O Brado de Oxum: possibilidades e contradições para a inscrição política da escrita de Conceição Evaristo
DOI:
https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30683Palavras-chave:
Conceição Evaristo, Subalternidade, Literatura Afro-Brasileira, Intelectualidade.Resumo
Em Pode o subalterno falar? (2010), Gayatri Spivak irá afirmar a impossibilidade de fala àqueles a quem é negado o mínimo acesso aos domínios do imperialismo cultural. No eco deixado pelos postulados de Spivak, vê-se configurada uma posição intrincada para a análise da escrita de Conceição Evaristo. Sendo um sujeito advindo de classes populares discriminadas, a autora é também Doutora em Letras. Logo, conquanto abrigue em sua fala demandas advindas das camadas mais subjugadas dos extratos sociais brasileiros, Evaristo tem também seu discurso fortemente ancorado no posto de intelectualidade a ela conferido. Assim, tomando como ponto de partida o limiar identitário no qual estão presos Evaristo e muitos dos expoentes da Literatura Afro-brasileira, este trabalho tem por objetivo refletir sobre uma questão maior: em que medida será possível ouvir incólume a voz de indivíduos marginalizados por meio de falas afrodescendentes que adentram os saguões da academia e que, paulatinamente, vinculam-se a lugares de enunciação privilegiados?Downloads
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Referências
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Publicado
2017-09-14
Como Citar
Dias, R. K. (2017). O Brado de Oxum: possibilidades e contradições para a inscrição política da escrita de Conceição Evaristo. Boitatá, 12(23), 130–143. https://doi.org/10.5433/boitata.2017v12.e30683
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Seção
Dossiê
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