Guimarães Rosa e uma visão sobre a oralidade
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2006v1.e30669Palabras clave:
Oralidade, Guimarães Rosa, DesenredoResumen
O presente artigo busca fazer uma leitura do conto “Desenredo” de João Guimarães Rosa, onde se verifica que, embora se trate de um texto escrito, há a presença de um narrador oral. Ou seja, o texto se mostra rico em marcas da oralidade, dispersas no discurso do narrador, constituindo-se, desta forma, uma espécie de texto para ser ouvido em vez de lido. Esta marca se acentua quando se percebe que há, no conto, a presença de um narratário que é designado como os “ouvintes”. Procuramos mostrar que esse texto contrapõe duas culturas, a oral e a cultura do mundo letrado. Entretanto, o homem pertencente ao universo iletrado não é visto de forma exotizada como fizeram grande parte dos escritores que se dedicaram à literatura regionalista. Ao contrário, Guimarães Rosa busca valorizar o homem com seus sentimentos, dúvidas, desejos, não importando a que universo ele possa pertencer.Métricas
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Publicado
2006-09-14
Cómo citar
Verri, V. S. da S. (2006). Guimarães Rosa e uma visão sobre a oralidade. Boitatá, 1(2), 1–11. https://doi.org/10.5433/boitata.2006v1.e30669
Número
Sección
Dossiê
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Derechos de autor 2006 Valda Suely da Silva Verri
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