Reimaginações literárias distribuídas entre o papel e o ecrã: o caso de Composition No.1

Autores

  • Sandra Bettencourt Universidade de Coimbra

DOI:

https://doi.org/10.5433/boitata.2016v11.e31255

Palavras-chave:

Livro, Impresso, Eletrônico, Digital, Pós-digital,

Resumo

O presente trabalho é uma reflexão sobre o romance Composition No.1, de Marc Saporta, na sua instanciação enquanto livro impresso e aplicação para iPad. Pretende-se compreender de que forma a transformação e transdução do texto de Marc Saporta informa-nos acerca da sua condição textual e literária na contemporaneidade digital .Proponho que uma das estratégias atuais na aproximação à categoria livro, e especialmente ao gênero narrativo, é a da retroação da digitalidade e dos modelos eletrônicos em processos de intensificação do bibliográfico. Ao mesmo tempo que, e uma vez que falamos de processos de feedback, tais exercícios servem, paradoxalmente, a reconceptualização da própria literatura eletrônica numa lógica e estratégia característica da pós-digitalidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sandra Bettencourt, Universidade de Coimbra

Doutoranda no  Centro de Literatura Portuguesa da Universidade de Coimbra, Portugal

Referências

AARSETH, Espen. Cybertext: perspectives on ergodic literature. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press, 1997.

ANDERSEN, Christian Ulrik, Soren Pold. Manifesto for a Post-Digital Interface. The new everyday. A media commons project. Special issue “The Operative Image.” Ingrid Hoelzl (curadora). Out., 2014.

BAKHTIN, M.M. Dialogic imagination: four essays. Ed. Michael Holquist. Trans.Caryl Emerson e Michael Holquist. Texas: University of Texas Press,1981.

BOLTER, Jay David, Richard Grusin. Remediation: understanding new media. Cambridge, Mass.: The MIT Press, 2000.

BOOTZ, Phillipe. “Digital Poetry: From Cybertext to Programmed Forms.” Leonardo Electronic Almanac “New Media Poetry and Poetics” Special Issue. 14 (5-6), 2006.

CRAMER, Florian. “Post-Digital Aesthetics.” Jeu de Paume / Le Magazine. 5 jan. 2013.

CRAMER, Florian. 2014. “What Is ‘Post-Digital’?” Aprja.net.

DRUCKER, Johanna. Entity to event: from literal, mechanistic materiality to probabilistic materiality. Parallax 15 (4), p. 7–17, 2009.

EMERSON, Lori. Reading writing interfaces: from the digital to the bookbound. Minneapolis: Univ Of Minnesota Press, 2014.

ESKELINEN, Markku. Cybertext poetics: the critical landscape of new media literary theory. New York: Bloomsbury Academic, 2012.

FLUSSER, Vilém. Ensaio sobre a fotografia: para uma filosofia da técnica. Mediações. Lisboa: Relógio d’Água, 1998.

FUNKHOUSER, C.T. Poetic mouldings on the Web. In: New directions in digital poetry, p. 1- 22. London: Continuum, 2012.

GUMBRECHT, Hans. Production of presence: what meaning cannot convey. Stanford, Calif: Stanford University Press, 2003.

HAYLES, N. Katherine, Anne Burdick. Writing machines. Cambridge, Mass: The MIT Press, 2002.

PLAZA, Julio. O Livro Como Forma de Arte. In: Perspectivas Do Livro de Artista, 2009.

PORTELA, Manuel. Scripting reading motions: the codex and the computer as self-reflexive machines. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2013.

PRESSMAN, Jessica. Digital modernism: making it new in new media. New York: Oxford University Press, 2014.

RECKWITZ, Andreas. The status of the ‘Material’ in theories of culture: from ‘Social Structure’ to ‘Artefacts'. In: Journal for the Theory of Social Behaviour 32 (2), 195–217, 2002.

RETTBERG, Jill Walker. “Composition No. 1.” ELMCIP, 2014. Disponível em: . Acesso em: 10 ago. 2014.

THOMPSON, Simon. Composition No.1 (Apple App) (version 1.0). Visual Editions, 2011.

Downloads

Publicado

2016-12-11

Como Citar

Bettencourt, S. (2016). Reimaginações literárias distribuídas entre o papel e o ecrã: o caso de Composition No.1. Boitatá, 11(21), 82–99. https://doi.org/10.5433/boitata.2016v11.e31255

Edição

Seção

Dossiê

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.