Paladinos e paródias: Agilulfo e Quixote

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2015v30p8

Palavras-chave:

Cervantes, Italo Calvino, Intertextualidade, Novelas de cavalaria

Resumo

O que tornou El ingenioso hidalgo de la Mancha (1605, 1615) um dos títulos de maior destaque no cânone ocidental foi a união de um gênero literário então em decadência, a novela de cavalaria, e das questões enfrentadas pela burguesia emergente. A fórmula de se abordar a problemática de seu tempo com uma roupagem da literatura medieval é mais tarde retomada por Italo Calvino em Il cavaliere inesistente (1959). Além desse aspecto, esses romances dialogam entre si por meio de seus cavaleiros protagonistas, que vivem as dicotomias da essência e da aparência, da realidade e da ilusão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Natalia Guerra Brisola Gomes, Universidade Estadual de Londrina

Mestra e Doutoranda em Estudos Literários na Universidade Estadual de Londrina.

Luciana Brito, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Mestra e Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná.

Referências

ABDALA JUNIOR, B., & PASCHOALIN, M. A. História social da literatura portuguesa. 2. ed. São Paulo: Ática, 1985.

BAKHTIN, M. A cultura popular na Idade Média e no Renascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec, 2008.

BAKHTIN, M. O romance de cavalaria. In: ——. Questões de literatura e estética: a teoria do romance. São Paulo: Hucitec, 2010. p. 268-274.

BAUMAN, Z. Modernidade líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed, 2001.

BERMAN, M. Tudo que é sólido desmancha no ar: a aventura da modernidade. São Paulo: Companhia das Letras, 1987.

BLOOM, H. Miguel de Cervantes: Dom Quixote. In: ——. Como e por que ler. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 139-144.

BRAVO, N. F. Duplo. In: BRUNEL, P. (dir.). Dicionário de mitos literários. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

CARDINI, F. O guerreiro e o cavaleiro. In: LE GOFF, J. (dir.). O homem medieval. Lisboa: Presença, 1989. p. 57-78.

CALVINO, I. Os nossos antepassados: O visconde partido ao meio; O barão nas árvores; O cavaleiro inexistente. São Paulo: Companhia de Bolso, 2014.

CERVANTES, M. Dom Quixote de la Mancha. São Paulo: Nova Cultural; Suzano, 2002.

D’ONOFRIO, S. Literatura Ocidental: Autores e obras fundamentais. 2. ed. São Paulo: Ática, 2002.

ELIOT, T. S. Tradição e talento individual. Ensaios. São Paulo: Art Editora, 1989. p. 37- 48.

HUTCHEON, L. Uma teoria da paródia: Ensinamentos das formas de Arte do século XX. Lisboa: Ed. 70, 1985.

LE GOFF, J. O homem medieval. In LE GOFF, Jacques (dir.). O homem medieval. 1. ed. Tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo. Lisboa: Presença, 1989. p. 57-78.

LIMA, L. C. O controle do imaginário & a afirmação do romance: Dom Quixote, As relações perigosas, Moll Flanders, Tristam Shandy. São Paulo: Companhia das Letras, 2009.

LOPES, M. A. Explorando um gênero literário: os romances de cavalaria. Tempo, Niterói, n. 30, p. 147-165, jul. 2011.

LUKÁCS, G. A teoria do romance. Tradução de José Marcos Mariani de Macedo. São Paulo: Duas Cidades/ Editora 34, 2000.

LUKÁCS, G. O Romance como Epopéia Burguesa. Ensaios Ad Hominem, São Paulo, n. 1, tomo
II, p. 87-117, 1999.

MOISÉS, M. A literatura portuguesa. 30. ed. São Paulo: Cultrix, 1999.

MORAIS, E. C. Literatura na Idade Média central: modus operandi moralizadora da nobreza francesa. Littera Online, São Luís, v. 4, n. 6, p. 1-12, 2013.

Downloads

Publicado

05-12-2015

Como Citar

Gomes, Natalia Guerra Brisola, e Luciana Brito. “Paladinos E paródias: Agilulfo E Quixote”. Terra Roxa E Outras Terras: Revista De Estudos Literários, vol. 30, dezembro de 2015, p. 8-19, doi:10.5433/1678-2054.2015v30p8.