Uso agrícola do lodo de esgoto: influência nas propriedades químicas e físicas do solo, produtividade e recuperação de áreas degradadas

Autores

  • Graziela Moraes de Cesare Barbosa Universidade Estadual de Londrina
  • João Tavares Filho Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n4p565

Palavras-chave:

Biossólid, Adubo orgânico, Fertilizante, Matéria orgânica.

Resumo

Objetivou-se com esta revisão avaliar o panorama geral da reciclagem agrícola do lodo de esgoto e suas influências nas propriedades químicas e físicas do solo, na produtividade e na recuperação de áreas degradas. O lodo de esgoto possui alguns dos nutrientes essenciais às plantas (nitrogênio, fósforo e micronutrientes), apresenta teores de umidade variável e é rico em matéria orgânica. Além disso, atua como um condicionador do solo, melhorando a estrutura e o estado de agregação das partículas do solo, diminuindo a densidade e aumentando a aeração do solo. Dessa forma, deve ser visto como um complemento à adubação das culturas, podendo contribuir para reduzir a utilização de fertilizantes químicos e o custo da adubação, pois a maior disponibilidade de nutrientes no solo decorrente da aplicação desse resíduo, pode levar a um melhor desenvolvimento da planta e conseqüentemente, a um aumento da produtividade. Em relação à recuperação de áreas degradadas, a aplicação de lodo proporciona rápido estabelecimento e crescimento de gramíneas e leguminosas. As plantas tendem a se mostrar mais vigorosas, com maior porcentagem de cobertura, maiores produtividades e melhor desenvolvimento do sistema radicular, enquanto a recuperação com a utilização de calagem e fertilização mineral pode renovar a vegetação. Contudo, as condições físicas e biológicas precárias do solo podem resultar na deterioraçãoda cobertura vegetal antes que se verifique a efetiva recuperação do solo. É mportante lembrar que o lodo de esgoto deve ser tratado antes de ser direcionado para uma disposição final, e não deve ser aplicado diretamente nas áreas agrícolas ou florestais sem ter sido submetido preliminarmente a uma série de tratamentos biológicos que vão reduzir sua carga orgânica e promover a estabilização do material. No Paraná não é recomendado o uso do lodo de esgoto para horticultura e demais produtos consumidos crus que tenham contato direto com o lodo. Seu uso é recomendado para as culturas de milho, trigo, cana-de-açúcar, sorgo, frutíferas e espécies florestais para recuperação de áreas degradadas. A normatização estadual define níveis de metais pesados no lodo e dose máxima de 50 toneladas de biossólidos / ha por um período de 10 anos.

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Biografia do Autor

Graziela Moraes de Cesare Barbosa, Universidade Estadual de Londrina

Professores do Dpto. de Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Fone: 43 3371-4777.

João Tavares Filho, Universidade Estadual de Londrina

Professores do Dpto. de Agronomia, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, PR. Fone: 43 3371-4777.

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Publicado

2006-07-30

Como Citar

Barbosa, G. M. de C., & Tavares Filho, J. (2006). Uso agrícola do lodo de esgoto: influência nas propriedades químicas e físicas do solo, produtividade e recuperação de áreas degradadas. Semina: Ciências Agrárias, 27(4), 565–580. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2006v27n4p565

Edição

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