A romaria no Círio de Nazaré: interação social, reciprocidade e um olhar etnográfico sobre a peregrinação
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e41014Palavras-chave:
Romaria, Interação social, Reciprocidade, Pesquisa etnográficaResumo
O artigo estuda a peregrinação de romeiros, evento que antecede o Círio de Nazaré, festa sagrada e de cunho popular da região Norte. Dentro desse contexto em que diversos saberes transitam na cultura, consideramos que a festa, e tudo o gira em seu entorno, carrega uma potencialidade de interação social, seja por meio do catolicismo popular, que une pessoas de diferentes visões e credos, culminando em uma pluralidade de trocas simbólicas, além da socialização, promovendo a reciprocidade entre os envolvidos. Para tanto, na tentativa de entender a romaria como um fato social e a prática do caminhar no território do sagrado, objetivamos estudar a romaria na voz dos peregrinos, observando, ainda, a importância das peregrinações de romeiros que saem de suas casas e viajam dias e dias por estradas com o destino à cidade de Belém-PA; muitos desses romeiros caminham para pagar promessas, enquanto outros fazem o mesmo trajeto no sentido de reafirmar a fé e a crença na padroeira do Círio. Visto dessa maneira, as interações sociais tomam a forma de um importante fenômeno ritualístico com base na reciprocidade fruto das ações coletivas dos envolvidos na caminhada.Downloads
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Referências
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Publicado
2020-06-05
Como Citar
Guilherme, L. dos S., & Pimentel, D. dos S. (2020). A romaria no Círio de Nazaré: interação social, reciprocidade e um olhar etnográfico sobre a peregrinação. Boitatá, 15(29), 93–107. https://doi.org/10.5433/boitata.2020v15.e41014
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