Oralidade nas aulas de língua portuguesa: um diagnóstico do problema frente à Base Nacional Comum Curricular

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2020v20n2p59

Palavras-chave:

Oralidade, Gêneros discursivos orais, Seminário

Resumo

Neste artigo, apresentamos parte de uma pesquisa desenvolvida como diagnóstico sobre competências e habilidades no desempenho de gêneros discursivos orais formais, de alunos do oitavo ano do ensino fundamental, em uma escola pública de um município do baixo sul da Bahia, como desenvolvimento do Mestrado Profissional em Letras, realizado por uma das autoras deste artigo. O objetivo desta parte do trabalho de pesquisa foi analisar as habilidades referentes ao gênero discursivo oral seminário, a partir de transcrições das apresentações, como exemplos, feitas pela professora-pesquisadora. A análise dos dados permitiu concluir que cinco dos onze conteúdos relacionados ao seminário não foram identificados nas apresentações dos discentes, apenas três deles foram demonstrados pelos alunos na íntegra e os outros três apenas parcialmente. Dos questionamentos, suscitados a princípio, obtivemos a seguinte constatação: existem características/ conteúdos que somente alguns alunos conseguem demonstrar, sobre o gênero discursivo seminário, devido à sua prática mais frequente. Por isso, os conteúdos dos gêneros discursivos orais, sua estrutura, modos de funcionamento e características linguísticas e textuais precisam ser formalmente ensinados, para que sejam realizados com constância e conscientemente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cinara Sousa da Silva, Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

Mestre em Letras. Professora de Língua Portuguesa da Educação Básica pela SEC/BA. Secretaria de Educação do Estado da Bahia – SEC/BA.

Adelino Pereira dos Santos, Universidade Estadual da Bahia (UNEB)

Doutor em Letras. Professor titular do Departamento de Ciências Humanas do Campus V da Universidade do Estado da Bahia.

Lícia Maria Bahia Heine, Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Doutora em Letras. Professora titular do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.

Referências

ANTUNES, Irandé. Aula de português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003.

ARAÚJO, Denise Lino de; SILVA, Williany Miranda da. Oralidade em foco: conceitos, descrição e experiências de ensino. Campinas: Pontes, 2016.

BRASIL. Base nacional comum curricular (BNCC): educação é a base. Brasíla, DF: MEC /CONSED/UNDIME, 2017.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa. Brasília: SEF, 1997.

BUENO, Luzia; COSTA-HÜBES, Terezina da Conceição (org.). Gêneros orais no ensino. Campinas: Mercado de Letras, 2015.

LEAL, T. F.; GOIS, S. (org.). A oralidade na escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo Horizonte: Autêntica, 2012.

MARCUSCHI, Luíz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 10. ed. São Paulo: Cortez, 2010.

ONG, Walter. Oralidade e cultura escrita. Campinas: Papirus, 1998.
SCHNEUWLY, Bernard; DOLZ, Joaquim. Gêneros orais e escritos na escola. 3. ed. São Paulo: Mercado de Letras, 2011.

SILVA, Cinara Sousa da. Conteúdos da oralidade: uma proposta de intervenção pedagógica com o gênero discursivo seminário escolar. 2019. 223 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Letras) – Departamento de Ciências Humanas, Universidade do Estado da Bahia, Santo Antônio de Jesus, 2019.

ZUMTHOR, Paul. A letra e a voz: a literatura medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

Downloads

Publicado

11-12-2020

Como Citar

SILVA, Cinara Sousa da; SANTOS, Adelino Pereira dos; HEINE, Lícia Maria Bahia. Oralidade nas aulas de língua portuguesa: um diagnóstico do problema frente à Base Nacional Comum Curricular. Entretextos, Londrina, v. 20, n. 2, p. 59–78, 2020. DOI: 10.5433/1519-5392.2020v20n2p59. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/36907. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos