Imaginário, memórias e paisagens em poemas de Cora Coralina e Carlos Drummond de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.5433/1678-2054.2023vol43n2p178Palabras clave:
Paisagens, Imaginário, Memória, LiteraturaResumen
Este artigo discute, a partir dos pressupostos teóricos do imaginário, o universo da paisagem poética em “Becos de Goiás”, de Cora Coralina e “Cidadezinha qualquer” de Carlos Drummond de Andrade. Procuramos desenvolver argumentos de que as paisagens expressas no conteúdo poético e o imaginário constituem recursos simbólicos a serem considerados nos textos analisados. Compreendemos que o Imaginário potencializa as paisagens ao trabalhar a potência simbólica revelada pela memória da poeta e do poeta. Nossos estudos estão ancorados na teoria do Imaginário de Durand (2002), nos estudos de Topofilia de Tuan (1974) e também em estudos da memória. Compreendemos a paisagem como linguagem simbólica a expressar múltiplas interpretações, dialogando com a memória e com o imaginário numa estreita teia de relações transdisciplinares.
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