(Contra)Cânones em perspectiva: terminologia e seleção na literatura e na escola

Autores/as

  • Silmara Rodrigues Universidade Federal da Paraíba
  • Luciane Alves Santos Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2019v37p94

Palabras clave:

Cânones, Contracânones, Ensino de literatura

Resumen

De meados do século XX ao contemporâneo presente, os estudos culturais emergem como campo de conhecimentos em universidades europeias e dos EUA, ressoando depois no Brasil e ampliando a transversalidade de fronteiras e as ambivalências entre áreas do saber, construções conceituais e percepções de conjunturas socioculturais. Sob tal prisma, os estudos literários retomam a composição cânone/não-cânone como um dínamo tanto para um exercício de compreensão desses conceitos quanto para uma crítica analítica e da recepção de textos em instâncias tradicionais, como a educacional. Considerando esse cenário, o escopo deste trabalho é abordar a categorização tripartida proposta por David Damrosch (2006) para o cosmos literário canônico – hypercanon, countercanon e shadow canon – e, para isso, são também apresentados o contexto histórico (pós-)moderno, a partir de Marshall Berman (1986) e Terry Eagleton (1998), e o sistema de ensino como uma das estruturas tradicionais de legitimação literária, de acordo com Márcia Abreu (2006) e Blanca-Ana Roig Rechou (2010).

Biografía del autor/a

Silmara Rodrigues, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Letras pela Universidade Federal da Paraíba. Professora efetiva de língua portuguesa da rede municipal de ensino de João Pessoa/PB.

Luciane Alves Santos, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Estudos Literários pela - Unesp - FCL/Araraquara. Doutora em Letras pela Universidade de São Paulo. Professora na Universidade Federal da Paraíba.

Citas

ABREU, Márcia. Cultura letrada: literatura e leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2006.

BERMAN, Marshall. Introdução: Modernidade – ontem, hoje e amanhã. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. Trad. Carlos Felipe Moisés; Ana Maria L. Ioriatti. São Paulo: Companhia das Letras, 1986, pp. 15-36.

CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. Por que ler os clássicos. 2. ed. Trad. Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, pp. 9-16.

CUNHA, Helena Parente. Cânone: dúvidas e ambiguidades. Scripta (Belo Horizonte), v.10, n.19, pp. 241-249, 2. sem. 2006. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/13978/10980>. Acesso em: 27 jun. 2018.

DALCASTAGNÈ, Regina. Um território contestado: literatura brasileira contemporânea e as novas vozes sociais. Iberic@l: Revue d’études ibériques et ibéro-américaines,(Paris), n.2, Automne 2012. Disponível em: <http://iberical.paris-sorbonne.fr/numeros/numero-2-automne-2012/>. Acesso em: 31 jan. 2017.

DAMROSCH, David. World Literature in a Postcanonical, Hypercanonical Age. Haun Saussy. Comparative Literature in an Age of Globalization. Baltimore: Johns Hopkins U.P., 2006, pp. 43-53.

EAGLETON, Terry. Prefácio. As ilusões do pós-modernismo. Trad. Elisabeth Barbosa. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, pp. 5-7.

KLEIN, Kelvin Falcão. Cânone e exclusão. Em Tese (Belo Horizonte), v. 19, n. 2, pp. 111-121, ago.-out. 2013. Disponível em: <http://www.periodicos.letras.ufmg.br/index.php/emtese/article/view/4999/4699>. Acesso em: 27 jun. 2018

MUZART, Zahidé Lupinacci. A questão do cânone. Anuário de Literatura (Florianópolis), n. 3, pp. 85-94, 1995. Disponível em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/5277/4657>. Acesso em: 26 jun. 2018.

ORTIZ, Renato. Estudos culturais. Tempo social (São Paulo), v. 16, n. 1: 119-127, jun. 2004. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-20702004000100007&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 25 jun. 2018.

RECHOU, Blanca-Ana Roig. Educação literária e cânone literário escolar. Trad. João Luís Ceccantini. Letras de Hoje (Porto Alegre), v. 45, n. 3, pp. 75-79, jul./set. 2010. Disponível em: <http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/8124/5814>. Acesso em: 27 jun. 2018.

RUFFATO, Luiz. Literatura e cultura na América Latina. Revista Línguas e Letras (Cascavel), Número Especial, XIX CELLIP, 1º semestre 2011. Disponível em: <http://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/5525/4197>. Acesso em: 25 jun. 2018.

SANTOS, Eloína Prati. A autoinclusão da literatura indígena contemporânea no cânone brasileiro: uma herança cultural a ser reconhecida. Revista Literatura em Debate, v. 12, n. 22, pp. 107-121, jan.-jul. 2018. Disponível em: <http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/2922/2531>. Acesso em: 27 jun. 2018.

ZILBERMAN, Regina. Leitura na escola: entre a democratização e o cânone. Revista Literatura em Debate (Frederico Westphalen), v. 11, n. 21, pp. 20-39, jul./dez. 2017. Disponível em: <http://revistas.fw.uri.br/index.php/literaturaemdebate/article/view/2704>. Acesso em: 24 jun. 2018.

ZOLIN, Lúcia Osana. A literatura de autoria feminina brasileira no contexto da pós-modernidade. Ipotesi (Juiz de Fora), v.13, n.2, pp. 105-116, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://www.ufjf.br/revistaipotesi/edicoes-anteriores/v13n2/> Acesso em: 27 jun. 2018.

Publicado

16-12-2019

Cómo citar

RODRIGUES, Silmara; SANTOS, Luciane Alves. (Contra)Cânones em perspectiva: terminologia e seleção na literatura e na escola. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 37, p. 94–103, 2019. DOI: 10.5433/1678-2054.2019v37p94. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/33821. Acesso em: 6 jul. 2024.