Educação transformadora por meio de atividades sociais e desencapsulação curricular
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2025v25n1p106-127Palavras-chave:
Educação transformadora, Atividades sociais, Descapsulação curricular, Agência estudantil, Multiletramento engajadoResumo
Este ensaio discute a educação transformadora por meio de atividades sociais e da descapsulação curricular. Com o exemplo de uma visita ao museu, demonstra como a integração de atividades atividades reais e situadas no currículo desafia os modelos educacionais tradicionais, promovendo a agência dos estudantes e o engajamento crítico com a produção do conhecimento. Essa proposta favorece ambientes de aprendizagem nos quais os alunos não são receptores passivos de conteúdos previamente definidos, mas participantes ativos na vivência de experiências que conectam escola e vida. A descapsulação curricular permite um aprendizado interdisciplinar que articula o conhecimento acadêmico com questões sociais, políticas e culturais, promovendo uma pedagogia inclusiva e crítica. Ao romper com estruturas disciplinares rígidas, possibilita a integração de múltiplas perspectivas e formas de saber. Isso amplia o engajamento cognitivo dos estudantes e contribui para o desenvolvimento de sua consciência social e ética. Conclui-se que essa orientação educacional tem o potencial de preparar os alunos para serem sujeitos reflexivos e responsáveis, agentes de mudança social em suas comunidades.
Downloads
Referências
CAZDEN, C. B. A Pedagogy of Multiliteracies: designing social futures. Harvard Educational Review, Cambridge, v. 66, n. 1, p. 60-92, Apr. 1996.
ENGESTRÖM, Y. Aprendizagem expansiva (LIBERALI, F. Trans.). São Paulo: Pontes Editora, 2016.
ENGESTRÖM, Y. From well-bounded ethnographies to intervening in Mycorrhizae activities. Organization Studies, London, v. 27, n. 12, p. 1783-1793, Dec. 2006. Available at: https://journals.sagepub.com/doi/10.1177/0170840606071898. Accessed at: 10 mar. 2025.
ENGESTRÖM, Y. Learning by expanding: An activity-theoretical approach to developmental research. Helsinki: Orienta-consulted, 2002.
ENGESTRÖM, Y.; SANNINO, A. Studies of expansive learning: foundations, findings and future challenges. Educational Research Review, Amsterdam, v. 5, n. 1, p. 100-146, 2010. Available at: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S1747938X10000035?via%3Dihub. Accessed at: 10 mar. 2025
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.
FREIRE, P. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Editora UNESP, 1982.
HOLZMAN, L. Vygotsky at work and play. London: Routledge, 2016.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
LEONTIEV, A. N. Activity, consciousness, and personality. Englewood Cliffs: Prentice Hall, 1978.
LIBERALI, F. Argumentação em contexto escolar. São Paulo: Pontes Editora, 2013.
LIBERALI, F. Atividade social nas aulas de língua estrangeira. São Paulo: Moderna, 2009.
LIBERALI, F. Construir o inédito viável em meio à crise do coronavírus: Lições que aprendemos, vivemos e propomos. In: LIBERALI, F. C. F.; FUGA, V. P.; DIEGUES, U. C. C.; CARVALHO, M. P. (ed.). Educação em tempos de pandemia: brincando com um mundo possível. São Paulo: Pontes Editores, 2020. p. 13-21.
LIBERALI, F. Globalization, superdiversity, language learning and teacher education in Brazil. In: YOUNG, A.; MESSENGER, K. (ed.). Language learning and teacher education in a global age: comparative perspectives on language education. Strasbourg: Council of Europe Publishing, 2017. p. 93-104.
LIBERALI, F. Multiletramento engajado para a prática do bem viver. Linguagem em (Dis) curso, Tubarão, v. 22, n. 1, p. 125-145, jan./abr. 2022. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.scielo.br/j/ld/a/KmYMbTKgh4MLvKvqMBMCQRk/?format=pdf&lang=pt . Acesso em: 10 mar.2025.
LIBERALI, F. Transforming urban education in São Paulo: insights into a critical-collaborative school project. Delta: Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 35, n. 3, p. 1-26, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1678-460X2019350302. Acesso em: 10 abr. 2025.
LIBERALI, F.; FUGA, V.; LOPES, J. C. B. The creation of the viable unheard of as a revolutionary activity. In R. K. Beshara (ed.), Critical psychology praxis: psychosocial non-alignment to modernity/coloniality. London: Routledge. 2021. p. 65-83.
LIBERALI, F. C.; MAGALHÃES, M. C. C.; MEANEY, M. C.; SANTIAGO, C.; CANUTO, M.; SANTOS, J. A. A. dos. Projeto DIGIT-M-ED Brasil: uma proposta de desencapsulação da aprendizagem escolar por meio dos multiletramentos. Prolíngua, João Pessoa, v. 10, n. 3, p. 2-16, nov./dez. 2015.
LOBMAN, C. Performing on a wider stage: Developing inner-city youth through play and performance. Mind, Culture, and Activity, Philadelphia, v. 24, n. 3, p. 217-231, 2017 Available at: https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/10749039.2017.1315673, Accessed at: 10 mar. 2025.
MARX, K.; ENGELS, F. A. Ideologia alemã. Trad. Luis Claudio de Castro Costa. São Paulo: Martins Fontes, 2006.
MBEMBE, A. Necropolitics. Public Culture, v. 15, n. 1, p. 11-40, Jan. 2003. Disponível em: https://read.dukeupress.edu/public-culture/article-abstract/15/1/11/31714/Necropolitics. Acesso em: 10 mar. 2025.
MIGNOLO, W.; WALSH, C. On decoloniality: concepts, analytics, praxis. Durham: Duke University Press, 2018.
NEWMAN, F.; HOLZMAN, L. Lev Vygotsky: revolutionary scientist. London; New York: Routledge, 1993. (Critical Psychology Series).
NININ, M. O. G.; MAGALHÃES, M. C. C. A linguagem da colaboração crítica no desenvolvimento da agência de professores de ensino médio em serviço. Alfa: Revista de Linguística, São José do Rio Preto, v. 61, n. 3, p. 625-652, 2017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/alfa/a/vLD9WtLMybZxMT5VcHbvnWD/abstract/?lang=pt, Acesso em: 10 mar. 2025.
PENNYCOOK, A.; MAKONI, S. Innovations and challenges in applied linguistics from the global south. London: Routledge, 2019. DOI: https://doi.org/10.4324/9780429489396
SÁNCHEZ VÁZQUEZ, A. Filosofia da praxis. São Paulo: Expressão Popular, 2007.
SANTOS, B. de S. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. São Paulo: Cortez, 2008.
SANTOS, B. de S. The end of the cognitive empire: the coming of age of epistemologies of the south. Durham: Duke University Press, 2018.
SANNINO, A. Enacting the utopia of eradicating homelessness: toward a new generation of activity-theoretical studies of learning. Studies in Continuing Education, [S. l.], v. 42, n. 2, p. 163-179, 2020. Available at: https://doi.org/10.1080/0158037X.2020.1725459. Accessed at: 2 set. 2024.
STETSENKO, A. The transformative mind: expanding vygotsky's approach to development and education. Cambridge: Cambridge University Press. 2017.
VAN OERS, B. Is it play? Towards a reconceptualisation of role play from an activity theory perspective. European Early Childhood Education Research Journal, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 185-198, 2013. Available at: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1080/1350293X.2013.789199, Accessed at: 10 mar. 2025.
VIRKKUNEN, J. Dilemmas in building shared transformative agency. Activités, [S. l.], v. 3, n. 3-1, Apr. 2006. Available at: https://journals.openedition.org/activites/1850, Accessed at: 10 mar. 2025.
VYGOTSKY, L. Play and its role in the mental development of the child. Voprosy Psikhologii, Moskva, n. 6, 1966. Available at: https://www.marxists.org/archive/vygotsky/works/1933/play.htm. Accessed at: 10 mar. 2025
VYGOTSKY, L. The problem of the environment. In: VEER, R. V. D.; VALSINER, J. (ed.), The Vygotsky reader. Oxford: Basil Blackwell, 1994. p. 338-354.
Arquivos adicionais
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Fernanda Coelho Liberali

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Entretextos adota a Licença Creative Commons Attribution 4.0 International, portanto, os direitos autorais relativos aos artigos publicados são do/s autor/es.
Sob essa licença é possível: Compartilhar - copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato. Adaptar - remixar, transformar, e criar a partir do material, atribuindo o devido crédito e prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.













