Análise dos gêneros discursivos e da enunciação aforizante no discurso de autoajuda para adolescentes
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2016v16n1p43Palavras-chave:
Aforização, Autoajuda, Adolescentes, Cenografia, EthosResumo
O objetivo deste artigo é caracterizar as ocorrências de gêneros discursivos e de enunciados aforizados no discurso de autoajuda para adolescente e seus efeitos de sentido na caracterização da cenografia e do ethos discursivo na obra selecionada para análise (IACOCCA; IACOCCA, 2008). O aparato teórico-metodológico inclui as reflexões de Maingueneau (2008a, 2008b, 2008c, 2010) sobre ethos, cenas de enunciação e enunciação aforizante e as de Brunelli (2011) sobre a enunciação aforizante no discurso de autoajuda. Considerou-se que a enunciação aforizante no discurso de autoajuda para adolescentes contribuiu para a atenuação do tom autoritário de enunciados de valor deôntico e para um tom mais informativo ao discurso. Tal constatação reforça a caracterização da cenografia instaurada pelo discurso, a de um almanaque juvenil, construída pelos diversos gêneros discursivos presentes na obra, em que o enunciador, embora apresente um status diferenciado de saber, não impõe ordens e orientações, mas apresenta fatos, informando seus enunciatários sem guiar-lhes diretamente em suas condutas, tal como ocorre nas revistas juvenis.Downloads
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