Prevalência da brucelose e fatores de risco associados a sua transmissão em trabalhadores de indústrias frigoríficas da região metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2013v34n5p2367Keywords:
Brucelose, Fatores de risco, Frigorífico e zoonose.Abstract
O objetivo deste trabalho foi estudar a prevalência da infecção por Brucella abortus em trabalhadores de duas indústrias frigoríficas (A e B) na região metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso, e os fatores de risco associados a sua transmissão. Foram colhidas 134 amostras de sangue dos trabalhadores, em todos os setores das indústrias, para exame de brucelose e aplicado questionário para levantamento de informações de possíveis fatores de risco associados à transmissão da doença. Realizou-se também, a colheita de sangue em 468 fêmeas bovinas antes do abate, no mesmo dia da colheita de sangue dos funcionários das indústrias pesquisadas, para identificação da soropositividade bovina. Dos 134 trabalhadores examinados, seis (4,5%) foram reagentes para a infecção por B. abortus e todos trabalhavam na atividade de magarefe. Obteve-se associação significativa da prevalência de brucelose em magarefes, em relação às demais atividades desenvolvidas na indústria. Quatro trabalhadores soropositivos já haviam trabalhado na função de magarefe em outros estabelecimentos, não utilizavam equipamento de proteção individual (EPI) e já haviam consumido produtos lácteos sem tratamento térmico. Ao avaliar a prevalência de brucelose nos animais abatidos nas duas indústrias frigoríficas, encontrou-se maior número de fêmeas soropositivas na indústria B do que na indústria A onde, das 468 fêmeas com sangue colhidos nas duas indústrias, 35 (7,5%) reagiram positivamente a infecção por B. abortus pela prova de 2-mercaptoetanol (2-ME). Trabalhadores das indústrias frigoríficas estão susceptíveis a contaminação por B. abortus, sendo observado nas indústrias que as pessoas soropositivas desenvolviam atividades de magarefe. Fêmeas bovinas soropositivas a B. abortus foram abatidas nas indústrias frigoríficas sem a devida informação e procedimentos sanitários necessários ao abate. As atividades de magarefe, a não utilização de EPI e o abate de animais soropositivos a brucelose são fatores de risco à transmissão da enfermidade para os trabalhadores da indústria frigorífica.
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