Crenças em Linguística Aplicada: o que pensa a "linguística do senso comum"?
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2025v25n2p64-85Palavras-chave:
Linguística Aplicada, Crenças, Preconceito LinguísticoResumo
O objetivo deste estudo é analisar os comentários de leigos em uma postagem da rede social Facebook sobre a oposição entre linguística e gramática, a partir do conceito de crenças em Linguística Aplicada, doravante LA, (Barcelos, 2004, 2007) e do que se pode definir como 'metalinguagem cotidiana' (Fiorin, 2004). Como objetivos específicos, pretende-se observar a manifestação de preconceitos linguísticos (Bagno, 2015) que convergem em exclusões, segregações e humilhações por meio da linguagem. A metodologia selecionada é, inicialmente, a pesquisa bibliográfica para discussão dos temas em foco, e, posteriormente, passa-se à análise exploratória dos comentários, a partir de critérios de embasados nos estudos sobre crenças em LA (Bagno, 2015; Fiorin, 2004) e outros, cujos resultados serão sistematizados em quadros sinóticos. As análises empreendidas mostraram que as falas de leigos e leigas, principalmente ligadas às crenças normativas, evidenciam práticas educacionais com as quais tiveram contato no processo de aprendizagem moldaram a percepção sobre o que é língua.
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