A produção escrita em sala de aula do Ensino Médio

Walisson Dodó; Eulalia Leurquin

doi:10.5433/1519-5392.2022v22n4Espp97-119

Autores/as

Walisson Dodó Secretaria da Educação do Ceará - SEDUC-CE https://orcid.org/0000-0002-4346-7781
Eulalia Leurquin Universidade Federal do Ceará https://orcid.org/0000-0001-7532-1210

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2022v22n4Espp97-119

Palabras clave:

Ensino da Produção Escrita, Mecanismos de Textualização, Progressão Temática

Resumen

Este artigo é um desdobramento que fazemos da Tese de Doutoramento (DODÓ, 2020). Nosso objetivo é analisar como os estudantes ingressantes no Ensino Médio mobilizam os mecanismos de textualização em seu texto a fim de garantir a progressão temática e apresentar as dificuldades diagnosticadas por esses estudantes no tocante à coesão. Como aporte teórico, trazemos como base o Interacionismo Sociodiscursivo - Bronckart (1999, 2012) - em diálogo com teóricos da Linguística Textual, da Análise Textual do Discurso e do Funcionalismo. Para a escrita deste texto, metodologicamente, fizemos um recorte dos dados da Tese supracitada e fizemos uso da Pesquisa-ação e da Sequência Didática. Assim, neste artigo, analisamos uma das vinte e uma produções feitas durante a pesquisa de campo. Como resultados, as análises puderam revelar que, mesmo os estudantes fazendo uso diversificado de elementos materializados pela coesão nominal e pela conexão, eles apresentaram dificuldades em articular e conectar as ideias do texto, comprometendo a progressão temática.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Walisson Dodó, Secretaria da Educação do Ceará - SEDUC-CE

Doutor em Linguística pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Mestre em Linguística pela Universidade Federal do Ceará - UFC. Especialista em Linguística Aplicada pela Universidade Cândido Mendes - Ucamprominas. Graduado em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Ceará - UECE. Atualmente, professor de Língua Portuguesa na Secretaria de Educação do Estado do Ceará - SEDUC-CE. Experiência na área de Linguística, com ênfase em Linguística Aplicada nas temáticas: Formação de professor e Ensino de Língua Materna: Análise linguística / Semiótica; Produção textual e Leitura

Eulalia Leurquin, Universidade Federal do Ceará

Formada em Letras.Doutora e Mestre em Educação. Estágio Pós-doutoral em Linguística Aplicada pela Université Sorbonne Nouvelle Paris 3 e pela Université de Genève. Foi professora visitante na Université Bordeaux Montaigne (França). Professora Titular da Universidade Federal do Ceará, onde atua no Departamento de Letras Vernáculas. no Programa de Pós-graduação em Linguística e no PROFLETRAS. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Linguística Aplicada. Deu assessoria para a SEDUC/CE para a construção de materiais didáticos e produção do Documento Curricular Referencial do Ceará e formação de professores/Implementação da BNCC. É membro da Direção da AILP e da ANPOLL. Coordena a Comissão de Linguística Aplicada na ABRALIN. Pesquisadora do CNPq. Tem livros e artigos publicados na área de atuação (Ensino e Aprendizagem, Formação de professores de línguas e Letramento do professor). Membro da Academia de Língua Portuguesa do Ceará.

Citas

ADAM, J. M. A linguística textual: introdução à análise textual dos discursos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

AGÊNCIA BRASIL. ONU: população precisará de 40% a mais de água em 2030. Brasília: EBC, 2014. Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-03/onu-populacao-precisara-de-40-mais-de-agua-em-2030. Acesso em: 18 set. 2020.

APOTHÉLOZ, D. Papel e funcionamento da anáfora na dinâmica textual. In: CAVALCANTE, M. M.; RODRIGUES, B. B.; CIULLA, A.(org.). Referenciação. São Paulo: Contexto, 2003. p. 53-84.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira. Brasília: MEC, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Base nacional comum curricular. Brasília: MEC, 2018.

BRONCKART, J. P. Activité langagière, textes et discours: pour un interactionnisme socio-discursif. Lausanne: Delachaux & Niestlé, 1999.

BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo socio-dicursivo. 2. ed. São Paulo: EDUC, 2012.

BULEA-BRONCKART, E. ; GAGNON, R. (dir.). Former à l’enseignement de la grammaire. Lille: Presses Universitaires du Septentrion 2017. DOI: https://doi.org/10.4000/books.septentrion.15090

CONTE, M. E. Anaphoric encapsulation. Belgian Journal of Linguistics, Amsterdam, n. 10, p. 1-10, 1996. DOI: https://doi.org/10.1075/bjl.10.02con

DICK, C. S. Funcional grammar. Dorderecht: Foris Publications, 1978.

DICK, C. S. The theory of functional grammar. Dordrecht: Foris Publications, 1989.

DODÓ, F. W. F. A coesão nominal e a conexão no gênero textual redação do Enem produzido por alunos ingressantes no ensino médio. 2020. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2020.

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B. (org.). Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.

FERREIRA, A. R. Tirinhas: traga o humor para as aulas de língua portuguesa. São Paulo: Associação Nova Escola, 2018. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/11835/tirinhas-humor-nas-aulas. Acesso em: 15 maio 2020.

FRANCIS, G. Labelling discourse: an aspect of nominal-group lexical cohesion. In: COULTHARD, M. (ed.). Advances in written text analysis. Londres: Routledge, 1994. p. 83-101.

GIVÓN, T. Funcionalism and grammar. Amsterdam: Jonh Benjamind Publishing Company, 1995. DOI: https://doi.org/10.1075/z.74

NEVES, M. H. M. A gramática funcional. São Paulo: Martins Fontes, 1997.

NEVES, M. H. de M. Que gramática estudar na escola? 3. ed. São Paulo: Contexto, 2008.

OLIVEIRA, F. C. C. Um estudo sobre a caracterização do gênero redação do Enem. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza. 2016.

THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2011.