Geossociolinguística e ensino: o grau diminutivo dos substantivos
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2022v22n4Espp310-325Palavras-chave:
Geossociolinguística, Variação linguística , EnsinoResumo
Os atlas linguísticos, originados de pesquisas geossociolinguísticas, contribuem para o ensino da língua materna, ilustrando e exemplificando a variação diatópica, diassexual e diageracional (dentre outras) existentes. Neste artigo, abordamos os registros obtidos para o Atlas Linguístico do Norte Pioneiro do Paraná – ALINPPR (2021), especificamente a questão 5 do Questionário Morfossintático - QMS, sobre o grau diminutivo do substantivo. O presente estudo resulta numa possibilidade de uso de pesquisas sociolinguísticas para a humanização do trabalho gramatical em sala de aula, uma aproximação da universidade com a escola. Considerando que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) defende o trabalho com a variação linguística nos componentes de Língua Portuguesa dos ensinos Fundamental e Médio, respaldados por estudos de Bortoni-Ricardo (2021) e Ramos Pinto (2018), desenvolvemos atividades de ensino da norma gramatical levando em consideração a fala popular. Por exemplo, podemos perguntar qual o diminutivo de foto, e, com a carta linguística M6 – Fotinho, verificamos que a forma mais frequente é a feminina, entretanto, na gramática do português brasileiro, encontramos a forma masculina como a mais adequada. Assim, trabalhando com dados reais da língua e a norma linguística de prestígio em vigor, poderemos alcançar uma educação mais consciente.
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