Da questão mítica do nome próprio
DOI:
https://doi.org/10.5433/1519-5392.2013v13n1p137Palabras clave:
Silêncio, Poder, Nome próprio, BabelResumen
Trabalha-se, neste ensaio, a questão do silêncio e do poder nas heranças míticas e teológicas do nome próprio como questão essencialmente lingüística, tomando como fundamento alguns críticos e autores que, mais ou menos diretamente, abordaram o tema. Dentre eles, Paul Ricoeur, Friedrich Nietzsche, Ernest Cassirer, Michel Foucault, John Searle, Maurice Blanchot e Jacques Derrida. Buscamos interpretações plurais acerca do mito da Torre de Babel, visando animar sentidos para peculiaridades deste remoto e inacabado tema filosófico. O nome próprio é revelação sagrada do sem nome, inominável, que habita o texto, que habita o outro, que habita a cidade de Babel. O mito de Babel simboliza a fundação da comunidade. A comunidade onde a relação entre o eu e o outro dá-se no inevitável abismo da nomeação. O outro é apenas uma presença nomeada, ao mesmo tempo, um inominável.
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