução de 1964. In: FICO, Carlos; FERREIRA, Marieta de Moraes; ARAÚJO, Maria Paula; QUADRAT, Samantha Viz (Org.). Ditadura e democracia na América Latina. Balanço histórico e perspectivas. Rio de Janeiro: FGV, 2009. p. 116-42.
CHAUÍ, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2000.
CLICHÊS políticos se renovaram. Folha de S. Paulo, 31 mar. 1984. p. 6.
DISCURSO do Presidente. Jornal do Brasil, 1 abr. 1978. p. 9.
FAUSTO, Boris. O pensamento nacionalista autoritário (1920-1940). Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
GEISEL fala da Revolução a cúpula militar e civil. Jornal do Brasil, 1 abr. 1978. p. 9.
GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. São Paulo: Ática, 2003.
Hoje, às 10h, Araçá: enterro do soldado vítima do atentado. Folha de S. Paulo, 27 jun. 1968. p. 1.
HUNTINGTON, Samuel P. O soldado e o estado: teoria e política das relações entre Civis e Militares. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1996.
JANOWITZ, Morris. O soldado profissional: estudo social e político. Rio de Janeiro: GRD, 1967.
MOTTA, Rodrigo Patto de Sá. Em guarda contra o perigo vermelho o anticomunismo no Brasil (1917-1964). São Paulo: Perspectiva, 2002.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. A história política e o conceito de cultura política. Revista de História, Mariana, n. 6, 1996.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. Culturas políticas na história: novos estudos. Belo Horizonte: Argvmentum, 2009.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. O anticomunismo militar. In: 1964-2004 - 40 anos do golpe. Ditadura militar e resistência no Brasil. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2004, p. 295-302.
O DISCURSO do Presidente. Jornal do Brasil, 1 abr. 1980. p. 4.
PEREIRA, Luisa Rauter. Sílvio Romero, o problema do povo-nação e o pensamento social brasileiro. História & Perspectivas, Uberlândia, v. 22, n. 39, p. 221-239, jul.- dez. 2008.
PINHEIRO FILHO, Fernando Antônio. A invenção da ordem: intelectuais católicos no Brasil. Tempo Social, São Paulo, v. 19, n. 1, jun. 2007.
POVO atira flores sobre o corpo do soldado. Folha de S. Paulo, 28 jun. 1968. p. 16.
SOUZA, Ricardo Luiz. Nacionalismo e autoritarismo em Alberto Torres. Sociologias, Porto Alegre, v. 7, n. 13, p. 302-323, jan.- jun. 2005.
TEIXEIRA, Mauro. A democracia fardada: imaginário político e negação do dissenso durante a transição brasileira. AEDOS, Rio Grande do Sul, n. 13, v. 5, p. 58-78, ago.- dez. 2013.
TEIXEIRA, Mauro. A revanche dos vencedores: história, memória e luta política no Orvil. 2012. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de Ouro Preto, Mariana: UFOP, 2012.
VERGOTTINI, Giuseppe. Ordem pública. In: BOBBIO, Norberto (Org.). Dicionário de política. Brasília: Universidade de Brasília, 1998. v. 2, p. 851.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Mauro Eustáquio Costa Teixeira

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os direitos autorais relativos aos artigos publicados em Mediações são do(a)s autore(a)s; solicita-se aos(às) autore(a)s, em caso de republicação parcial ou total da primeira publicação, a indicação da publicação original no periódico.
Mediações utiliza a licença Creative Commons Attribution 4.0 International, que prevê Acesso Aberto, facultando a qualquer usuário(a) a leitura, o download, a cópia e a disseminação de seu conteúdo, desde que adequadamente referenciado.
As opiniões emitidas pelo(a)s autore(a)s dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.






























