O narrador de A Bagaceira e a denúncia social
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2007v2.e30888Palabras clave:
A bagaceira, Discurso social, Teoria dialógicaResumen
Este trabalho toma por pressuposto a linguagem como expressão ideológica, cujas características ultrapassam o plano da dicção, alçando as relações que os homens conservam com o mundo. Procura-se verificar em que medida o narrador, da obra paraibana A bagaceira, impede o resplandecer da cultura popular nordestina, sobrepondo a ela suas convicções e seus objetivos. Trata-se de um estudo que analisa, principalmente à luz da teoria dialógica de Bakhtin, como se moldam as vozes das personagens em prol da construção de um discurso social, cuja visão transforma o interior nordestino em um espaço marcado pelo passado, pelo regime feudal e pelo maniqueísmo. A obra de José Américo de Almeida é entendida como um exemplo de construção literária, na qual o autor, colocando-se na condição de erudito, se reconhece como possuidor do dever de salvação dos socialmente subalternos.
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