La alfabetización académica crítica a través de las fichas

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5433/1519-5392.2023v23n1Espp234-253

Palabras clave:

Alfabetización Académica Crítica, Secuenciación Didáctica, Fichas

Resumen

Considerando que los libros de metodología científica ofrecen un enfoque mecanicista para el trabajo con el género ficha en el aula de Educación Superior, este artículo visa presentar una secuencia didáctica para la elaboración de fichas desde el interaccionismo sociodiscursivo, dirigida a profesores y estudiantes de ES. Para ello, nos apoyamos en Bajtín (2003) y entendemos el texto como un enunciado compuesto simultáneamente por discursos "ya dichos" y por enunciados prefigurados por el sujeto en contacto con lo "ya dicho", en una relación dialógica. En cuanto a la metodología, hemos seguido la estructura de la secuencia didáctica vinculada a la teoría de los géneros textuales para la enseñanza de la lengua materna, según Dolz, Noverraz y Schneuwly (2004). A partir de nuestros resultados, argumentamos que la secuencia didáctica  presentada contribuye a la resignificación del género ficha por parte de alumnos y profesores, que dejan de verlo como un fin en sí mismo, algo que debe ser entregado o llenado, y comienzan a verlo como un aparato de acceso para transponer el nivel meramente textual del "escrito dicho" para entrar en el nivel crítico de la lectura académica con utilización científica, que implica un acercamiento reflexivo con el "no dicho/no escrito".

Biografía del autor/a

Victoria Barboza de Castro Cunha, Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR)

Mestranda em Administração e Licencianda em Letras Inglês pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR - Câmpus Centro). Bacharela em Administração e Especialista em Tradução de Inglês pelo Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto (UNESA). Integrante dos Grupos de Pesquisa em Empreendedorismo Imigrante (UFF/UNIGRANRIO); Inovação, Tecnologia e Sustentabilidade (ITS/UTFPR); Estudos de Tradução: Multifaces e Multisemioses (Et-Multi/UFPA); e do Grupo de Trabalho GTA-PB (IFSP-São Carlos), que coordena ações de iniciação científica e extensão voltadas para letramento tecnológico, ensino computacional e robótica educacional.

Ana Paula Kuczmynda da Silveira, Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC)

É professora efetiva de língua portuguesa e língua inglesa no IFSC (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina), lotada no câmpus Gaspar. Possui mestrado e doutorado em Linguística obtido junto ao Programa de Pós-graduação em Linguística (2009 e 2013) da Universidade Federal de Santa Catarina, e graduação em Letras Inglês/Português realizada na Fundação Universidade Regional de Blumenau. É diretora-geral do IFSC - Câmpus Gaspar e líder do Grupo de Pesquisa em Multiculturalidade, Interseccionalidades e Formação de Professores. Desenvolve pesquisas na área de letramentos/multiletramentos em língua materna, ensino e aprendizagem de língua portuguesa como primeira língua e língua de acolhimento, educação bilíngue e formação de professores. 

Citas

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. 11. ed. São Paulo: Hucitec, 2004.

BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In: BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 262-306.

BAKHTIN, M. Toward a philosophy of the act. Austin: University of Texas Press, 1993. DOI: https://doi.org/10.7560/765344

BRITTO, L. P. L. A sombra do caos: ensino de língua x tradição gramatical. São Paulo: Mercado de Letras, 2002.

BRONCKART, J. P. Atividade de linguagem, texto e discurso: por um interacionismo sociodiscursivo. São Paulo: EDUC, 2001.

CAMPOS, M. Gêneros acadêmicos: resenha, fichamento, memorial e projeto de pesquisa. Mariana: Fundação Presidente Antônio Carlos, 2010.

CHEVALLARD, Y. La transposición didáctica. 3. ed. Buenos Aires: Aique Grupo Editor, 2005.

DAUNAY, B. Metáfrase e paráfrase: modalidades da apropriação do discurso de outrem na escrita acadêmica. Linguagem em (Dis)curso, Tubarão, v. 20, n. 2, p. 363-380, 2020. DOI: 10.1590/1982-4017-200208-8019. Disponível em: https://portaldeperiodicos.animaeducacao.com.br/index.php/Linguagem_Discurso/article/view/7997 DOI: https://doi.org/10.1590/1982-4017-200208-8019

DIAS, R. Writing abstracts in the university context: combining genre-based and process-oriented approaches. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 59, n. 1, p. 240–263, 2020. DOI: 10.1590/010318136577815912020 DOI: https://doi.org/10.1590/010318136577815912020

DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B; DOLZ, J. (org.) . Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 95-128.

FONSECA, J. Z. B. Universidade e produção de conhecimento na formação inicial: uma estratégia didática para o ensino da escrita acadêmica. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 58, n. 3, p. 1264–1281, 2019. DOI: 10.1590/010318135475015832019 DOI: https://doi.org/10.1590/010318135475015832019

FRANCHI, C. Criatividade e gramática. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 9, n. 1, p. 5-45, 2012. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/tla/article/view/8639037. Acesso em: 4 dez. 2022.

GERALDI, J. W. O texto na sala de aula – leitura & produção. 3. ed. Cascavel: ASSOESTE, 1984. DOI: https://doi.org/10.17851/2447-0554.3.3.57-59

HALTÉ, J. F. O espaço didático e a transposição. Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 2, n. 5, p. 117-139, 2008. DOI: 10.5007/1984-8412.2008v5n2p117. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-8412.2008v5n2p117

INEP - INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Brasil no pisa 2018. Brasília: INEP, 2020. Disponível em: https://download.inep.gov.br/publicacoes/institucionais/avaliacoes_e_exames_da_educacao_basica/relatorio_brasil_no_pisa_2018.pdf. Acesso em: 21 out. 2022.

INEP - INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. Relatório microdados enem 2021. Brasília: INEP, 2022. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/microdados/enem. Acesso em: 21 out. 2022.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M. Metodologia científica: ciência e conhecimento científico, métodos científicos, teoria, hipóteses e variáveis e metodologia jurídica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2015.

MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. São Paulo: Atlas, 1991.

MOTTA-ROTH, D. Escritura, Gêneros Acadêmicos e Construção do Conhecimento. Letras, Santa Maria, n. 17, p. 93–110, 1998. DOI: 10.5902/2176148511501

MOTTA-ROTH, D.; HENDGES, G. R. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

OS HÁBITOS de leitura do brasileiro: afinal, o que e por que estamos – ou não – lendo?. Rio de Janeiro: Globo, 2021. Disponível em: https://gente.globo.com/texto-os-habitos-de-leitura-do-brasileiro/#:~:text=No%20Brasil%2C%20apenas%20pouco%20mais,puxada%20especialmente%20pelos%20mais%20ricos. Acesso em: 21 out. 2022.

PETITJEAN, A. La transposition didactique en français. Pratiques: Théorie, Pratique, Pédagogie, [s. l.], n. 97-98, p. 7–34, 1998. DOI: 10.3406/prati.1998.2479. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/prati_0338-2389_1998_num_97_1_2479 DOI: https://doi.org/10.3406/prati.1998.2479

PONTES, L. M. da S. Ansiedade em estudantes do ensino superior: uma revisão bibliográfica. 2021. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Educação Física) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2021.

RIOLFI, C. R.; IGREJA, S. G. Ensinar a escrever no ensino médio: cadê a dissertação?. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 36, n. 1, p. 311-324, jan./abr. 2010. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022010000100008

SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Gêneros orais e escritos na escola. 3. ed. Campinas, Mercado de Letras, 2013. p. 35-60.

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2013.

SILVA, M. C.; BOTELHO, L. S.; OLIVEIRA, M. C. C. A produção de resumos acadêmicos na universidade: percepções de modelos de ensino-aprendizagem na perspectiva dos letramentos. Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 60, n. 2, p. 580-594, 2021. DOI: 10.1590/0103181310246411820210612 DOI: https://doi.org/10.1590/0103181310246411820210612

SILVA, P. N. da; ROSA, R. O plano de texto do artigo científico: caracterização e perspectivas didáticas. DELTA: Documentação de Estudos em Linguística Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 35, n. 4, p. 1-38, 2019. DOI: 10.1590/1678-460X2019350409 DOI: https://doi.org/10.1590/1678-460x2019350409

Publicado

2023-04-14

Cómo citar

CUNHA, Victoria Barboza de Castro; SILVEIRA, Ana Paula Kuczmynda da. La alfabetización académica crítica a través de las fichas. Entretextos, Londrina, v. 23, n. 1Esp, p. 234–253, 2023. DOI: 10.5433/1519-5392.2023v23n1Espp234-253. Disponível em: https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/entretextos/article/view/47130. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos - Dossiê: Sequências Didáticas de Gêneros: uma homenagem do grupo de pesquisa Linguagem e Educação (LED) ao Professor Joaquim Dolz