As crenças de professores de educação bilíngue relacionadas a estudantes falantes de alemão como língua materna

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2022v22n2Esp.p04

Palavras-chave:

Bilinguismo, Crenças, Formação de professores.

Resumo

Existem atualmente diversos fatores que podem interferir no processo efetivo de ensino-aprendizagem de estudantes bilíngues originários de comunidades de minorias linguísticas no Brasil, sejam eles relacionados à falta de oferta de preparo adequado para professores ou a perspectivas hegemônicas a respeito dessas minorias. Isto posto, este artigo tem como objetivo identificar quais as crenças de professores inseridos em contexto bilíngue, e as implicações delas na educação de estudantes falantes de alemão como língua materna. Para isso, é realizada uma revisão bibliográfica de estudos da área, bem como considerações a respeito de possibilidades para salas de aula com falantes bi ou multilíngues, com base em Fritzen (2007), Graves (2000), Liberali e Swanwick (2020), entre outros. É elaborado um instrumento de pesquisa, enviado para professores inseridos no âmbito e, por fim, examinam-se os resultados, que apresentam as crenças dos participantes, relacionando-as com a teoria exposta. O resultado expôs crenças errôneas ainda perpetuadas quanto à aprendizagem de estudantes bilíngues, bem como certa resistência quanto às práticas bilíngues em sala de aula, o que aponta para estratégias docentes condizentes com essa visão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Karina Aires Reinlein Fernandes, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

Doutora em Estudos Linguísticos. Professora na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).

Maren Jessica Pauls, Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

Graduanda em Letras Português - Inglês pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUCPR

Referências

BARCELOS, A. M. F. Crenças sobre aprendizagem de línguas, lingüística aplicada e ensino de línguas. Revista Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 7, n. 1, p. 123-156, 2004. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15586. Acesso em: 26 maio 2021.

BARCELOS, A. M. F. Metodologia de pesquisa das crenças sobre aprendizagem de línguas: estado da arte. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, Belo Horizonte, v. 1, n. 1, p. 71-92, 2001. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbla/a/dXSRMGdSDkTzWwQHhktLQyC/?lang=pt. Acesso em: 26 DOI: https://doi.org/10.1590/S1984-63982001000100005

COYLE, D.; HOOD, P.; MARSH, D. CLIL: content and language integrated learning. Cambridge: Cambridge University Press, 2010. DOI: https://doi.org/10.1017/9781009024549

CUNHA, L. M. A. da. Modelos Rasch e Escalas de Likert e Thurstone na medição de atitudes. 2007. 78 f. Dissertação (Mestrado em Probabilidades e Estatística) - Universidade de Lisboa, Lisboa, 2007. Disponível em: http://hdl.handle.net/10451/1229. Acesso em: 2 jun. 2021.

FERNANDES, K. Desafios das IES na formação de professores bilíngues. Ensino Superior, São Paulo, set. 2021. Disponível em: https://revistaensinosuperior.com.br/formacao-professores-bilingues/. Acesso em: 20 out. 2021.

FRITZEN, M. P. Ich kann mein Name mit letra junta und letra solta Schreiben: bilingüismo e letramento em uma escola rural localizada em zona de imigração alemã no Sul do Brasil. 2007. 289 f. Tese (Doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. Disponível em: https://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_bf781fdda1e67011dbb8da0b3b7e0660. Acesso em: 1 jun. 2021.

GARCÍA, O.; WEI, L. Language, bilingualism and education. In: GARCÍA, O.; WEI, L. Translanguaging: Language, Bilingualism and Education. Palgrave Pivot, Londres, 2014. cap. 3, p. 46-62. DOI: https://doi.org/10.1057/9781137385765_4

GRAVES, K. Designing language courses: a guide for teachers. Boston: Heinle & Heinle, 2000. Disponível em: http://docshare01.docshare.tips/files/26646/266463646.pdf. Acesso em: 7 jun. 2021.

GRILLI, M. CLIL em alemão no Brasil e a competência de leitura dos graduandos em Letras/Alemão. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 22, n. 38, p. 48-74, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.11606/1982-8837223848. Acesso em: 14 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.11606/1982-8837223848

LIBERALI, F.; SWANWICK, R. Translanguaging as a tool for decolonizing interactions in a space for confronting inequalities. DELTA: Documentação de estudos em lingüística teórica e aplicada, São Paulo, v. 36, n. 3, p. 1-26, 2020. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1678-460X2020360303. Acesso em: 2 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/1678-460x2020360303

LUCENA, M. I. P.; CARDOSO, A. C. Translinguagem como recurso pedagógico: uma discussão etnográfica sobre práticas de linguagem em uma escola bilíngue. Calidoscópio, São Leopoldo, v. 16, n. 1, p. 143-151, 2018. Disponível em: https://doi.org/10.4013/cld.2018.161.13. Acesso em: 25 maio 2021. DOI: https://doi.org/10.4013/cld.2018.161.13

MICHELI, L. Formação de professores para contextos de educação bilíngue: uma reflexão a partir das crenças de alunos-professores do curso de Letras sobre o bilinguismo. 2020. 218 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2020. Disponível em: https://hdl.handle.net/1884/68283. Acesso em: 28 maio 2021.

OTHEGUY, R.; GARCÍA, O.; REID, Wallis. Clarifying translanguaging and deconstructing named languages: A perspective from linguistics. Applied Linguistics Review, [s. l.], v. 6, n. 3, p. 281-307, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.1515/APPLIREV-2015-0014. Acesso em: 2 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.1515/applirev-2015-0014

PAJARES, M. F. Teachers’ Beliefs and educational research: cleaning up a messy construct. Review of Educational Research, Washington, v. 62, n. 3, p. 307-332, 1992. Disponível em: https://doi.org/10.3102/00346543062003307. Acesso em: 14 jun. 2021. DOI: https://doi.org/10.3102/00346543062003307

SILVA, K. A. da. Crenças sobre o ensino e aprendizagem de línguas na Lingüística Aplicada: um panorama histórico dos estudos realizados no contexto brasileiro. Revista Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 10, n. 1, p. 235-271, 2007. Disponível em: https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/rle/article/view/15657. Acesso em: 26 maio 2021.

VOIGT, A. F. O teuto-brasileiro: a história de um conceito. Espaço Plural, Marechal Cândido Rondon, v. 9, n. 19, p. 75-81, 2008. Disponível em: http://e-revista.unioeste.br/index.php/espacoplural/article/view/1930. Acesso em: 31 maio 2021.

WOLFFOWITZ-SANCHEZ, N. Formação de professores para a educação infantil bilíngue. 2009. 229 f. Dissertação (Mestrado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2009. Disponível em: https://repositorio.pucsp.br/jspui/handle/handle/14087. Acesso em: 8 jun. 2021.

WOLSCHICK, I. Aspectos do bilinguismo alemão-português nas comunidades de Mondaí e São João do Oeste – sc. 2016. 133 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Linguísticos) - Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, 2016. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/handle/prefix/760. Acesso em: 31 maio 2021.

Downloads

Publicado

30-11-2022

Como Citar

FERNANDES, Karina Aires Reinlein; PAULS, Maren Jessica. As crenças de professores de educação bilíngue relacionadas a estudantes falantes de alemão como língua materna. Entretextos, Londrina, v. 22, n. 2Esp., p. 04–25, 2022. DOI: 10.5433/1519-5392.2022v22n2Esp.p04. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/45285. Acesso em: 4 nov. 2024.