Problematizações acerca do gênero do discurso história em quadrinhos não ficcional

Autores

  • Mayara Barbosa Tavares Universidade Federal de Goiás - UFG.

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2016v16n1p205

Palavras-chave:

Quadrinhos, Não ficcional, Gênero do discurso.

Resumo

A pesquisa objetiva a análise e a problematização do gênero do discurso história em quadrinhos não ficcional intitulada O incrível mensalão, de Angeli, veiculada no Jornal Folha de São Paulo, em 2012. A fundamentação teórica liga-se às obras de Bakhtin (2003, 2006) e a noção de gênero do discurso e outras. Para a teorização das histórias em quadrinhos, são utilizadas as obras de Eisner (2001, 2005), com foco nos conceitos de arte sequencial e narrativa gráfica; e de Ramos (2009a, 2009b), com as contribuições sobre a linguagem dos quadrinhos. É perceptível o uso do gênero do discurso história em quadrinhos para a abordagem de assuntos não ficcionais, como o caso do mensalão. As características que corroboram para o uso da história em quadrinhos não ficcional são a utilização da linguagem verbal e não verbal, a relação entre as forças centrípetas e centrífugas do gênero e a crescente aceitação do gênero na sociedade atual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mayara Barbosa Tavares, Universidade Federal de Goiás - UFG.

Doutoranda em Letras e Linguística (UFG). 

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. Tradução de Paulo Bezerra. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem: problemas fundamentais do método sociológico na ciência da linguagem. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.

CARVALHO, Mario Cesar. O incrível mensalão: a história do super-escândalo que abalou o mundo político e fez tremer o governo Lula. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 ago. 2012. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/. Acesso em: 26 ago. 2012.

DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. A disciplina e a prática da pesquisa qualitativa. In: DENZIN, Norman K.; LINCOLN, Yvonna S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. Tradução de Sandra R. Netz. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 15-41.

DUFFY, Brendan. Análise de evidências documentais. In: BELL, Judith (Org.). Projeto de pesquisa: guia para pesquisadores iniciantes em educação, saúde e ciências sociais. Tradução de Magda F. Lopes. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. p. 107-117.

EISNER, Will. Narrativas gráficas. Tradução de Leonardo Luigi Del Manto. São Paulo: Devir, 2005.

EISNER, Will. Quadrinhos e arte sequencial. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

FAÏTA, Daniel. A noção de “gênero discursivo” em Bakhtin: uma mudança de paradigma. In: BRAIT, Beth (Org.). Bakhtin, dialogismo e construção do sentido. 2. ed. Campinas: Unicamp, 2005. p. 149-168.

FERNANDES, Cristiana de Almeida. Mauricio de Sousa: construção de personagens de ficção x construção de personagens de não-ficção. Revista Práxis, Volta Redonda, ano 2, n. 4, p. 41-44, ago. 2010. Disponível em: http://www.foa.org.br/praxis/numeros/04/41.pdf. Acesso em: 27 out. 2012.

FIORIN, José Luiz. Categorias de análise em Bakhtin. In: PAULA, Luciane; STAFUZZA, Grenissa (Org.). Círculo de Bakhtin: diálogos (in) possíveis. Campinas: Mercado de Letras, 2010. p. 33-48.

KOCH, Ingedore G. Villaça. Desvendando os segredos do texto. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2009. LOPES, Emília Mendes. O discurso ficcional: uma tentativa de definição. 2000. 134 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Belo Horizonte Faculdade de Letras da UFMG, 2000.

PIRES, Maria da Conceição Francisca. Cultura e política nos quadrinhos de Henfil. História, São Paulo, v. 25, n. 2, p. 94-114, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/his/v25n2/04.pdf. Acesso em: 28 ago. 2012.

RAMA, Aangela; VERGUEIRO, Waldomiro (Org.) Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2008. RAMOS, P. Tiras, gênero e hipergênero: como os três conceitos se processam nas histórias em quadrinhos?In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS, 6., 2011, Santa Maria. Anais... Santa Maria, 2011. Disponível em: http://www.cchla.ufrn.brvisiget/. Acesso em: 22 mar. 2012.

RAMOS, Paulo. A leitura dos quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2009a.

RAMOS, Paulo. Histórias em quadrinhos: gênero ou hipergênero. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 38, n. 3, p. 355-367, set./dez. 2009b. Disponível em: http://www.gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N3_28.pdf. Acesso em: 5 set. 2010.

SAUSSURE, Ferdinand. Curso de linguística geral. Tradução de A. Chelini, J. P. Paes e I. Blikstein. São Paulo: Cultrix, 1977.

VERGUEIRO, Waldomiro. Prefácio. In: SANTOS NETO, Elydio; SILVA, Marta Rregina Paulo (Org.). Histórias em quadrinhos & educação: formação e prática docente. São Bernardo do Campo: Universidade Metodista de São Paulo, 2011. p. 7-9.

VERGUEIRO, Waldomiro; RAMOS, Paulo. Quadrinhos na educação: da rejeição à prática. São Paulo: Contexto, 2009.

VIANA, Nildo. Quadrinhos e política. 2011. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/viana-nildo-quadradinhos-e-politica.pdf. Acesso em: 28 ago.2012.

Downloads

Publicado

30-11-2016

Como Citar

TAVARES, Mayara Barbosa. Problematizações acerca do gênero do discurso história em quadrinhos não ficcional. Entretextos, Londrina, v. 16, n. 1, p. 205–223, 2016. DOI: 10.5433/1519-5392.2016v16n1p205. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/21473. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos