v. 30 (2015): Intertextualidades Literárias
Telma Maciel (UEL) e Laura Taddei Brandini (UEL), orgs.
A vigência do conceito de intertextualidade, que em breve atingirá seus sessenta anos de história, já comporta sua própria crítica: surgido a partir dos estudos de Julia Kristeva sobre a obra de Mikhail Bakhtin, o conceito passou por certo processo de banalização, tornando-se, muitas vezes, generalizante. Por conta de sua imprecisão teórica, foi alvo de desconfiança por parte de muitos estudiosos, mas, ao mesmo tempo, também despertou o interesse de vários outros. Desse modo, se para alguns a noção de intertextualidade está fatalmente ancorada na ideia de imitação, como nos tempos da emulação, para outros, ela resolve o problema de uma crítica atrelada em demasia à ideia de influência. Este número da Terra Roxa e Outras Terras se interroga sobre a situação das intertextualidades literárias e seus usos pela crítica em proveito de análises que lançam luzes ao mesmo tempo sobre a fatura das obras e suas relações com outros textos