Mastite bovina: prevalência, pefil de suscetibilidade aos antimicrobianos e detecção de genes associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus

Autores

  • Valeska Paula Casanova Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Juceam Appio Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Eduardo Kohl Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Tais Regina Michaelsen Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Daniel Santos Paim Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Thaís Regina Brunetto Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Débora da Cruz Payão Pellegrini Universidade Federal do Pampa
  • Paulo Eduardo Bennemann Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Silvana Giacomini Collet Universidade do Oeste de Santa Catarina
  • Lilian Kolling Girardini Universidade do Oeste de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1369

Palavras-chave:

Biofilme, Mastite, Resistência aos antimicrobianos, Staphylococcus aureus.

Resumo

O Brasil situa-se hoje como um dos líderes mundiais em produção e exportação de alimentos. Este cenário incita a elaboração de programas de sanidade animal e vegetal que garantam a produção de alimentos seguros, contribuindo para que o país se torne um fornecedor internacional de alimentos por excelência. Entretanto, alguns problemas sanitários na produção leiteira, como a mastite, têm acarretado crescentes preocupações. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de mastite bovina em algumas propriedades localizadas na região Oeste de Santa Catarina, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos empregados para tratamento e verificar a presença de genes (icaA e icaD) associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus. Em 148 amostras de leite coletadas, 72,97% apresentaram crescimento bacteriano (n=108). Dentre os micro-organismos isolados, 21,62% (n=32) foram classificados como Staphylococcus aureus, 18,91% (n=28) como Staphylococcus sp. coagulase negativa, 7,43% (n=11) como Corynebacterium sp., 6,76% (n=10) como Staphylococcus sp. coagulase positiva, 5,41% (n=8) como Nocardia sp. e 12,83% (n=19) classificados em diferentes gêneros bacterianos. Dentre os isolados submetidos ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, observou-se 8,95% (n=6/67) de resistência à Amoxicilina, 8,04% (n=7/87) à Ampicilina, 5,88% (n=5/85) à Cefalotina, 3,40% (n=3/88) ao Ceftiofur e Enrofloxacina, 20,45% (n=18/88) à Estreptomicina, 17,04% (n=15/88) à Gentamicina e Lincomicina, 31,81% (n=28/88) à Neomicina, 14,94% (n=13/87) à Penicilina e 25% (n=22/88) à Tetraciclina. Ainda, os isolados de Staphylococcus sp. coagulase negativa apresentaram maior multirresistência quando comparados aos isolados de S. aureus e Staphylococcus sp. coagulase positiva. Trinta e uma amostras de S. aureus isoladas foram testadas genotipicamente pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), obtendo-se resultado positivo em 83,87% das amostras para o gene IcaA, 80,64% positivas para IcaD e 74,19% dessas apresentaram ambos os genes. Os resultados obtidos demonstram a importância do controle desta enfermidade pela adoção de protocolos rígidos de higiene e desinfecção dos equipamentos utilizados na ordenha e também a prescrição de terapias adequadas aos casos clínicos e subclínicos de mastite, bem como a avaliação não apenas do perfil de suscetibilidade dos isolados, mas também a capacidade de formação de biofilmes.

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Biografia do Autor

Valeska Paula Casanova, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Juceam Appio, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Eduardo Kohl, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Tais Regina Michaelsen, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Daniel Santos Paim, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Discente do curso de Mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, UFRGS, Porto Alegre, RS, Brasil.

Thaís Regina Brunetto, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Discente do curso de Medicina Veterinária, Universidade do Oeste de Santa Catarina, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Débora da Cruz Payão Pellegrini, Universidade Federal do Pampa

Profª, Universidade Federal do Pampa, UNIPAMPA, Uruguaiana, RS, Brasil.

Paulo Eduardo Bennemann, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Prof., UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Silvana Giacomini Collet, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Profa, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

Lilian Kolling Girardini, Universidade do Oeste de Santa Catarina

Profa, UNOESC, Xanxerê, SC, Brasil.

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Publicado

2016-06-22

Como Citar

Casanova, V. P., Appio, J., Kohl, E., Michaelsen, T. R., Paim, D. S., Brunetto, T. R., Pellegrini, D. da C. P., Bennemann, P. E., Collet, S. G., & Girardini, L. K. (2016). Mastite bovina: prevalência, pefil de suscetibilidade aos antimicrobianos e detecção de genes associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus. Semina: Ciências Agrárias, 37(3), 1369–1378. https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1369

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