Mastite bovina: prevalência, pefil de suscetibilidade aos antimicrobianos e detecção de genes associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus
DOI:
https://doi.org/10.5433/1679-0359.2016v37n3p1369Palavras-chave:
Biofilme, Mastite, Resistência aos antimicrobianos, Staphylococcus aureus.Resumo
O Brasil situa-se hoje como um dos líderes mundiais em produção e exportação de alimentos. Este cenário incita a elaboração de programas de sanidade animal e vegetal que garantam a produção de alimentos seguros, contribuindo para que o país se torne um fornecedor internacional de alimentos por excelência. Entretanto, alguns problemas sanitários na produção leiteira, como a mastite, têm acarretado crescentes preocupações. O presente estudo teve como objetivo estimar a prevalência de mastite bovina em algumas propriedades localizadas na região Oeste de Santa Catarina, avaliar o perfil de suscetibilidade aos antimicrobianos empregados para tratamento e verificar a presença de genes (icaA e icaD) associados à formação de biofilmes em Staphylococcus aureus. Em 148 amostras de leite coletadas, 72,97% apresentaram crescimento bacteriano (n=108). Dentre os micro-organismos isolados, 21,62% (n=32) foram classificados como Staphylococcus aureus, 18,91% (n=28) como Staphylococcus sp. coagulase negativa, 7,43% (n=11) como Corynebacterium sp., 6,76% (n=10) como Staphylococcus sp. coagulase positiva, 5,41% (n=8) como Nocardia sp. e 12,83% (n=19) classificados em diferentes gêneros bacterianos. Dentre os isolados submetidos ao teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, observou-se 8,95% (n=6/67) de resistência à Amoxicilina, 8,04% (n=7/87) à Ampicilina, 5,88% (n=5/85) à Cefalotina, 3,40% (n=3/88) ao Ceftiofur e Enrofloxacina, 20,45% (n=18/88) à Estreptomicina, 17,04% (n=15/88) à Gentamicina e Lincomicina, 31,81% (n=28/88) à Neomicina, 14,94% (n=13/87) à Penicilina e 25% (n=22/88) à Tetraciclina. Ainda, os isolados de Staphylococcus sp. coagulase negativa apresentaram maior multirresistência quando comparados aos isolados de S. aureus e Staphylococcus sp. coagulase positiva. Trinta e uma amostras de S. aureus isoladas foram testadas genotipicamente pela técnica de reação em cadeia da polimerase (PCR), obtendo-se resultado positivo em 83,87% das amostras para o gene IcaA, 80,64% positivas para IcaD e 74,19% dessas apresentaram ambos os genes. Os resultados obtidos demonstram a importância do controle desta enfermidade pela adoção de protocolos rígidos de higiene e desinfecção dos equipamentos utilizados na ordenha e também a prescrição de terapias adequadas aos casos clínicos e subclínicos de mastite, bem como a avaliação não apenas do perfil de suscetibilidade dos isolados, mas também a capacidade de formação de biofilmes.Downloads
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