Expediente
Palavras-chave:
Poéticas orais, (Re)existência, Troca de saberes.Resumo
As poéticas das vozes em suas múltiplas corporificações – cantorias, repentes aboios, cocos, cordéis, emboladas, rap e o que mais ganha o mundo por performances, oralidades e escritas – existem e resistem em nossos territórios ao passar largo dos tempos, seja fazendo parte das trilhas dos nossos corpos nas rodas em que nos encontrávamos em prosa (e que esperançamos por voltar a assim viver), seja caminhando mais que veloz pelas redes invisíveis, mas já tão presentes, das telas de celulares, computadores... E o que nasceu no calor do afeto ganhou os salões, as salas, as escolas, as universidades, sendo, a um só tempo, mídia, poesia, discurso, panfleto. Já sabemos que não cabe mais falar em morte do popular como muitos anunciaram, mas em reinvenção contínua e viva de uma tradição que se cria, recria e cria numa lemniscata infinita.
O número 30 da Revista Boitatá propõe tratar de tudo isso, buscando ser espaço para a interlocução de pesquisas, experiências e reflexões em torno das múltiplas manifestações das poéticas das vozes. Buscamos receber artigos que abordem o potencial dessas poéticas e suas diferentes linguagens em diversos meios de produção, bem como inseridos em contextos educativos formais e informais. Acolhendo propostas múltiplas e interdisciplinares, o eixo que unirá os textos será a reverberação dessas vozes poéticas. Esperamos ainda discutir as dimensões epistêmicas e metodológicas relacionadas às poéticas das vozes, difundidas e ensinadas em escolas, universidades e outros espaços educativos, sob perspectivas críticas ao sexismo, racismo, elitismo, eurocentrismo e colonialismo. Serão bem-vindas pesquisas que versem sobre poéticas populares, epistemologias orais, indígenas, experiências de valorização da memória e história oral no âmbito da história pública, bem como abordagens feministas interseccionais e decoloniais.
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