Paladinos e paródias: Agilulfo e Quixote

Autores

  • Natalia Guerra Brisola Gomes Universidade Estadual de Londrina https://orcid.org/0000-0002-9254-3031
  • Luciana Brito Universidade Estadual do Norte do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5433/1678-2054.2015v30p8

Palavras-chave:

Cervantes, Italo Calvino, Intertextualidade, Novelas de cavalaria

Resumo

O que tornou El ingenioso hidalgo de la Mancha (1605, 1615) um dos títulos de maior destaque no cânone ocidental foi a união de um gênero literário então em decadência, a novela de cavalaria, e das questões enfrentadas pela burguesia emergente. A fórmula de se abordar a problemática de seu tempo com uma roupagem da literatura medieval é mais tarde retomada por Italo Calvino em Il cavaliere inesistente (1959). Além desse aspecto, esses romances dialogam entre si por meio de seus cavaleiros protagonistas, que vivem as dicotomias da essência e da aparência, da realidade e da ilusão.

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Biografia do Autor

Natalia Guerra Brisola Gomes, Universidade Estadual de Londrina

Mestra e Doutoranda em Estudos Literários na Universidade Estadual de Londrina.

Luciana Brito, Universidade Estadual do Norte do Paraná

Mestra e Doutora em Letras pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Docente da Universidade Estadual do Norte do Paraná.

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Publicado

05-12-2015

Como Citar

GOMES, N. G. B.; BRITO, L. Paladinos e paródias: Agilulfo e Quixote. Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários, [S. l.], v. 30, p. 8–19, 2015. DOI: 10.5433/1678-2054.2015v30p8. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/25256. Acesso em: 28 mar. 2024.