El peligro de una lengua única: algunas reflexiones acerca de la BNCC desde la perspectiva de las multiliteracidades

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2025v25n1p169-191

Palabras clave:

Literacidades, Lenguas extranjeras, BNCC

Resumen

A partir de la Pedagogía de las Multiliteracidades (Grupo Nova Londres, 2021), el presente texto tiene como objetivo demostrar de qué manera la Base Nacional Común Curricular (BNCC) (Brasil, 2018) se contradice al defender una enseñanza intercultural de Lenguas Extranjeras (LE), al mismo tiempo que estipula el inglés como única LE obligatoria en la Educación Básica (EB). Para ello, se presentará un breve panorama sobre literacidades y multiliteracidades, sustentado particularmente en Street (1984, 2014), Soares (2009), Kleiman (1995) y Cope; Kalantzis (2015), con el objetivo de demostrar que dichas nociones son incompatibles con el enfoque monolingüe de enseñanza de LE propuesto por la BNCC. Se trata, así, de un texto de carácter expositivo, cuyas reflexiones son debatidas a la luz de los Estudios de la Literacidad y especialmente de la Literacidad en Lenguas (Camelo; Galli, 2019), ya que presuponen la pertinencia del trabajo con y para las lenguas de forma diversa, sean extranjeras, adicionales, de herencia, de los pueblos originarios o de matriz africana, en una perspectiva plurilingüe en lo que respecta a las políticas públicas lingüísticas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Raisa Ketzer Porto, Universidade Federal Fluminense

É professora de inglês como língua adicional, doutoranda em  Estudos  de  Linguagem/PosLing  pela  Universidade  Federal  Fluminense/UFF,  mestra  em Drama in Education pela Trinity College Dublin, especialista em ensino de inglês pela Universidade Federal de Minas Gerais/UFMG e licenciada em Letras (português/ inglês) pela UFF. Atualmente faz parte do grupo de estudos LENUFFLE, além do projeto de extensão Escola pública entre línguas, ambos da UFF.

Joice Armani Galli, Universidade Federal Fluminense

É pós-doutoranda na Université d'Artois/França com a temática do FOS Scolaire e do FOU Littéraire (2024), Doutora em Linguística pela UFRGS (2004), Mestre em Literatura e Licenciada em Língua e Literatura Francesas pela PUCRS (1996). É professora Associada IV do Departamento de Letras Estrangeiras Modernas - GLE/UFF, atuando nessa IFES desde 2019. Foi professora Adjunta no CAC da UFPE de 2009 a 2018 e coordenadora de LE/Lad na SMED/PoA/RS na primeira década dos anos 2000. Atualmente desenvolve projetos em torno do Letramento em Línguas com especial atenção para as relações que implicam os processos de ensino-aprendizagem dessa área, projetos em torno da interface linguística com os estudos literários francófonos contemporâneos, bem como do papel crítico da leitura do francês na formação acadêmica, além de compor o GT da ANPOLL Transculturalidade, Linguagem e Educação, ser líder do grupo de estudos LENUFFLE e docente no PosLing/UFF na linha 3, intitulada: História, Política e Contato Linguístico.

Citas

ACHEBE, C. Home and exile. New York: Oxford University Press, 2000.

ADICHIE, C. O perigo de uma história única. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.

AVELAR, M. O público, o privado e a despolitização nas políticas educacionais. In: CÁSSIO, F. (org.). Educação contra a barbárie: por escolas democráticas e pela liberdade de ensinar. São Paulo: Boitempo, 2019. p. 73 - 79

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. Organização, tradução, posfácio e notas de Paulo Bezerra. São Paulo: Editora 34, 2016.

BENJAMIN, W. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/#/site/conhecaDisciplina?disciplina=AC_LIN&t ipoEnsino=TE_EF. Acesso em: 12 set. 2022.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pcn_estrangeira.pdf. Acesso em: 12 set. 2022.

BRASIL. Ministério da Educação. Documento preliminar para a construção da Base Nacional Comum Curricular da Educação Infantil. Brasília, DF: MEC, 2018. Disponível em: chrome-extension://efaidnbmnnnibpcajpcglclefindmkaj/https://www.cee.sc.gov.br/index.php/downloads/eventos-cee/seminario-de-sistemas-estaduais-e-municipais-de-ensino/seminario-tubarao/1248-base-nacional-comum-curricular-educacao-infantil/file. Acesso em: 24 nov. 2021.

BRASIL. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Ofcial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 12 set. 2022.

CAMELO, E.; GALLI, J. A. Línguas estrangeiras e outras relações possíveis com a escola pública. Revista Investigações, Recife, v. 32, n. 2, p. 456-478, 2019. https://periodicos.ufpe.br/revistas/INV/article/download/241740/34168. Acesso em: 12 set. 2022.

CANDAU, V. M. F. Diferenças culturais, interculturalidade e educação em direitos humanos. Educação & Sociedade, Campinas, v. 33, n. 118, p. 235-250, 2012.

CANDAU, V. M. F. Educación intercultural crítica: construyendo caminos. In: WALSH, C. (ed.). Pedagogías decoloniales: prácticas insurgentes de resistir, (re)existir y (re)vivir.v. 1. Quito: Ediciones Abya-Yala, 2013. .

CANDAU, V. M. F.; PAULO, I.; ANDRADE, M.; LUCINDA, M. da C.; SACAVINO, S.; AMROEIN, V. Educação em direitos humanos e formação de professores. São Paulo: Cortez, 2013.

COLETIVO ESCOLA PÚBLICA ENTRE LÍNGUAS. Pelo direito a uma educação plurilíngue: carta manifesto de professores de línguas de redes públicas - municipal, estadual e federal - do estado do Rio de Janeiro e de licenciandos em Letras e alunos de pós-graduação. 24 nov. 2021. Disponível em: https://secure.avaaz.org/community_petitions/en/cidadaos_do_brasil_e_exterior_defenda_uma_educacao_plurilingue_nas_escolas_publicas_do_estado_do_rio_de_janeiro/?cyApdtb&utm_source=sharetools&utm_medium=copy&utm_campaign=petition-1464788-defenda_uma_educacao_plurilingue_nas_escolas_publicas_do_estado_do_rio_de_janeiro&utm_term=cyApdtb%2Ben

COMITÊ DE ASSESSORES. Nota de esclarecimento e manifestação de posicionamento do comitê assessor e equipe de especialistas que atuaram na elaboração da Base Nacional Comum Curricular. s/d. Disponível em: https://agburbana.files.wordpress.com/2016/06/nota-assessores-e-especialista-bncc -2-1-1.pdf.

COPE, B.; KALANTZIS, M. The things you do to know: an introduction to the pedagogy of multiliteracies. In: COPE, B.; KALANTZIS, M. (ed.). A pedagogy of multiliteracies: learning by design. Londres: Palgrave Macmillan, 2015. p. 1- 36.

DAHER, D. C.; MEDEIROS, V. G. de. Análise do discurso: estudos sobre políticas e práticas no cenário da educação pública brasileira. Cadernos de Letras da UFF, Niterói, v. 29, n. 57, p. 9-15, 2018.

DAROZ, E. A disciplinarização da língua inglesa no Brasil e os seus efeitos no imaginário acerca do idioma aos alunos de escolas públicas no Brasil. Cadernos de Letras da UFF, Niterói, v. 29, n. 57, p. 341-353, 2018. Disponível em: https://periodicos.uff.br/cadernosdeletras/article/view/43913 Acesso em: 12 fev. 2025.

DEWEY, M.; JENKINS, J. English as a lingua franca in the global context: interconnectedness, variation and change. In: SAXENA, M.; OMONIYI, T. (ed.). Contending with globalization in world Englishes. Bristol: Multilingual Matters, 2010. p. 72-92

DUBOC, A. P. M.; FERRAZ, D. de M. Reading ourselves: placing critical literacies in contemporary language education. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 18, n. 2, p. 227-254, 2018.Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/5fBc6fcqNQxKkw53cM6THgn/?lang=en. Acesso em: 12 fev. 2025.

DUSSEL, E. Meditações anticartesianas sobre a origem do antidiscurso filosófico da modernidade. In: SANTOS, B. de S.; MENESES, M. P. (org.). Epistemologias do Sul. São Paulo: Cortez, 2014. p. 283-336

FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968.

FERNÁNDEZ, G. E. Pesquisa em Linguística: questões epistemológicas e políticas. In: BASTOS, D. G.; GALLI, F. C. S. (org.). Entre ausências, descasos e desvalorização das línguas estrangeiras. Araraquara: Letraria, 2019. p. 72-90.

FERRAZ, D. M. Multiletramentos: epistemologias, ontologias ou pedagogias? Ou tudo isso ao mesmo tempo?In: Gualberto, C. L.; PIMENTA, S. M. O.; SANTOS, Z. B. (org.). Multimodalidade e ensino: Múltiplas perspectivas. São Paulo: Pimenta Cultural, 2018. p. 63-87.

FETTERMAN, J. V. Multiletramentos e práticas decoloniais na educação superior durante o ensino remoto. In: PINHEIRO, P. AZZARI, E. F. (org.). Multiletramentos em teoria e prática: desafios para a escola de hoje. Campinas: Pontes Editores, 2023. v. 2, p. 217-238. Disponível em: https://shorturl.at/HvYbY. Acesso em: 3 jul. 2024.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2014.

FREIRE, P. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.

FREIRE, P. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 51. ed. São Paulo: Cortez, 2017.

GALLI, J. A.; LAGARES, X. C. Perspectiva glotopolítica e letramento em línguas: um diálogo convergente para a pesquisa em política linguística. In: The Especialist/Dossiê Políticas Linguísticas para o Multilinguismo no Sul Global. v. 45, n. 4, p. 11-37, 2024. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/esp/article/view/65129/45706. Acesso em 11 set. 2024.

GALLI, J. A. A noção de intercultural e o ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras no Brasil: representações e realidades do FLE. Revista EntreLinguas, Araraquara, v. 1, n. 1, p. 111-130, 2015. Disponível em: https://periodicos.fclar.unesp.br/entrelinguas/article/view/8055. Acesso em: 3 jul. 2024.

GEE, J. P. Social linguistics and literacies: ideology in discourses. 1. ed. London: Taylor and Francis, 1990.

GIROUX, T. H. Theory and resistance in education: a pedagogy for the opposition. New York: Bergin & Garvey Publishers, 1983.

GRUPO NOVA LONDRES. Uma pedagogia dos multiletramentos: projetando futuros sociais. Revista Linguagem em Foco, Fortaleza, v. 13, n. 2, p. 101-145, 2021. Disponível em: https://tinyurl.com/yck7swz5. Acesso em: 1 jan. 2024.

HEATH, S. B. Ways with words: language, life, and work in communities and classrooms. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

JORGE, M. Preconceito contra o ensino de língua estrangeira na rede pública. In: LIMA, D. C. de. Ensino e aprendizagem de língua inglesa: conversas com especialistas. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. p. 161-168.

KALANTZIS, M.; COPE, B.; PINHEIRO, P. Letramentos. Campinas: Editora da Unicamp, 2020.

KLEIMAN, A. Letramento e suas implicações para o ensino de língua materna. Signo, Santa Cruz do Sul, v. 32, n. 53, p. 1-25, 2007. Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/signo/article/view/242. Acesso em: 12 fev. 2025.

KLEIMAN, A. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado das Letras, 1995.

MALERBA, J. Uma análise da Base Nacional Comum Curricular. Café História, [S. l.], 2017. Disponível em: https://www.cafehistoria.com.br/uma-analise-da-base-nacional-comum-curricular/. Acesso em: 1 jan. 2024.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2005.

PENNYCOOK, A. Lingua francas as language ideologies. In: KIRKPATRICK, A.; SUSSEX, R. (ed.). English as an international language in Asia: implications for language education. New York: Springer, 2012. p. 137-154.

PHILLIPSON, R. Linguistic imperialism. In: CHAPELLE, C. A. (ed.). The concise encyclopedia of applied linguistics. New Jersey: Wiley-Blackwell, 2020. p. 715-722.

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, E. (org.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais: perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p. 107-129.

RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

SCRIBNER, S.; COLE, M. The psychology of literacy. Cambridge: Harvard University Press, 1981.

SKUTNABB-KANGAS, T.; PHILLIPSON, R.; PANDA, M.; MOHANTY, A. Multilingual education concepts, goals, needs and expense. In: SKUTNABB-KANGAS, T.; PHILLIPSON, R.; PANDA, M.; MOHANTY, A. (ed.). Social justice through multilingual education. Bristol: Multilingual Matters, 2009. p. 320-344.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.

STREET, B. Letramentos sociais. São Paulo: Parábola Editorial, 2014.

STREET, B. Literacy in theory and practice. Cambridge: Cambridge University Press, 1984.

SZUNDY, P. T. C. A Base Nacional Comum Curricular e a lógica neoliberal: que línguas(gens) são (des)legitimadas?. In: GERHARDT, A. F. L.; AMORIM, M. A. de (org.). A BNCC e o ensino de línguas e literaturas. Campinas: Pontes Editores, 2019. p. 7-15.

TUBINO, F. La interculturalidad crítica como proyecto ético-político. Lima: [s. n.], 2005. Disponível em: http://www.oalagustinos.org/edudoc/LAINTERCULTURALIDADCR%C3%8DTICACO MOPROYECTO%C3%89TICO.pdf. Acesso em: 1 jan. 2024.

VIANNA, R. A linguagem pela perspectiva do Círculo de Bakhtin. Revista Odisseia, Natal, v. 4, n. 1, p. 19-33, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/16818. Acesso em: 12 fev. 2025.

VOLÓCHINOV, V. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Editora 34, 2017.

WALSH, C.; OLIVEIRA, L. F. de; CANDAU, V. M. F. Colonialidade e pedagogia decolonial: para pensar uma educação outra. Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, Arizona, v. 26, n. 83, p. 2-11, 2018. Disponível em: http://observatorioedhemfoc.hospedagemdesites.ws/observatorio/wp-content/uploads/2018/08/Colonialidade_e_Pedagogia_Decolonial_Par-1.pdf. Acesso em: 12 fev. 2025.

Archivos adicionales

Publicado

2025-04-22

Cómo citar

PORTO, Raisa Ketzer; GALLI, Joice Armani. El peligro de una lengua única: algunas reflexiones acerca de la BNCC desde la perspectiva de las multiliteracidades . Entretextos, Londrina, v. 25, n. 1, p. 169–191, 2025. DOI: 10.5433/1519-5392.2025v25n1p169-191. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/51712. Acesso em: 26 dic. 2025.